Por: Júlio César Anjos
***Desculpe pelo texto anterior. Menos é mais.
Todo
extremista político possui três pilares de sustentação: Doutrina; Ímpeto; Contradição.
A
Doutrina é um conjunto de pensamento estilo “manual de instruções” que basta
fazer o que está escrito para conseguir conquistas sociais. E aqui surgem dois
exemplos equidistantes: O Marxismo para a esquerda; e o nacionalismo-cristão
para a direita. Se o político perde a doutrina, ou seja, esse conjunto
sistêmico de pensamento, ao não conseguir mais fazer com que as pessoas adiram
a essa linha em questão, esse manual doutrinário começa a ser problema ao invés
de solução. E se a doutrina não é aceita, o político começa a sofrer rejeição.
Já
o ímpeto é a atuação teatral do político. Neste caso, surge a estética do líder
que fala de forma mais ríspida contra os adversários, os discursos são mais
inflamados, o dedo sempre em riste contra inimigos [até mesmo imaginários], e a
violação psíquica por causa do poder de controlar a massa por causa de uma
histeria coletiva generalizada [criada anteriormente pela doutrina]. Mas se a
doutrinação cai, o feitiço se quebra, e o ímpeto, que outrora era energia
“popular”, mostra a verdade de fato: exibe um político desequilibrado, problemático,
e com sérios problemas psicológicos e mentais.
E
a terceira força do extremista vem pela capacidade de fazer contradição sem
perder força eleitoral. Somente os políticos extremistas que possuem a doutrina
em voga e ímpeto em dia podem fazer contradições no curto prazo sem serem
apenados eleitoralmente por causa disso. E o exemplo se dá num passado não
muito distante, em que o Lula falava contra o capitalismo para a esquerda, ao
passo que fazia até bancos terem recordes de lucros no seu governo. Brizola até
definiu o PT como uma “galinha que cacareja para a esquerda, mas põe ovos para
a direita”. Hoje, quem tem essa força, temporária, é o Bolsonaro.
Por
fim, a partir do momento que o político extremista perde a doutrina, por consequência
perde o ímpeto. Perdendo o ímpeto, perde a capacidade de se contradizer sem
perder força eleitoral. E sem essa tríade de força [doutrina, ímpeto e
contradição], o extremista vira político normal. E virando político normal, é facilmente
descartado por não servir mais.
***
Obs:
Nem todos estão preparados para ler e interpretar o meu último texto: "Teatro do
Absurdo: O Sistema Prega Peça Chamada Democracia". Às vezes eu peco por complicar
muito e esqueço que menos é mais.
Exemplo de político extremista que perdeu doutrina, ímpeto e contradição.
Começa a falar manso pra ver se engana como político-padrão.
Extremista Político: Doutrina; Ímpeto; Contradição de Júlio César Anjos está licenciado com uma Licença Creative Commons - Atribuição-NãoComercial-SemDerivações 4.0 Internacional.
Baseado no trabalho disponível em https://efeitoorloff.blogspot.com.
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