Por: Júlio César Anjos
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Ao
ser um partido social democrata que está se adaptando novamente para uma
política mais liberal economicamente, o PSDB resolveu se posicionar na
centro-direita, com a vertente “Liberal Democrata”, viés já conhecido no Reino
Unido pelo partido LD [Liberais Democratas].
O
PSDB também saiu do muro. A legenda irá defender pautas até mesmo polêmicas, como
o uso medicinal da maconha e cobrança de mensalidade para aluno de universidade
pública que possa pagar [que seja abastado], além de manter cotas raciais nas instituições
superiores de ensino.
Os
tucanos levantaram a bandeira da democracia, fazendo um aceno contra qualquer
tipo de autoritarismo, algo que também está na veia do partido, o que exibe a
lógica de que a legenda será oposição tanto do Bolsonaro quanto do Lula e asseclas.
Além
disso, o PSDB estará engajado em pautas econômicas para que o Estado modernize-se,
como a questão de fim de estabilidade para funcionários públicos, reforma
administrativa imprescindível para que o Brasil evolua.
No
campo social, os tucanos defenderão a redução de maioridade penal. Pauta esta
que outrora era polêmica e que hoje, por causa do espirito do tempo, é até
mesmo populista.
E
no mais, os tucanos serão contra os reacionários conservadores terraplanistas
do guru Olavo de Carvalho [mas isso era óbvio].
Portanto,
ficou nítida pelas ausências de alguns tucanos como FHC, Alckmin e Serra que
esta convenção marca a renovação do partido, ao revigorar-se com esta nova
linha e roupagem política.
Daqui
pra frente se verá cada vez menos os nomes de FHC, Alckmin, e Serra, e cada vez
mais de Bruno Araújo, Eduardo Leite, Bruna Furlan, e João Doria.
O
PSDB volta às origens e sai definitivamente de cima do muro. [Gostei.]
Obs:
Com isso, o PSDB abandona a estratégia de ser utilitarista “big tent” de centro.
Agora
sim o último texto do ano.
Feliz
Natal e próspero Ano Novo.
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