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Teste para Saber se Você é Extremista Político

Por: Júlio César Anjos

Teste para saber se você é extremista. Responda a pergunta:

Você fica melancólico ou eufórico ao depender do resultado das eleições que acontecem EM OUTROS PAÍSES?

Se o resultado das eleições em outros países é algo indiferente para você, parabéns, tu és uma pessoa normal.

Agora, se você torce por candidato A ou B em eleição que acontece em outro país só porque este político é alinhado ideologicamente aos seus preceitos, sinto dizer, você é um extremista político, você é um ser doente porque está com enfermidade mental.


Para mostrar o quanto se é ridículo ser extremista, há de fazer uma suposição [essa suposição vale tanto para a direita quanto para a esquerda].

Suponha que as eleições na América do Sul aconteçam na mesma data. E que nesta data todos os políticos que venceram os pleitos são da direita [ou da esquerda]. O que acontece no day after? No day after, parafraseando Voltaire, cada qual terá que cuidar do próprio jardim.

Por mais que TODOS os políticos ganhem pela mesma vertente e dominem todo o continente, no dia seguinte haveria as mesmas disputas de mercados, de controle de alfândega (fluxo de objetos e pessoas), de barreiras tributárias e não tributarias e etc. Quiproquós de próprio interesse do país que independem de ideologia.

Porque, no fim das contas, o político [e o país] terá que fazer o dele, sem ajuda externa – mesmo tendo esse “alinhamento de planeta” de vitória de um só viés ideológico no continente todo.

Os EUA sabem disso. E por isso que este país consegue a base de Alcântara no Brasil sem dar contrapartida, sendo que fornece contrapartida à Argentina à entrada da OCDE, mesmo os Hermanos elegendo a esquerdista da Cristina Kirchner. Os EUA sabem cuidar do próprio jardim.

E a menos que se tenha certeza de que se conseguirá alguma vantagem tangível e real ao depender das eleições que acontecem em outros países, não há lógica em torcer por político A ou B só porque tem a mesma linha ideológica que a sua.

Isso é papo de louco, papo de extremista. Coisa de gente burra.

Diante disso, há de se fazer a tática inteligente do isentão sobre as eleições em outros países:

Argentina: Poste + Cristina Kirchner. Vai ser bom para o Brasil? Se não, ignora-se.
Bolívia: Cocaleiro Evo Morales. Vai ser bom para o Brasil? Se não, ignora-se.
Uruguai: Frente Ampla. Vai ser bom para o Brasil? Se não, ignora-se.
Venezuela: Maduro. Vai ser bom para o Brasil? Se não, ignora-se.
Chile: Piñera. Vai ser bom para o Brasil? Se não, ignora-se.
E por aí vai...

Porque, independente de ideologia, é o Brasil em primeiro lugar. Sempre. E como é o Brasil em primeiro lugar, com certeza antes de saber se algo é bom ou ruim para o país, há de ficar isento nos pleitos que acontecem em outros países. Tem que ser “isentão”.

Além disso, também é fácil descobrir se você é um extremista diante de como se é tratada uma discussão política. Os extremistas geralmente andam em bando, ofendem aqueles que não concordam 100% com eles e geralmente possuem escassez de argumentos, pois, se tivessem bons argumentos não seriam extremistas. Mas isso é óbvio.

E como agem em bando, caso a pessoa comum não se alinhe em aspecto de seita à sua linha ideológica, este individuo passa a ser chamado jocosamente, na lógica dos radicais, de isentão. Como se isentão fosse palavrão.

É que esses animais extremistas querem a polarização. Então, nesta perspectiva, eles até respeitam mais o extremista adversário do que o isentão porque aquele é o seu igual enquanto que este pensa por conta própria. E pensar por conta própria fura a bolha de polarização e exorciza o extremista padrão de qualquer vertente que seja.   

E nesta lógica de manicômio, a loucura chega ao ápice: os extremistas chegam ao ponto de criar um neologismo chamado de “isentosfera”. Como se os isentos, pessoas normais que sabem pensar e não colocam a política em primeiro lugar no dia-a-dia, juntassem em bando e andassem em grupo.

Portanto, na cabeça do extremista não há indivíduos, só há bandos. Os extremistas acham que todos são iguais a eles. A isso na psicologia é chamado de projeção.

Você não é extremista. Você só, por ora, foi contaminado pelo efeito de manada de radicalização.

Viva a vida intensamente, livre-se do extremista padrão.

***

Teste bônus: Na história que conta sobre o período da ditadura militar, você é favorável ao Marighella ou ao USTRA? 

Se você responder que é a favor a um destes dois terroristas, você é extremista. Contudo, se você é indiferente a esses dois facínoras citados, então você é reconhecido como "isentão" e por isso não é extremista. A mesma coisa vale para os dias atuais. Lula e Bolsonaro são iguais e só recebem apoio de extremistas. Ser contra esses dois desprezíveis é ser a favor do Brasil. 



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Baseado no trabalho disponível em https://efeitoorloff.blogspot.com/2019/10/conservador-rollmops.html.

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