Por: Júlio César Anjos
Se eu contar ninguém acredita....
Conservadores do Brasil todo decidiram criar um congresso. Cansados de fazer somente sinal de arminha, os milicianos políticos resolveram ultrapassar essa barreira de simbolismo feito com as mãos para adotar também uma estética partidária que reflete a real intenção dos correligionários, ao criar até mesmo um partido do zero. Decidiu-se abandonar o PSL para fundar um novo partido.
Após
até mesmo décadas de estudos elaborados pelo guru da Virgínia sobre a criação
de uma extrema-direita reacionária forte, decidiu-se criar um partido que
tivesse um grande apelo aos seus militantes. A legenda teria que possuir a junção
perfeita entre o útil e o agradável, além de ser robusto também em se tratando de
símbolo.
Uma
das sugestões partiu do Carluxo, ao querer criar uma sigla PNC, que seria o Partido
Nacional Conservador. Mas aí alguém explicou que isso poderia ser interpretado
também como um acrônimo para “Pau No C*”. A ideia foi descartada no ato.
Com
a falta de originalidade, houve um problema no meio do caminho. Todos os
correligionários da extrema-direita são burros e não conseguem fazer uma marca
porque, como sabido, os conservadores só entendem em conservar e nada conseguem criar, pois,
se tivessem imaginação poderiam virar progressistas. Até porque quem tem a
“velha opinião formada sobre tudo” não consegue pensar fora da caixinha.
Deste
modo, resolveu-se ir à apelação. Contratar gente de fora, que
estivesse alheia às ideias ultrapassadas da direita xucra, que só sabe
criticar, ofender e brigar nas redes sociais.
A
milícia política que se autoproclama conservadora resolveu contratar alguém
desconhecido, um sujeito dono de um blog pequeno chamado: “Efeito Orloff – Nada
Surpreende!”. E Júlio aceitou ao pedido. Pediu 2 semanas para a elaboração do
novo nome da sigla do novo partido.
Passado
o tempo, o esboço do projeto.
O
partido se chamaria PLEC! Partido da
Liberdade Econômica e Conservadorismo.
O
nome atenderia a frase de expressão vencedora da última eleição: “liberal na
economia e conservador nos costumes”.
E
Júlio se justifica: “Embora seja um oximoro, pois, o conservadorismo impede a
liberdade econômica - é só ver que não há mercado de moda pujante no oriente
médio por causa da burqa” -, o nome ao menos atende às expectativas a seguir:
1)
É um acrônimo e tem boa sonoridade;
2)
É uma onomatopeia entre aplauso e disparo de
tiro;
3)
Tem fácil compreensão, pouca informação, e [dá
para fazer] Repetição.
A
letra “L” teria uma pistola como signo, o que representaria o símbolo fálico
forte de quem tem tara por arma de fogo, satisfazendo a milícia política.
E
a cor vermelha das letras remeteria à cor usada pelos republicanos nos EUA."
À esta altura o projeto estava quase a ser aprovado, até que o blogueiro resolveu
mostrar uma possível campanha eleitoral com a sigla:
“Dá
para usar: PLEC! em tudo.
Pobres?
PLEC!
Direitos
Humanos? PLEC!
Gays?
PLEC!
Negros?
PLEC!
Nordestinos?
PLEC!
Mulheres?
PLEC!
Saúde,
Educação, Segurança? PLEC!
Oposição?
PLEC!
Laicismo?
PLEC!
Qualquer
outro tipo de minoria social? PLEC!
PLEC! PLEC! PLEC! PLEC! PLEC!
E,
deste modo, todos os quiproquós do Brasil seriam resolvidos pela escassez de
demanda.“
Sem saber se o trabalho era sério ou zombaria,
a direita ressabiada resolveu não aceitar a proposta do partido PLEC!. “Melhor
deixar pra lá.” E os milicianos políticos resolveram ficar no PSL e brigar pelo
fundo partidário e eleitoral da legenda.
Ficou
conservador, ficou tudo como está.
PLEC! Partido da Liberdade Econômica e Conservadorismo de Júlio César Anjos está licenciado com uma Licença Creative Commons - Atribuição-NãoComercial-SemDerivações 4.0 Internacional.
Baseado no trabalho disponível em https://efeitoorloff.blogspot.com.
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