Por: Júlio César Anjos
Sergio
Moro, mais uma vez, guiado pelo o seu pupilo Dallagnol, quis fazer populismo
sobre a questão do caixa2, ao dizer que tal artificio seja considerado trapaça.
É
a última vez que “passarei pano” pra caixa2. É absurdo, mas vamos lá outra vez.
***
Observem
leitores neste exato momento a Venezuela.
Guaidó,
o político reconhecido até por Trump como presidente, conseguiu abrir um caixa de financiamento
internacional, sob uma alegação de que ele é o verdadeiro presidente da
república, enquanto que o Maduro perdeu a capacidade para governar.
O
problema é que o Maduro ainda é presidente da Venezuela – por mais que muita
gente (inclusive eu) não goste desta situação. Porque a Venezuela é uma
ditadura.
Então,
Guaidó, que não é presidente legítimo, possui apoio até de países – citam-se:
EUA, Brasil, Argentina – para fazer um caixa internacional, capitando recursos
para minar a governabilidade do Maduro.
Ora,
se isso não é caixa2, o que seria então? Aliás, pode estar ainda muito além do caixa2, sendo mais criminoso ainda, se for analisar pelo lado de soberania nacional.
Entrada
e saída de recursos não reconhecidos - e, portanto, não declarados - pelo governo formal é caixa2. É dinheiro
não contabilizado – até porque, no caso do Guaidó, não pode ser mesmo [é grana fruto de guerra pelo
poder] – pois, é considerado, pela ditadura do Maduro, uma entrada e saída de
recurso ilegal para fazer política. Portanto: caixa2
Agora,
o que o eu acho do caixa2 do Guaidó para derrubar o ditador Maduro? Belo e
moral.
Porque
é justamente na grana que se derruba um ditador ou alguém que queira se
perpetuar no poder. Opinião pública custa caro, muito caro.
A
Dilma, por exemplo, tomou impeachment por causa da crise. E o Lula está preso
porque fracassou [o Brasil ia virar a Venezuela].
Além
disso, sobre o caixa2, há duas implicações: primeiro, tem que ver a situação
política do país [se há problema de perda de democracia]; depois, tem que
observar se quem está fazendo caixa2 é o próprio governo [para ocultar o investidor
para girar a máquina de propina e perpetuação de poder] ou a oposição [para
ocultar investidor para não sofrer represália deste sistema tirânico].
Para
critério de exemplo, vale lembrar que os EUA financiaram o Brasil em 1962, no
caso IPES/IBAD, com um caixa secreto, para salvar o Brasil de uma guinada para
uma ditadura comunista, ao haver a ruptura pela ditadura militar em 1964. Hoje,
pelo espirito lava-jatista, isso pode ser considerado trapaça.
É
por isso que Caixa2, por si só, não é crime. Só é crime quando a tirania usa
essa instrumentação para perseguir oposição – como o PT conseguiu fazer, usando
gente moralizada de marionete, ao atacar o PSDB.
E,
infelizmente, é fato a observação: Se Guaidó estivesse no Brasil, seria
perseguido pela lava-jato porque estaria a fazer caixa2. É surreal, mas é isso.
E
com isso, cuidado: colocar caixa2 no código penal poderá virar instrumento para
tirania no futuro. Como Maduro faz hoje na Venezuela. Nunca se sabe como será o amanhã.
***
Sessão
desabafo:
Vocês
terão que decidir se quem faz caixa2 é corrupto por si só, ou se o PSDB, por
ser oposição do tirânico PT, teve que fazer caixa2 [ao esconder investidor de
represália] pra refrear este poder petista que estava em ascensão. Tem que
fazer essa distinção. Não dá mais pra postergar.
E
a verdade tem que ser dita: esse Guaidó é uma fabricação [é o Bolsonaro da
Venezuela], uma ponte para a anistia geral ao sistema podre venezuelano.
Oposição mesmo na Venezuela é o Capriles. Mas o Capriles está preso, sem
direito a nada – porque é o PSDB de lá.
Vocês
do espírito golpista prenderam o Richa faltando 20 dias para a eleição. E agora
estão passando pano para o Bolsonaro. Só pra constar.
E
por fim:
Só
observo.
Que
decepção.
Caixa2 Não é Crime por si Só de Júlio César Anjos está licenciado com uma Licença Creative Commons - Atribuição-NãoComercial-SemDerivações 4.0 Internacional.
Baseado no trabalho disponível em https://efeitoorloff.blogspot.com.
Comentários
Postar um comentário
Comente aqui: