Por: Júlio César Anjos
No
Brasil, a criação de uma microempresa pode parar no 1º carimbo estatal, diante
de um funça público com má vontade, achando que está o fazendo um favor.
Com
a premissa de que "nada pode" de impedimento de antemão do Estado
perante o individuo - ao criar um cenário impossível para empreender -, além da
burocracia e impostos elevados que são comparáveis à literatura distópica, se
as dificuldades em abrir negócios em Ozark fossem próximas das condicionadas ao
Brasil, a série teria 15 segundos e os protagonistas seriam todos mortos na
largada – porque o protagonista não teria como barganhar com o cartel.
A
série Ozark é uma ficção com lógica na realidade; enquanto que o Brasil é uma
realidade com lógica de ficção.
Na
ficção de Ozark, o cartel deu prazo de 6 meses para o protagonista fazer todo o
tramite desde a criação da empresa até o lobby para criar um cassino do nada.
No Brasil, esse prazo é somente para abertura de empresa.
Até
em Ozark é possível ter cassino; enquanto que no Brasil não.
A
série se fosse narrada no Brasil morreria até mesmo de inanição capitalista
porque não se poderia alargar um rio porque seria crime ambiental, nem também fazer
lobby porque lobismo é algo negativo no Brasil, além de que qualquer
movimentação financeira faria o Estado fiscalizar e intervir de antemão o
empreendedor – qualquer empreendedor.
A
única coisa que aproxima Ozark do Brasil é a taxa de mortalidade elevada. Mas esse
índice, na vida real em Ozark, é ficção; enquanto que no Brasil não.
Portanto,
é mais fácil abrir um cassino fluvial em Ozark do que abrir uma microempresa no
Brasil.
Mas
ainda bem que a série Ozark é só ficção e que o Brasil não tem nenhum problema
semelhante à trama da Netflix.
Ufa.
“O
Brasil cansa” – Rubem Braga.
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