Por: Júlio César Anjos
PSDB no Congresso:
O
PSDB deve ser oposição; mas deve liberar a bancada para cada parlamentar do
sistema bicameral decidir se fará oposição ou não.
Plot Twist 2020:
O
plot twist [reviravolta] sairá em 2020 - não agora. Se o governo de Haddad [quase
impossível] ou Bolsonaro [é dúvida] for bom, eleva também prefeituras e ganha impulso para
reeleição. Caso contrário, perde base e capilaridade na eleição municipal 2020 [tanto
no Haddad-PT no nordeste quanto no Bolsonaro no sudeste], ficando desidratado para a eleição presidencial
de 2022. O eleitorado do Bolsonaro acredita que o “mito” trará resultado [eu
gargalho com essa enganação]. E o Haddad já é um navio naufragado por si só
[por isso estou, politicamente, otimista].
Janela de Overton:
O
PSDB terá que ser uma oposição passiva, pragmática, em que só embaterá aquilo
que custar caro pelas bandeiras tucanas. Com o lema: sempre a favor do Brasil,
se o governo Bolsonaro for bom, fecha a janela de Overton pela direita [com o
PSDB mantendo posição]; se for ruim, o PSDB polarizará contra a esquerda em
2022. E a esquerda de Haddad já será ruim, então basta ser somente oposição.
Já era sabido que o PSDB
iria perder esta eleição:
O
eleitorado do PSDB é este moralizado que está com o Bolsonaro [é a diferença
entre ser e estar: esse eleitorado não é
do partido ou do político, ele está com
um partido ou um político]. Com o Aécio sendo pego em flagrante armado de forma
totalmente irregular, este ataque do judiciário ao PSDB fez o “plot twist” para
esta eleição, e o resultado foi de dispersão do eleitorado tucano para variadas
posições [com o Bolsonaro absorvendo a maioria na presidencial]. Então, pela
janela de Overton, foi optado, para manter a sobrevivência do PSDB, que o
partido desse um passo atrás, ao virar centro, para estar vivo em 2022 [e já
está bem vivo, basta ver o que já está acontecendo nesse pleito no 2º turno].
Futuras Alianças:
O
PSDB, historicamente, sempre teve como apoio de sustentação o PPS e o PSB pela
esquerda e o DEM pela direita. Como o DEM e o PSB traíram o PSDB [não vou
explicar isso agora], então o PSDB deve escolher outros pilares de esquerda e
direita para 2022. Sugiro o PPS pela esquerda e o Novo pela direita [se
as legendas aceitarem, óbvio] para o PSDB crescer no Rio de Janeiro e vencer a
eleição presidencial 2022.
Acerto de Contas:
Essa
eleição foi o acerto de contas do eleitorado ao PSDB. Só que os tucanos também
estão livres. Nunca mais haverá essa tempestade aos tucanos como ocorrida nesta
eleição. E esse ataque todo também desobrigou o PSDB ter sempre que se manter em uma moralidade surreal no teto. O PSDB já passou pelo crivo; e
se houver justiça, outros também passarão.
Lava-jato em xeque:
O
PP, um dos partidos do petrolão [tripé: PT-PMDB-PP] aumentou a base no
congresso. O PT também aumentou. Se o objetivo era salvar o Brasil, então a
justiça, pelo resultado da urna, fracassou vergonhosamente e só agravou a
situação.
Lava-jato trabalhe:
Muitos
políticos perderam o foro privilegiado. Se as delações são verdadeiras, e se já
há provas materiais contra os políticos corruptos, então que a justiça faça o
serviço. Agora a lava-jato terá cobranças [porque terá que provar que a mídia
estava certa com as denúncias que impactaram e eleição].
PT venceu:
O
PT encarou a lava-jato e mesmo assim cimentou-se como maior partido de oposição
no congresso. Vitória absoluta.
WhatsApp:
Essa
ferramenta, com toda a sua fake News trabalhando sem parar, decidiu a eleição. O problema é que essa
ferramenta é dos EUA, é internacional, acabando com a soberania nacional. Estrangeirismo
modificou a eleição. É preciso discutir sobre.
Lealdade:
Como
dizia Tancredo Neves: “Não vamos nos dispersar!”. Quando algum salafrário
perguntar: “e o Aécio?”, responda: “E os outros?” ou "e o cofre?"; colocando em xeque até mesmo
a lava-jato. É tempo de união.
Bauman
e/ou Skinner x Convicção:
Tem
que ver se essa mudança do eleitorado tem a ver com escolhas fluídas [mudam de
tempo-em-tempo e de forma célere], de Bauman, ou é Skinner [reforço positivo] -
em que se for bem mantem-se; se for mal, troca-se. Agora, se for convicção, é
petismo de sinal trocado e o brasileiro irá sofrer.
São Paulo aventura-se com
colete salva-vidas:
Se
por um lado São Paulo deu uma esmagadora votação para o Bolsonaro, para o
governo do Estado os dois apoiados pelo Alckmin foram para o 2º turno. Ou seja:
São Paulo até se aventurou nacionalmente rumo ao desconhecido; porém, foi
conservador na questão estadual. Isso fará sombra ao possível governo Bolsonaro,
caso vença a eleição.
Otimismo:
Eles
ganharam eleição [que é algo temporal e muda de tempo-em-tempo]; mas o PSDB
ganhou, por enquanto, conceito [porque muitas pautas e bandeiras adversárias, mesmo com o populismo todo,
não conseguiram na crista configurar em resultado positivo].
.
Quem perdeu:
Lava-jato,
Liberais, PSDB [na urna e somente nesta eleição], mídia convencional e a
própria política [não houve debate aprofundado sobre as mazelas nacionais e é
possível que não haja neste 2º turno também].
Quem venceu:
PT,
Centrão, polarização extremista, mídia Alternativa [Whatsapp], e a ignorância política
[ficou claro que vale a pena subestimar o eleitor].
E desafio:
Desafio
acharem, em qualquer momento da história brasileira, um candidato ao Senado ter
sido preso [algemado e de camburão] a uma semana e meia da eleição. O que fizeram com o Beto Richa foi
simplesmente surreal.
PSDB: Impressões de Júlio César Anjos está licenciado com uma Licença Creative Commons - Atribuição-NãoComercial-SemDerivações 4.0 Internacional.
Baseado no trabalho disponível em http://efeitoorloff.blogspot.com.
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