Por:
Júlio César Anjos
A
eleição de 2018 começa a se aquecer e os players iniciam as bases de
posicionamento no espectro politico. Cada qual utilizará a estratégia que se
considera mais eficiente, que fará com que o político, e seu grupo, vençam a
disputa presidencial. Legendas, bandeiras, ideologias, tudo isso será mensurado
devidamente sob o domo do candidato que sustentará esta vertente que entrará no
pleito a pedir voto de confiança para o eleitor indeciso, neste sufrágio cheio de opções e decepções de
escolha para governar o Brasil nos próximos quatro anos. Então, o PSDB já começa
a se organizar de uma maneira que fique claro o comprometimento dos tucanos
neste escrutínio, no qual ensejará o futuro presidente do país. O PSDB irá como partido de centro.
Antes
de tudo, que se faça uma pequena observação sobre a comparação entre o
posicionamento da social democracia no mundo democrático organizado e no
Brasil. No mundo democrático civilizado, o partido Social Democrata é marxista,
de centro-esquerda. Já no Brasil, por, teoricamente, inexistir a vertente da direita
por anos [porque este viés da direita até então tinha rejeição por causa da
ditadura; hoje, quem tem rejeição é a esquerda por causa da corrupção], então
houve a polarização PT x PSDB, em que a direita ficava protegida sob o
guarda-chuva tucano. Deste modo, o PSDB no Brasil, por causa da polarização PT
x PSDB, fez o tucano ser considerado de direita por anos [desde a
redemocratização]. Além de tudo isso, o
PSDB no Brasil, também, não é marxista, é utilitarista, o que gera mais
confusão ainda em se tratando de social democracia. Ou o leitor já viu partido
marxista fazer privatização? O tucano é bem diferente de outros partidos
sociais democratas mundo afora por ser utilitarista e rejeitar completamente o
marxismo.
Voltando
ao assunto, por incrível que pareça, esta eleição de 2018 é composta por um
formato em que o PSDB tem maior chance de ganhar o pleito do que a de polarização
contra os petistas, ainda mais quando no binarismo o adversário tucano é movimento de massa como o proletário, fortemente atuante tempos atrás. Porque a gama de escolha
que este pleito fornece faz com que o PSDB seja praticamente empurrado para o
centro, diante das características da social democracia utilitarista do PSDB. Além
disso, esta eleição será vencida na base de convencimento racional e não por
impulso emocional, embora o “mito da extrema-direita” tenha um pouco deste
eleitorado parecido com o petista de outrora em sua percentagem eleitoral.
O
PSDB é o único partido grande nesta eleição com reais chances de vitória eleitoral que já foi testado no passado, que
está atuando em vários executivos municipais e estaduais, com a performance
satisfatória no presente, ao olhar o quadro de crise e verificar que os
partidos administrados por tucanos não quebraram de forma irreversível como
aconteceu em outras regiões governadas por não tucanos; além do que é o
movimento que tem experiência para concretizar um melhor porvir para o Brasil,
diante da sua experiência em gestão e qualidade no quadro partidário. O maior exemplo
disso é o candidato a ser lançado nesta eleição, o governador Geraldo Alckmin,
que é o melhor gestor do Brasil, com grande experiência administrativa,
político que sabe fazer acontecer.
Além
disso, o PSDB é o único partido do Brasil que consegue unir tanto as políticas
assistencialistas da esquerda [bolsa família, bolsa escola, vale gás] quanto
liberais da direita [privatizações, controle da moeda, austeridade] que
permitem com que a forma de governo estabelecida no país se encaixe
perfeitamente aos preceitos do motivo de existir do tucanato. Afinal, um país
decente tem que dinamizar a economia para fazer o PIB crescer, para recolher um
percentual de tributo e, assim, fazer esta arrecadação cristalizar-se como
serviço para atender os mais necessitados ou em condições instáveis, ou seja,
os vulneráveis que precisam de ajuda e colaboração. Para o social democrata, o capitalismo [livre
mercado] e o socialismo [assistencialismo] não são inimigos em uma disputa
eleitoral, mas somente peças de engrenagem de operação para que a máquina
chamada Brasil possa desenvolver um país a um novo patamar. E só o PSDB pode
untar estas forças, por causa da sua gênese ideológica que possuem 3 pilares, a saber:
Socialistas Democráticos; Sociais Democratas; e Liberais Progressistas. Na
essência do partido, esta tríade ideológica poderá concretizar o país a inspirar um
novo porvir.
Como
esta eleição de 2018 está polarizada em ideologias da extrema-esquerda x
extrema-direita, o que é pior do que o binarismo bipartidarista de outrora de
PT x PSDB, o responsável politicamente falando é que um partido de centro ganhe
esta eleição até mesmo para que as forças extremistas se anulem, já que, se um
extremista vencer o pleito, haverá desequilíbrio de forças, em que este
extremista não conseguiria governar por causa da oposição forte e com falta de “apoio”
de forças de centro. Então, para que haja um pacto de paz social, um partido de
centro que não dê vitória para extremista algum faria com que o país fosse
capaz de ser governável. Até porque o PSDB como oposição não faria nada nem
contra nem a favor ao governo vigente, o que seria problema, pois, o candidato extremista
vencedor dependeria do centro para poder governar.
Portanto,
por causa do cromatismo político cristalizado neste pleito, tendo opções de
voto que vão desde a extrema-esquerda até a extrema-direita, o PSDB foi
deslocado como o partido de centro nesta eleição [e, se a esquerda sumir neste
sufrágio, neste caso, o PSDB viraria partido de esquerda para contrapor a nova
direita nascente - Janela de Overton]. Este pluralismo na urna é uma coisa boa, pois faz o tucano
ficar posicionado no seu devido lugar. No mais, o momento político vivido no
Brasil pede também um governo mais centrista, que consiga se movimentar em
várias searas políticas, o que dá vantagem para o PSDB poder governar pela paz
social [porque as forças extremistas se anulariam].
Cada
um luta com as armas disponíveis e com as estratégias que acham melhores para o
pleito. Boa sorte a todos.
PSDB: O Partido de Centro na Eleição 2018 de Júlio César Anjos está licenciado com uma Licença Creative Commons - Atribuição-NãoComercial-SemDerivações 4.0 Internacional.
Baseado no trabalho disponível em http://efeitoorloff.blogspot.com.br.
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