Por: Júlio César Anjos
A
intervenção do Exército no Rio de Janeiro só serve para fazer propaganda de que
o governante está trabalhando e ajudar a fomentar o aumento de corrupção.
Na
corrupção, estabelece-se que, na lei orçamentária, um dos poucos casos em que
se é capaz de retirar recursos do erário sem prestação de contas -- seja por
meio de dispositivos como licitação, empenho, prestação de contas para TCU ou
aprovação de Ministério Público, e etc. -- se dá no caso de calamidade, seja
ela natural ou social, em que o executivo tem que tomar providência célere para
evitar e/ou acabar com o caos social.
E,
como já é sabido no Brasil, de cada montante de dinheiro para realizar um
serviço, um percentual é desviado para corrupção. Se por outros meios
fiscalizatórios já há corrupção, imagina no caso em que o dinheiro é destinado
à revelia, em que ninguém vigia, dinheiro de fácil circulação.
Vale
lembrar que o exército não gere este recurso, apenas executa o serviço.
Portanto, as forças armadas não são corruptas, embora sejam manobradas para o
governo corrupto fazer corrupção [justamente por causa desta brecha de lei orçamentária
da calamidade pública].
Esta
intervenção, embora se saiba de antemão que não terá resultado nenhum, ao menos
ajudará um pouco a imagem do executivo, pois, na teoria, o governo está
trabalhando.
Outra
situação de manobra de atuação desta incursão se dá no interesse da alta
patente do exército, por fazer esta ofensiva considerada extremamente perigosa,
que toma como fundamentação que os comandantes do alto comando recebam insígnias
de honra ao mérito, perfazendo, assim, a justificativa de promoção e aumento de
salário destes [militares] que trabalharam neste ato de bravura. As forças
armadas não são bobinhas e buscam privilégios. E, infelizmente, um governo fraco tem que dar docinho
para as forças armadas [o que é chamado de articulação política].
E
quem paga a conta de tudo é o contribuinte.
Por
isso que sou contra esta incursão que não terá resultado nenhum e satisfará
somente alguns em detrimento de muitos.
Também
sou contra o Ministério da Segurança Pública. O motivo é simples: A Existência
do Ministério da Saúde não melhora a Saúde e o Ministério da Educação não
melhora a Educação. Portanto, o Ministério da Segurança Pública não melhorará a
Segurança.
O que o Temer está fazendo é só aumentar a
burocracia e alimentando parasitismo no funcionalismo público.
Porque Sou Contra a Intervenção desta Natureza do Exército no Rio de Janeiro de Júlio César Anjos está licenciado com uma Licença Creative Commons - Atribuição-NãoComercial-SemDerivações 4.0 Internacional.
Baseado no trabalho disponível em http://efeitoorloff.blogspot.com.br.
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