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I Like Ike: O Melhor Viral Eleitoral de Todos os Tempos

Por: Júlio César Anjos

Em 1952, o então General Cinco Estrelas, líder combatente na segunda guerra mundial, Dwight D. Eisenhower resolve concorrer à presidência dos EUA em um período de turbulência no país, diante de um ambiente paranoico e hostil do fiscalismo de McCarthy, que via comunismo em todo lugar [até debaixo da cama], conhecido como macarthismo.

Eisenhower, embora um excelente militar, naquele momento teria que modificar a sua postura política, caso quisesse ser agraciado com a confiança dos americanos em voto. Diante disso, o departamento de marketing do candidato republicano resolveu fazer a campanha “I like Ike”, que significava eu gosto do Ike – Ike que nada mais era que o apelido de Eisenhover desde a infância. 
I Like Ike 1952:


Mas por que, diabos, um General cinco estrelas, vencedor da grande guerra, iria se submeter a uma propaganda eleitoral infantil, uma peça quase que bobinha? Simples, quebra de estigma. Um combatente de guerra tem como carimbo a virtude de combatente. Mas também tem a marca da morte [ser assassino]. Então, para dissociar o combatente do político, pois o eleitorado conservador Eisenhower já obtinha, deste modo, restava apenas buscar a massa pela propaganda eleitoral, tirar o foco do militar para focar no palatável, no político bacana, joinha, com carisma.

Deste modo, com uma animação pueril, em preto e branco [único recurso da época], tal película tem tudo àquilo que a boa propaganda exige: 1) Pouca Informação, 2) Fácil Compreensão; e 3) Repetição. Com os desenhos animados infantis carregando bandeiras e estandartes do “Ike”, o reforço psicológico martela pelo estribilho, fazendo, assim, do filminho algo penetrante, e impactante, bem-sucedido na campanha eleitoral daquela época, da qual foi copiada de tempo-em-tempo [primeiro pelo Kennedy; depois, pelo Obama (vídeos embaixo do parágrafo)], pois o jingle, embora engraçadinho, tem um poder imenso psicológico, sob o molde de sugestionamento [sugestionabilidade]. Ou seja, este trabalho de marketing elaborado para os republicanos serviu para os democratas, derrubando a barreira ideológica de segmento.
Kennedy Campanha 1960:
Obama Campanha 2012:

Por fim, a lição que fica é que, em política, até aquilo que parece bobinho tem um poder imenso.  

Adaptando para a política em 2018, o estribilho do "Geraldo Alckmin -- 45 -- Presidente!"  como viral de internet poderia ser assim:

Geraldo, Geraldo♫
É da família♫
É bom gestor♫
É bom pra mim♫

Geraldo, Geraldo♫
É bem-educado♫
É um vencedor♫
É Alckmin!♫

Geraldo, Geraldo♫
É admirável♫
Com muito amor♫
Voto e penso assim♫

Geraldo, Geraldo♫
É dedicado♫
É trabalhador♫
Presidente, sim!♫

Geraldo Alckmin -- 45 -- Presidente!




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Baseado no trabalho disponível em http://efeitoorloff.blogspot.com.br.

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