Por: Júlio César Anjos
Este texto se refere ao ataque do Trump ao Paquistão e os seus desdobramentos (02/01/2018).
O Brasil quer um presidente para Trump:
O Brasil quer um presidente para Trump:
Há
uma parcela eleitoral brasileira considerável que quer um presidente brasileiro
que estreite relações com os EUA de Trump.
O
problema é que os EUA de Trump estão começando a planejar um corte brusco de
gastos para o orçamento de 2019. Por este motivo que os EUA já começam a aparar
arestas, ao bloquearem envios de recursos para os parceiros globais.
Isso
significa dizer que os EUA só vão fazer acordos bilaterais. Traduzindo, os EUA
só farão negociações que os americanos estejam em vantagem nas negociações, ou
que pelo menos haja vantagem comparativa para tal.
Lembrando
que o Trump está cortando os serviços da máquina estatal. Caso faça alguma
exceção internacional, como, por exemplo, ser prejudicado em acordo para favorecer
o Brasil, a máquina estatal americana inteira se voltará contra os
republicanos. Questão de lógica. Não
haverá exceções.
Portanto,
não adianta querer colocar um presidente no Brasil que seja vassalo dos EUA,
achando que isso gerará alguma vantagem, pois isso não ocorrerá. O Americano só
fará acordo bilateral com o Brasil, caso este negócio seja favorável aos EUA. O
dinheiro do americano encolheu.
Trump politiza o corte de
orçamento:
Agora
se entende porque o Trump está "histérico" quanto ao Paquistão,
Afeganistão e etc., quanto a envio de recursos.
A
verdade é que o congresso americano está votando o orçamento e a máquina
pública está sendo enxugada.
O
Trump finge que vai cortar o dinheiro para os países aliados, mas o fato é que
os EUA já não têm mais este dinheiro para enviar recursos para os seus
parceiros globais.
Então,
o Trump tenta sair por cima de algo que é inexorável: Cortar dinheiro para os
parceiros globais.
Em
miúdos: "Make America Great Again" vai ter que esperar um pouquinho.
E
tem Bolsonarista no Brasil iludido, achando que o presidente americano é
"expert". Trump é um charlatão, isso sim.
Trump age errado com o
Paquistão:
Depois
não querem que se fale mal do Trump, mas o presidente norte-americano
simplesmente ofendeu o Paquistão, maior aliado dos ocidentais no oriente médio
pós 11 de setembro.
O
Paquistão é (era) mais leal que a "Casa de Saud", se for analisar a
questão de energia estratégica, pois foi o Paquistão que melou até hoje os
gasodutos TAPI (Turcomenistão-Afeganistão-Paquistão-Índia) e o IPI
(Índia-Paquistão-Irã), dutos que dariam poder ou para a Rússia ou para a China
no tabuleiro geopolítico da região. O nome desta disputa chama-se: “Novo Grande Jogo”.
Sem
falar que foi o Paquistão quem realmente capturou o Osama Bin Laden (o resto é
ficção).
Mas aí, alguém dirá: "Ah, mas o Paquistão faz jogo duplo". Lógico que faz, é um país oriental atendendo interesses do ocidente. O Paquistão já faz até demais, se for analisar que eles podem ser os maiores prejudicados por apoiarem forças estrangeiras alheias aos interesses da região.
Quando
se fala que Trump é muito estourado ou que é doido – problema de caráter de
sanidade mental --, vem um monte de viúva conservadora querer defender o mito
dos EUA. Mas o fato é que o Trump está fazendo um mal danado para o ocidente
como um todo.
Infelizmente,
perdeu a noção das coisas. Quer fazer marketing político ofendendo aliados. Totalmente pirado. Deve ser interditado por
senilidade imediatamente. Caso contrário, os EUA não terão aliados em lugar nenhum no mundo, pois os americanos descartam os aliados como fraldas sujas.
Obs:
O leitor já ouviu falar do "Novo Grande Jogo"?
Pois
então, o Trump decidiu sair desta disputa geopolítica, ao ofender o aliado
Paquistão, e decidir só fazer acordo bilateral, dando respaldo para que as
forças do Oriente, da Rússia e China, tenham amplitude nesta área de poder.

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Baseado no trabalho disponível em http://efeitoorloff.blogspot.com.br.
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