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Paralisação 28/04: A Greve da Vergonha

Por: Júlio César Anjos

Qual o significado e utilidade da greve? Greve na teoria é rebelião. Deveria ser utilizada essa instrumentalização em último caso, só quando cessam todas as outras formas de negociação. Mas, infelizmente, no Brasil a greve é a “negociação”. No país tupiniquim, a greve é chantagem contra empresário e políticos. Também são férias forçadas fora de época. Além é claro de micareta, caso seja uma dobradinha a um evento em defesa de pauta qualquer. A verdade é que hoje a paralisação nada mais é do que arma de sediciosos que utilizam o meio legal da greve para levarem em frente os seus autoritarismos, colocando a massa operária como escudo, sob a fantasiosa alegação de defesa de direito dos trabalhadores. Além disso, fora todos esses problemas já vistos e enfrentados, tristemente a greve do dia 28/04, pelos motivos a serem expostos, será considerada pela história como a Greve da Vergonha.

Primeiro, que não há como negar, essa greve teve um cerne de caráter de defesa do chefe da ORCRIM chamado Lula. Felizmente a adesão foi baixa, portanto, Lula está isolado, pois a grana dispendida e o esforço da gangue neste evento, chamado de a “Greve da Vergonha”, mostrou ainda mais a derrota deste sistema vigente no poder. A greve não massificou e o que restou foi o que já é conhecido: Atropelamento, linchamento, bala de borracha, depredação de patrimônio público, entre outros, e cada lado, tanto a extrema-direita quanto a extrema-esquerda, divulgando tais acontecimentos como se fossem troféus. Diante disso, há um pequeno grupo de pessoas decentes que ainda acreditam que a greve tem que “incomodar”. É certo que a função da greve é incomodar, mas não vandalizar, como o que ocorreu neste evento a apoio a Lula e à manutenção do imposto sindical, sob a plumagem e o escudo ardil de direito do trabalhador, Num país cheio de desempregados e crise criada pelo modelo econômico/social do PT, método comprovado pelo empirismo que não funciona, com pilar de apoio da ORCRIM, defender Lula e o imposto sindical chega a ser uma afronta à ordem social. Todavia, as instituições são grandes catalisadoras  também disso, como a embusteira IBGE, a categoria dos professores que não professam, e a categoria dos transportes que não transportam, faz a sustentação deste modelo do fracasso mantenedor do poder e do PT. Órgãos aparelhados que tentam dar vida a um defunto.  
  
  O órgão mais espúrio do estado chamado de IBGE “confessa” que há pelo menos 13 milhões de desempregados no Brasil. Esse órgão nefasto, a mando de Lula, criou a metodologia de que desalentado é empregado, tirando da fórmula um sem-número de trabalhadores desempregados, tudo para criar a falsa sensação de que as coisas estão normais. E agora a pergunta retórica: Onde estavam os sindicatos quando o IBGE fez essa manipulação? Aliás, na pior crise da história, criada pelo PT de Lula e Dilma, o que mais se viu foi o escandaloso silencio dos sindicatos, aparelhados com o partido da ORCRIM. Ou seja, os sindicatos, ao invés de defender o direito do trabalhador a pelo menos conseguir trabalhar, ajudou os nefastos do partido dos trabalhadores afugentarem empresas e fazer a pessoa honesta perder o emprego. E, apesar de tudo isso, o sindicato nega a realidade, e ainda promulga greve geral do dia 28/04 (para criar mais desempregados, por motivo óbvio), sendo que deveria mostrar soluções para o Brasil conseguir atrair investimentos, e, com isso, aumentar a empregabilidade e diluir o desemprego no país de forma verdadeira, e não pela caneta, como fez o assecla IBGE.

A resposta dos sindicatos e da esquerda para a queda do imposto sindical, escrutinada pelo congresso, foi promover uma espécie de micareta, “festa de democracia”, como protesto diante a mudança da lei. Em uma época em que os brasileiros não estão nada felizes com o quadro geral, fazer festa contra a perda de direitos dos encostados no sindicalismo beira ao absurdo. E para massificar a causa, os sindicalistas fingem para os desavisados que as pautas são legítimas, escondendo que o real fator do protesto é defender o imposto sindical e salvaguardar Lula, que está implicado até o pescoço em corrupção. Mas há outros tipos de “desavisados”, que são aqueles que, por conivência, aderem à greve, mesmo sabendo que a pauta é defesa do Lula, mas fingem que é por outra causa, para esconderem de forma envergonhada que apoiam o “guerreiro do povo brasileiro”. E há o escancarado mesmo, que quer salvar o Lula, o PT e a ORCRIM toda. Nestes termos, é por isso que essa paralisação tem um monte de pauta, em que constam de vários resmungos: “Perda de direito!”; “Precarização”; “Fora Temer”; “Lula guerreiro do povo brasileiro”. Mas, felizmente, é por isso que também esta “greve da vergonha” foi considerada um fracasso. Ainda bem.

Diante disso, outra ressalva a mencionar nesta “greve da vergonha” é que a categoria de professores estatutários está devendo para o país. Os professores aderiram à greve não ao apelo de manifestação, mas só aproveitaram a parada para fazerem férias prolongadas, em que tal categoria poderá perder o título de “vaca sagrada” da sociedade, por causa da traição (tanto de não apoiarem a esquerda, não estando na rua ao ficar em casa, tanto pela direita, por terem aderido essa greve nefasta). Encostados no concurso público, estatutários, os professores até mesmo se arvoram de algum status para reivindicar até mesmo a manutenção de um político corrupto no poder, desde que seja um candidato que atenda aos seus anseios. Sem falar que o fim do imposto sindical, que não significa reforma trabalhista, nada mudará no sentido deste meandro nefasto entre sindicato de professor e o professor revolucionário, em que o fim do imposto sindical não será o fim desta chicana sem igual. Quem acha ao contrário, é melhor voltar a compreender e estudar o mecanismo sindical no funcionalismo público. A sociedade vê escandalizada essa fusão entre professores e sindicalistas, que será eternizada pela vagabundagem geral. Só pra lembrar que no fascismo havia professores apoiadores do regime, assim como aconteceu no nazismo e que é corriqueiro no comunismo. Portanto, por mais que seja uma categoria importante e motivo de orgulho, não pode ser considerada “vaca sagrada”, se estiver fazendo algo errado, como fizeram ao aderir esta greve geral torpe, do dia 28/04/17, que ficou marcada como a “greve da vergonha”, sendo aderida também pelos professores doutrinadores da corja radical.

Outra categoria que entristece a cada dia a sociedade ao apoiar a “greve da vergonha” é a dos que estão no setor de transporte. É sempre a mesma coisa, começa o burburinho de indicativo de greve, e lá estão os motoristas e cobradores, alinhados com o sindicato, a fazer apoio de greve a outros grevistas, para fortalecer a "causa". Lógico que há muitas exceções, mas o quadro geral é da conivência desta categoria de forma corriqueira com os sindicatos, virando instrumento de partido com viés revolucionário. Já não bastasse isso, ainda bandidos travestidos de manifestantes, os black blocs, pegam esses ônibus fora de trabalho, ou aqueles que ousam a desafiar a “revolução” por estarem simplesmente circulando, e queimam os ônibus como forma de vitória política, não fugindo muito ao que acontece em presídio, em que se queima colchões, só que na rua queimam pneus e ônibus como forma de chantagem política. Como já dito e agora repetido, muita gente acha que greve é feita para incomodar. É verdade, mas é feita só para incomodar, e não ser um alvará para o bandido cometer delito. A categoria e o setor dos transportes são cúmplices desta horda toda, desnudando essa manifestação como, mais uma vez, a “greve da vergonha”.

Portanto, o dia 28 de Abril de 2017 ficou marcado historicamente como a “Greve da Vergonha”, pois, diante da situação estrutural e conjuntural do país, com crises infindáveis, taxa de desemprego elevada, situação social de anomia, além de que os baderneiros eram o governo nos últimos 14 anos, sendo oposição há pouco tempo, toda essa concepção deflagra um país doente. Maioria dos políticos e alguns empresários corruptos, sindicatos e sindicalistas bandidos, categorias trabalhistas de professor e profissionais do transporte coniventes com atos até mesmo criminosos de barbárie, além de um povo que acha que existe escolha sem renúncia, ou direito sem dever, fizeram com que toda a baderna deste dia fosse algo normal e corriqueiro no âmbito e na vida das pessoas que vivem no Brasil. Até a vergonha na cara entrou em greve e somente quem aderiu a manifestação foram os desavergonhados. Mas aos honestos, a manifestação do dia 28/04/17, em que se deve esquecer e nunca mais repetir, foi marcado como a "Greve da Vergonha".

   


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Paralisação 28/04: A Greve da Vergonha de Júlio César Anjos está licenciado com uma Licença Creative Commons - Atribuição-NãoComercial-SemDerivações 4.0 Internacional.
Baseado no trabalho disponível em http://efeitoorloff.blogspot.com.br.

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