Resenha Livro: Assim Falava Zaratustra - Nietzsche
Por: Júlio César Anjos
O
livro Assim Falava Zaratustra é uma IRONIA a todas as seitas (Nietzsche
considera religião como mera seita) que já passaram pela terra. Se o leitor
entender que o autor está ironizando profetas, seguidores e a sociedade em
geral, a charada está decifrada sobre o que se passa no livro.
Primeira Parte
Preâmbulo de Zaratustra
I
“Grande astro!
Resenha:
Zaratustra só se reporta ao grande astro, não a um “deus”. Zoroastro é a
alegoria irônica de Abraão, Moisés, Jesus, e qualquer outro “líder de seita”
que passou na terra.
II
Resenha:
Aqui, Zaratustra não tem como elo de convencimento um deus, mas um “super
homem”, que é o objeto principal para criar a seita. Sabe o programa do The
History, chamado “Alienígenas do Passado”, de Giorgio A. Tsoukalos? Então, esse
programa remonta uma nova narrativa sobre as descobertas das civilizações
antigas, induzindo que todos nós fomos gerados pelo deus alienígena. E Assim
como o alienígena é o deus do Giorgio, o “super homem” é o deus do Zaratustra.
III
Resenha:
Aqui são as bazófias em curso, Nietzsche faz sátira durante o livro todo, com
técnica similar às parábolas, os salmos, os provérbios que existem na bíblia,
ferramenta manipuladora que todo líder de seita sabe empregar.
IV
Resenha:
O super homem é um sujeito que não é fraco emocionalmente, é extremamente
inteligente e não joga dados com a vida, esperando alguma coisa divina salvar a
sua “alma”, ao livrá-lo de alguma enrascada. O super homem de Nietzsche
assemelha-se muito com a personagem Mark Watney (Matt Damon), de Ridley Scott,
no filme “Perdido em Marte”. A frieza, o cálculo, a determinação e a falta de
sentimentalismo (além da ajuda mutua na Nasa entre nações), não se desesperando
com a situação, nem esperando quieto um milagre, faz a correlação do super
homem do Nietzsche com o super astronauta do filme.
V
Resenha:
Quando o mundo tornar-se glorioso, haverá sempre uma minoria, que serão os
últimos homens, pois, pela lógica, o super homem superará o homem, ou seja, o
último homem será aniquilado. E Nietzsche critica essa minoria que nem existe
desde já.
VI
Resenha:
Zaratustra até conseguiu convencer uma pessoa, só que ela está prestes a
morrer. O malabarista é um ser dançante, que ganha a vida aprazendo as pessoas,
fazendo alusão que ama a vida, mas justo o mais alegre da vila faleceu.
VII
Resenha:
Até convenceu o malabarista a compreender os seus ditos, mas o fez tardiamente,
pois o “fiel” morreu. Mas já é um avanço, convenceu a primeira pessoa.
VIII
Resenha:
Nietzsche faz uma ironia, ao dizer que alguns seguidores são pesos mortos para
o líder, que nem vale a pena tê-los a tiracolo. O que é um paradoxo, pois
Nietzsche prega o “super homem” e pesca como seguidor um defunto. Alguns
seguidores é melhor nem os terem. E como é líder, ao menos tem que ao menos ser
responsável pelo seguidor, por isso leva o defunto aqui e acolá. Isso é Ironia
pura. O cadáver na arvore para impedir que o lobo destroçasse o corpo será
explicado no capítulo posterior.
IX
Resenha:
Zaratustra, como todo líder de seita, teve a iluminação: do óbvio, pois todos
os líderes religiosos, na história, sempre tiveram essa iluminação. E Lógico
que tem que ter seguidores vivos (e não mortos). Zaratustra, também, como todo
líder de seita, tem que acreditar no próprio “delírio”. Zaratustra, também, faz
alegoria na situação de ter colocado o corpo em cima de uma árvore, para os
lobos não destroçarem o corpo do defunto, como pano de fundo para a nova linha
de raciocínio iluminativa do grande mestre. Tem que salvar o “rebanho” dos
lobos.
X
Resenha:
Alegoria irônica da presença dos animais nos escritos sagrados, como Biblia e
Torá, por exemplo. Até religião, como a egípcia, cultua tanto os animais que
fazem até o antropozoomorfismo deístico. É mais uma ironia no texto, para fazer
alusão do líder Zaratustra.
Os
Discursos de Zaratustra
Resenha:
Camelo = Saber Carregar os fardos; Leão = Poder de mudar as coisas; Criança:
Resetar tudo, como tábula rasa. Zaratustra resgata o zoroastrismo persa antigo
(sumido), ou seja, antes de Cristo, para atacar o cristianismo, dando a
entender que muito da religião de Cristo tem a ver com o zoroastrismo. Aqui,
também, Nietzsche mostra que o líder de seita tem que ter uma retórica
“polída”, requintada, para fazer algo sublimado e convencer as pessoas através
de embuste. No final, acaba terminando com ironia, sob onde estava morando
(animal correlacionando com o pronunciamento). Todo líder de seita faz esses
jogos de palavras, é só ver o Osho atualmente, por exemplo, que cria essas
analogias que parecem ter significado profundo, mas se analisar bem, não há
profundidade nenhuma na linha de raciocínio.
DAS
CÁTEDRAS DA VIRTUDE
Resenha:
Obviedade que chega a ser até infantil. Nesta parte, Nietzsche ironiza um sábio
que faz filosofia sobre o sono, falando só coisas lógicas, que não há sapiência
nenhuma, pura retórica, para convencer os incautos. Paz com o próprio deus até
faz o meu diabo não agir; mas deve-se também estar em paz com o diabo do
outros. Nietsche era um gênio! Um bosta, mas um gênio! Ele também ironiza a
filosofia do sono do sábio, que, ao fazer uma investigação mais profunda,
descobre-se que o sermão é superficial.
DOS
CRENTES EM ALÉM MUNDOS (1)
Resenha:
Mesmo usando artifícios de estilísticas literárias como a ironia, os jogos de
palavras e as frases de efeito, ainda assim Nietzsche tenta convencer
“seriamente” que o além-mundo não existe. Aqui, é niilismo puro. Quando uma
pessoa extremamente doente fica carente, ela começa a tentar tapear a realidade
sufocante, ao achar que aquele infortúnio é só uma passagem, que lá na frente
haverá um paraíso, criando, assim, um além-mundo. Nietzsche nega isso e propõe
que o mundo abandone essa crença e comece a buscar conhecimento para que nunca
mais haja doença nenhuma na terra, que a pessoa viva o hoje, o agora, ao passo
que diz: “Curem-se, dominem-se, criem um corpo superior!”. Neste título,
Nietzsche faz a separação entre crença e racionalidade (ciência).
DOS
QUE DESPREZAM O CORPO
Resenha:
Como é sabido que a pessoa nasce para morrer, portanto o corpo é perecível, a
doutrina cristã, surrealmente, desdenha e despreza o corpo, ao dar valor ao
além-mundo (sobrenatural), por esta concepção. Enquanto as pessoas tentam
salvar almas, aceitando que o corpo padecerá, não mexendo uma palha para que
sejam feitos avanços para que, pela razão, elimine-se todas as doenças e
mazelas da vida, essa situação nunca chegará ao ponto do homem virar o super
homem (paraíso na terra). Se o corpo é desvalorizado, então por que gastar
tempo para achar técnicas para manter o corpo saudável? Pra que lutar pela
vida?
DAS
ALEGRIAS E PAIXÕES
Resenha:
Zaratustra faz uma pregação sobre a virtude. Uma virtude terrena que seja
contra o senso comum. E neste caso, até
aquilo que parece ser vício, é, na verdade virtude. Exemplo: Matar é errado.
Mas matar na guerra, por exemplo, até ganha medalha de honra ao mérito.
DO
PÁLIDO DELINQÜENTE
Resenha:
A morte rápida significa eutanásia. Dizer uma coisa ao invés da outra é
exatamente incorrer contra o religiosamente correto (Nietzsche ataca o
religiosamente correto, assim como hoje se ataca o politicamente correto). O juiz vermelho significa o peso da
consciência (pode significar o clérigo também, pois faz menção às bruxas e
hereges, insinuando a inquisição).
LER
E ESCREVER
Resenha:
Para Nietzsche, Não se acaba com o mau do mundo implantando mais ainda o mau,
mas sim atacando com amor, alegria e dança. [é mais ou menos soltar pombinha da
paz na praia para protestar contra a violência – descobrimos o pai da
idiotice].
DA
ÁRVORE DA MONTANHA
Resenha:
Zaratustra continua a fazer as filosofias de boteco, com jogo de palavras, com
tons de críticas, para “pescar” mais um seguidor, que deixará de ser “perdido”,
para começar a virar super homem.
DOS
PREGADORES DA MORTE
Resenha:
Um pregador da morte pode ser uma pessoa que abandonou a vida por causa de
tristeza qualquer, por exemplo. Outros pregadores da morte são aqueles que
renunciam os prazeres da vida, diante de uma doutrina religiosa qualquer. E
nesta passagem: “é doloroso dar a luz”, é uma analogia, por exemplo, de uma pessoa
não ir à montanha russa, para obter a adrenalina, porque tem medo do “susto”
(de passar medo). Entende? Esses são pregadores de morte.
DA
GUERRA E DOS GUERREIROS
Resenha:
Aqui, Zaratustra ironiza o guerreiro por ser somente um membro que não é livre,
pois só pode obedecer e não pode querer. Deve também ter orgulho do inimigo,
pois, se matar na guerra é honra ao mérito, o inimigo também está sendo
honrado. Essa menção é uma crítica contundente ao: “não matarás” da bíblia, em
que, como dito, em casos extremos, matar é virtude e não vicio.
DO
NOVO ÍDOLO
Resenha:
Zaratustra, aqui, critica a mudança de ídolo, sendo que outrora os ídolos eram
religiosos, que até foram enfraquecidos, mas que ressurgiram pelo molde do Deus
estado, que não se diferencia muito da religião. Ou seja, não mudou a
mentalidade, só mudou status.
DAS
MOSCAS DA PRAÇA PÚBLICA
Resumo:
Zaratustra se revolta com o fato do sistema religioso dividir o povo entre prós
e contras tudo. As moscas são a opressão do sistema moral cristão que picam
pessoas inocentes e as infectam com o veneno da discórdia e da covardia, da
submissão como valor cultural.
DA
CASTIDADE
Resenha:
Aqui, Zaratustra inverte a lógica, mostrando que fugir da castidade é algo
moral, pois, além de natural, é também uma situação de livramento da alma. Até
porque fazer sexo é natural.
DO
AMIGO
Resenha:
“Ele não é bom o bastante para ser meu amigo”, essa é a lição do Zaratustra na
dificuldade em se fazer amizades. As diferenças impostas sociais, seja por
motivos de castas, de intriga entre povos ou de divergências quaisquer são
ruídos na percepção, que, na verdade, uma pessoa livre pode ser amigo de quem
ela quiser, seja de um escravo, de um tirano ou até mesmo de um inimigo. E, no
fim, “mãe é mãe, paca é paca, mulher é tudo vac*”. Zaratustra não é feministo.
OS
MIL OBJETOS E O ÚNICO OBJETO
Resenha:
Aqui, Zaratustra diz que as coisas só possuem valor porque atributos criados
por um tipo de avaliação/avaliador. Seja ouro (valor materialista) ou um valor
conservador (cultural), há sempre quem queira criar outros valores, e, para
criar, é preciso destruir o valor anterior. E, no fim, as pessoas dão mais
valor ao coletivo do que ao individualismo, pois são mais o rebanho do que o
“eu”.
DO
AMOR AO PRÓXIMO
Resenha:
Zaratustra crítica a filosofia religiosa de ter que amar o próximo. Zaratustra
diz que tem que amar além do próximo, até mesmo o mais afastado, distante, se
quiser fazer o super homem. É amar a humanidade.
DO CAMINHO DO CRIADOR
Resenha:
A crítica é simples: se você vai trilhar, sozinho, um caminho para encontrar um
deus, então você é um solitário. E sendo solitário, encontrará os infortúnios
da solidão. Ao invés de sozinho trilhar um único caminho para encontrar um
deus, que a pessoa encontre a felicidade ao entorno, amando até mesmo o além do
próximo, por ser feliz somente para trilhar.
A
VELHA E A NOVA
Resenha:
A velha concepção é da mulher subserviente pela escritura sagrada ao homem; já
a nova concepção, doutrinada pelo Zaratustra, é voltada pela “razão”. Imagina uma
feminista ler isso e entender? Acabou o Nietsche para elas. É mais ou menos
aquela concepção: “Atrás de um grande Homem sempre há uma grande mulher”. Mas
Nietzsche mostrou-se mesmo machista, mesmo dando alguns “elogios”, como no caso
do imã. Nietzsche não é feministo.
A
PICADA DA VÍBORA
Resenha:
Sabe aquela parábola budista de aceitar
o presente? Abre aspas: "Se alguém chega até você com um presente, e você
não o aceita, a quem pertence o presente?" - perguntou o Samurai. "A
quem tentou entregá-lo" - respondeu um dos discípulos. "O mesmo vale
para a inveja, a raiva, e os insultos" - disse o mestre. "Quando não
são aceitos, continuam pertencendo a quem os carregava consigo. A sua paz
interior, depende exclusivamente de você. As pessoas não podem lhe tirar a
calma, só se você permitir.”
DO
FILHO DO MATRIMÔNIO
Resenha:
Algumas mulheres são tão péssimas, que o melhor é nem ter filho, não proliferar
a desgraça. Se for para proliferar, que a mãe e o pai tenham percepção de gerar
algo valoroso, o super homem (que estará desconectado do sistema vigente).
DA
MORTE LIVRE
Resenha:
Zaratustra diz que Jesus não morreu na cruz, morreu quando deixou de viver, ao
aceitar as desgraças, ao invés de viver e ser feliz. Para Nietzsche, viver não
é apenas estar respirando, se a pessoa não goza de uma boa vida, esta pessoa
também está morta, seja por doença, por desanimo ou qualquer outra coisa que
seja.
DA
VIRTUDE DADIVOSA
I
Resenha:
Zaratustra ganhou um cedro com uma serpente envolta. Isso se assemelha com as
investiduras que os papas davam para outros fidalgos. E Nietzsche aqui diz que
aquilo que é aprazível, o lado bom da vida, que é a verdadeira virtude
dadivosa.
II
Resenha:
“Por que deixar para amanhã se pode fazer hoje?”, ou seja, por que esperar o
paraíso pós morte, se pode fazer da vida um paraíso hoje? Viva hoje e será
curado pela lógica de aproveitar a vida.
III
Resenha:
Aqui, Zaratustra pede para os seguidores pararem de o venerar, pois só seguindo
sozinhos com seus prórpios pensamentos é que terão a liberdade.
SEGUNDA
PARTE
ASSIM
FALAVA ZARATUSTRA
A
CRIANÇA DO ESPELHO
Resenha:
Aqui, Zaratustra diz que o sonho traz a resposta. Como é sabido, hoje, os
sonhos não trazem a resposta de forma escancarada, mas velada, em forma de
símbolos. Portanto, Nietzsche ao comprar o sonho como informação real, está
equivocado de antemão. O que ele teve foi um pesadelo que ele traduz como ter
perdido os fieis e tem que reconquistá-los novamente.
NAS
ILHAS BEM-AVENTURADAS
Resenha:
Aqui Zaratustra diz que Deus tem que ser imaginável (ou seja, inanimado), não
sendo levado a sério por tal proposito (por ser um desenho animado). Tem que
levar a sério a terra, que é tangível, é a vida e que faz sentido tudo, pois é
a realidade.
DOS
COMPASSIVOS
Resenha:
“Gente feliz não enche o saco”. Aqui, Zaratustra fala para não fazer mal para
os outros não por causa de uma condenação no futuro, mas porque uma pessoa
negativa e rancorosa não encontrará paz e a vida não será apraz. Viver a vida
no presente, sem rancor, é o melhor para o próprio egoísmo e toda a comunidade.
DOS
SACERDOTES
Resenha:
Aqui, Zaratustra critica os sacerdotes com os seus ritos, os símbolos, cânticos
sôfregos que fazem a penitencia ser mais parecida com a morte do que uma forma
de pagamento de pecado. É pura “sofrência”.
DOS
VIRTUOSOS
Resenha:
“Se eu for um bom menino, Deus vai me ajudar”. A virtude seria isso, quanto
mais acha que sendo omisso quietinho, bobinho, ovelhinha, deixando de viver o
aqui e o agora, mais próximo do céu a pessoa estaria de lá. É como se dobrar o
joelho fizesse alguma diferença quanto a resolução de problemas mundanos.
DA
CANALHA
Resenha:
Zaratustra fala que a canalha, ou seja, o populacho, está condenada, pois bebem
da fonte contaminada da doutrinação religiosa que ensina que ser preguiçoso,
omisso, obtuso, é questão de virtude para obter passagem para o paraíso.
Doutrinação ad hoc.
DAS
TARÂNTULAS
Resenha:
Zaratustra compara a tarântula escondida no seu habitat frio com o calabouço da
igreja. Zaratustra também fala sobre a estratégia da “falácia espantalho”, em
que a igreja cria fantasmas como inimigo e trava combate com elas.
DOS
SÁBIOS CÉLEBRES
Resenha:
Espinha ereta, consciência limpa e valor à vida. Assim falava Zaratustra, guru
de seita que refuta o cristianismo.
O
CANTO DA NOITE
Resenha:
Aqui, Zaratustra exalta a noite como ponto máximo para enamorar. Aquilo que a
religião pregava como “trevas”, na verdade essa parte do dia pode ser muito bem
vivida ao invés de se retirar ao aposento e se flagelar em penitencia na noite
antes de dormir. Por que não viver de dia e também de noite? Por que essa
escolha, se pode ter os dois?
O
CANTO DO BAILE
Resenha:
Zaratustra anoitece a noite, em que acontecem os bailes, as festas, as danças.
Como que na filosofia de Zaratustra a felicidade é primordial, então a noite,
com os seus gracejos, é fundamental. Até porque ele faz uma critica ao sistema
religioso que dizia para a pessoa se resguardar das “trevas”, com as pessoas
não aproveitando o aprazível do noturno. Faz também alusão entre o anoitecer
ser considerado trevas, o inimigo da religião chamado escuridão, pois deus é a
luz.
O
CANTO DO SEPULCRO
Resenha:
Zaratustra aqui vai contra o tal do morrer e ir para o paraíso, caso negue as
belezas da vida mundana. Ele critica o conservadorismo na época que “matava” a
pessoa em vida, ao tirar os prazeres do viver, além de que a própria morte, que
não teria um paraíso logo a seguir, seria um castigo pelo fim do bom viver.
Enquanto a pessoa tiver vontade e saúde para tal, a pessoa deve fazer, mesmo
que muitos fiscais da vida alheia achem errado. E se for ao contrário: E se só
irá para o céu quem aproveitou a vida? E se for um ensaio, em que só terá
ingresso para o céu, que é a felicidade, se a pessoa conseguiu ser feliz na
terra? Desta forma, a igreja católica estaria mando as pessoas para o inferno.
DA
VITÓRIA SOBRE SI MESMO
Resenha:
Zaratustra explica que o individuo deve se libertar. O homem preso por valores
perde muita coisa boa da vida por não querer se arriscar. E também, a pessoa
presa por tudo não tem o que perder, já está morta em vida mesmo, então
arriscar-se é um caminho a seguir.
DOS
HOMENS SUBLIMES
Resenha:
Aqui, Zaratustra diz que Jesus é feio por ser medroso, sempre com a espinha
dobrada, nunca gargalha ou dança, mostrando fraqueza ao abandonar a vida e
aceitando até mesmo ser crucificado sem nem mesmo reação. O super homem não é
esse ser pusilânime que a doutrina religiosa quer imputar. O homem sublime é um
touro que deseja a vida.
DO
PAÍS DA CIVILIZAÇÃO
Resenha:
Aqui, Zaratustra diz que se a mulher saiu da costela, toda a civilização foi
gerada por uma costela, portanto é risível quanto à humanização. E se você é
contra tal doutrina religiosa, você é um “sem nação”, pois se nega a ser um
filho de costela.
DO
IMACULADO CONHECIMENTO
Resenha:
Aqui, Zaratustra fala sobre a luta interna entre o que é permitido pela
doutrina e a vontade da pessoa em fazer aquilo que seja moralmente errado, mas
que naturalmente talvez possa não ser. O conhecimento ajuda a compreender que
não só o que não é terreno é imaculado, mas o terreno também pode ser imaculado
no presente. É hipocrisia levar a vida sem cobiça, pois é renunciar ser humano.
DOS
DOUTOS
Resenha:
Aqui, Zaratustra diz sobre os doutos que possuem destrezas, mas que não são
sábios como imaginam. E como são obtusos, mesmo que Zaratustra esteja, na
teoria, em posição inferior, Zaratustra não baixa a cabeça para eles (e para
ninguém). O primeiro revolucionário!
DOS
POETAS
Resenha:
Zaratustra compara a doutrinação cristã como o trabalho criativo de poeta. O
poeta viaja na maionese e cria coisas ao alento, assim como a doutrina cristã é
uma criação de surrealismos sem fim.
DOS
GRANDES ACONTECIMENTOS
Resenha:
Zaratustra faz analogia a um vulcão como se fosse o inferno e critica a igreja
por ter como defesa do mau o desprezo (despreza o diabo), como se isso fosse
adiantar (tem que lutar contra o seu inimigo, não desprezá-lo). No fim, ele
doma o cão de fogo (espécie de demônio), mostrando que não passa de um
cachorro, que só basta tocá-lo que vai embora. (novamente referencia pueril na
religião, que basta tocar o demônio que ele vai embora, como no exorcismo).
O
ADIVINHO
Resenha:
É simples. Ficou com fome e teve pesadelo. O adivinho, pelo esforço de decifrar
o pesadelo, ganhou como “presente” do Zaratustra a possibilidade de comer junto
com o mestre. Enquanto os outros apenas escutam o mestre, esse adivinho, de tão
doutrinado que está, já começa a delirar junto, em que o Zaratustra dá esse
“presente” em comer junto para mostrar os demais que os seguidores que forem além,
serão mais bem quistos pelo líder de seita.
DA
REDENÇÃO
Resenha:
Zaratustra critica cristo por curar os enfermos, como se fosse um “higienista”
das deficiências, dando a entender que deus não quer o aleijado e por isso o
cura. E convence o corcunda de que não há nada de errado com ele, pois o
problema está no preconceito da sociedade do que do problema no individuo. E
vai além, diz que não adianta ficar se penitenciando ou achando que isso é
maldição do passado, pois a vida é pra frente e deve ser vivida, mesmo que
dificultosamente.
DA
CIRCUNSPECÇÃO HUMANA
Resenha:
Zaratustra diz que as coisas tem que ser grandes, tudo tem que ser elevado, até
mesmo o orgulho. Um bom caçador não se orgulha de pegar um esquilinho na selva,
ele se contenta em pegar um urso. É desta grandeza que Zaratustra fala, sobre
querer sempre o mais e o melhor.
A
HORA SILENCIOSA
Resenha:
Zaratustra fala consigo mesmo, a consciência do que está fazendo, avaliando
toda a situação, para ver se continua ou não. Aqueles seguidores já estão
doutrinados, então é hora de novas doutrinações. Zaratustra buscará novos
desafios. É questão de vontade humana querer mais. Assim como Zarautstra quer
mais fieis.
TERCEIRA
PARTE
ASSIM
FALAVA ZARATUSTRA
O
VIAJANTE
Resenha:
Zaratustra fará novos desafios. Ao contrário de Jesus, que sempre deu a parecer
firme nos desafios, Zaratustra mostra-se humano, com sentimentos, mas sabendo
que deve fazer isso, se quiser crescer. Tem que doutrinar mais gente. É da
natureza do peregrinador peregrinar. Zaratustra gosta de andar mais porque
gosta de natureza, de coisas novas, tem amor pela vida. Mais do que doutrinar
até.
DA
VISÃO E DO ENIGMA
I
Resenha:
Já está começando a ficar famosinho naquela região, até os marinheiros o
reconheceram.
II
Resenha:
O pórtico significa abrir os horizontes, o anão significa a pequenez da alma, o
cão é a voracidade e a serpente é o desespero.
DA
BEATITUDE INVOLUNTÁRIA
Resenha:
Zaratustra ama o fato de ser solitário. Todavia, sente falta de afetividades.
Mas ele ironiza dizendo que a felicidade é/está na mulher; porém, ele não
persegue esta felicidade, portanto não é plenamente feliz. Por isso a beatitude
involuntária.
ANTES
DO NASCER DO SOL
Resenha:
Aqui, o lusco-fusco traz a inexorabilidade de que nascerá um belo dia, em que a
pessoa poderá aproveitar a vida, anunciando coisas boas, fazendo analogia da
luz do dia com a luz da bondade. Zaratustra acordou antes do sol nascer e
aproveitou para fazer discurso. Só isso. Escreveu tudo isso só para dizer que
acordou antes do sol, mas acordou feliz.
DA
VIRTUDE AMESQUINHADORA
I
Resenha:
Zaratustra aqui critica as construções pequenas, irregulares e feias feitas nas
encostas dos rios, pelas aldeias ribeirinhas. Construções sem finalizações e
sem ousadia, mostrando pela arquitetura a pequenez do homem médio doutrinado
pela igreja católica, que confunde humildade com relaxo (preguiça).
II
Resenha:
Zaratustra vai contra a doutrina religiosa que prolifera a lógica da virtude
mesquinha, uma falsa virtude, pois, segundo a doutrina cristã, só é considerado
bom algo que vai contra o propósito de vida. Para os conservadores, negar a
vida é virtude. Para Nietzsche, viver é virtude.
III
Resenha:
Zaratustra começa a ficar incomodado porque o povo obtuso desta região não se
permite doutrinar. Ele não está conseguindo salvar esta multidão. Talvez
fracasse neste lugar.
NO
MONTE DAS OLIVEIRAS
Resenha:
Zaratustra compara o frio do inverno com a frieza da alma. E como Zaratustra é
um homem positivo, feliz, dançante, é obvio que ele abençoaria o frio, pois, mesmo
que o frio seja mal, serve de motivo para fazer do calor o bom da história. O
bom só existe mediante a existência do mal. Mal necessário.
DE
PASSAGEM
Resenha:
Aqui, Zaratustra critica o “louco” pela forma exasperada que denigre a cidade
que está realmente caída. Mas, como sábio, Zaratustra faz a seguinte indagação:
Se o lugar é tão ruim assim, por que você não saiu deste lugar? Há muita gente
assim, que desdenha de onde mora, sem jamais sair dali. É a hipocrisia reinante
que também faz a região se destruir. Zaratustra fracassou nesta região,
justamente por causa deste pensamento arraigado do “louco” estar impregnado em
toda esta região.
DOS
TRÂNSFUGAS
I
Resenha:
Zaratustra convida as pessoas a mudarem de barco (trânsfugas), que no começo,
com a mudança de status, serão uma espécie de acrobata morto (lá no começo do
livro), quer fazer malabarismo, mas é impedido por motivo de força maior de
dançar. Ao passo que, se evoluir, vira crente, pois aproveitará da vida, pelo
regozijo do aprender viver. “É preciso saber viver”. Nietzsche, com o
Zaratustra, quer fazer do “saber viver” uma precisão científica.
II
Resenha:
“Não deixeis cair em tentação”. Mas o que é tentação? Se tentação é o simples
viver de experimentação, então não deixar cair neste experimento de vida é
prisão. Para Nietzsche, não haver vida noturna, a boemia, é convenção social, é
doutrinação do sistema vigente. Ele fala, também, em que alguns deuses antigos
foram “acabados”, e o Zaratustra (que Nietzsche ressuscitou) é a prova disso.
Se o Zaratustra, religião antiga persa, morreu, então por que o cristianismo
não iria de acabar? Essa é a indagação crucial. E Estar próximo à cidade Vaca
Malhada remete ao sentido de que ele já conseguiu doutrinar essa região e já
está em casa.
O
REGRESSO
Resenha:
Zaratustra continua a atacar a doutrinação da compaixão e piedade como muletas
para as pessoas se sentirem melhores, tapeando suas vontades, pois estes
valores não são honrarias honestas porque o homem não tem compaixão e nem é
piedoso por natureza. Compaixão e piedade tiram a liberdade.
DOS
TRÊS MALES
I
Resenha:
Volutuosidade, dominação, e egoísmo são características intrínsecas da vontade
humana. E se faz parte da vontade humana, então é bom. Mass não basta só ter
vontade, tem que por em pratica, em ação este desejo preso por valor moral de
religião.
II
Resenha:
Os três vícios: Volutuosidade, Desejo de dominar, egoísmo só são coisas erradas
para os religiosos que são escravizados pela doutrinação. Para Zaratustra,
esses três instintos são virtudes do super homem.
DO
ESPÍRITO DO PESADUME
I
Resenha:
Livre, leve e solto.
II
Resenha:
As pessoas doutrinadas pela religião são engessadas, não voam, por isso perdem
coisas maravilhosas da vida. Essa escolha, que gera a renuncia da vida, é estar
morto mesmo que esteja respirando, é um vegetal peregrino. Zaratustra diz:
Pense por você mesmo, não aceite ideia pré-concebida.
DAS
ANTIGAS E DAS NOVAS TÁBUAS
I
Resenha:
A beleza de ser livre e poder fazer o que quiser.
II
Resenha:
Só o individuo, com a sua própria consciência, deveria saber o que é bem ou
mal. A instituição criou o pesadume, fazer da pessoa infeliz com suas doutrinas
de flagelação.
III
Resenha:
Zaratustra define meio-dia como luz demais que esconde a beleza da imensidão
das estrelas. Luz demais provoca cegueira.
IV
Resenha:
A religião, em si, diz que o messias veio salvar o homem dos seus pecados.
Então, o homem deve ser superado, deixando de ser o foco central, sendo só uma
parte do todo e não o todo em si. Será superado pelo super homem.
V
Resenha:
Viva a vida.
VI
Resenha:
Zaratustra ama os que não querem conservar, ou seja, aqueles que não ligam para
o pecado e a punição de não ter o céu, pois, ao aproveitar a vida, e isso
significa ser bom, nada temem ao irem para o outro lado. Na pior das hipóteses,
caso não haja paraíso, ao menos aproveitaram a vida no agora.
VII
Resenha:
O doutrinado sofre de ter a vida inteira ter que se privar, viver de negação.
Os homens considerados bons não dizem a verdade e com isso tornam a alma
enferma. Há de quebrar tábuas velhas (regras antigas) e fazer tabuas novas
(regras atuais).
VIII
Resenha:
Padrão de bem é mal é dicotomia criada pela igreja.
IX
Resenha:
Zaratustra fala sobre a predição e as especulações de bem e do mal, pois é uma
convenção, ninguém tem como afirmar o que é bem e o que é mal..
X
Resenha:
É do humano ser falho e cometer tais medidas. Tentar colocar isso como uma
norma por si só não impede que pessoas matem ou roubem. Como instinto de
própria sobrevivência, roubar e/ou matar continuaria sendo errado? Furto
famélico e matar na guerra. Há de pensar.
XI
Resenha:
A moral católica quebrou, por exemplo, a cultura grega. Violentou o passado.
Com isso, virou uma ponte para dominação, para conseguir o poder total
(arauto).
XII
Resenha:
Zaratustra mostra que o símbolo máximo do cristianismo é a morte, simbolizada
pela cruz. Zaratustra acha que deve romper com tudo isso e criar novas nações
sem essas doutrinas mortuárias como a cristã.
XIII
Resenha:
Zaratustra vê nobreza na podre doutrina, pois ao menos tem um teor de
veracidade na sua frustração como simbologia.
XIV
Resenha:
Quando se coloca tudo no crivo do bem e do mal, sem interpretação nem
flexibilidade, acaba por cometer injustiça. Pois, há coisas que são más e
possuem bem e há bondades que possuem algumas maldades.
XV
Resenha:
Deixa o povo sangrar; se quer merda, vai ter merda. Momento de indignação de
Zaratustra.
XVI
Resenha:
Zaratustra critica o homem médio por ser obtuso por causa da doutrinação
religiosa. Ser escravo da própria ignorância. (o livro é muito repetitivo, a
culpa não é minha).
XVII
Resenha:
E algumas invenções são tão boas que, como o seio da mulher, são úteis e
agradáveis ao mesmo tempo. Zaratustra (Nietzsche) tinha uma tara por seio,
XVIII
Resenha:
A preguiça é o cansaço sem ação. E o cansaço é a preguiça com ação. A doutrina
cristã é mãe da preguiça.
XIX
Resenha:
O hospedeiro da debilidade, da indulgencia, da preguiça, só pode ter como
parasita o doutrinador da igreja da morte.
XX
Resenha:
Nada a acrescentar [muita repetição de argumento]
XXI
Resenha:
Inimigo digno de desprezo não se faz guerra, já é derrotado, não faz nem mesmo
a guerra justa. E a virtude da outra nação em fazer guerreiros dignos gera a
moral do Zaratustra de que se deve respeitar esse inimigo que dá valor ao
guerreiro, ao brigador, e não valor a ser ovelha, como prega a religião.
XXII
Resenha:
Se o homem tiver o pão de graça, acabou a graça em viver. Ou seja, para
sobreviver, seja na relação humana ou da natureza, deve haver malandragem,
destreza, qualidades de sobrevivência que são exaltados por Zaratustra.
XIII
Resenha:
Viver a vida e ser feliz.
XXIV
Resenha:
Fala da separação. Pois, se estiverem casados e tristes, que se separem e sejam
felizes. Hoje é normal a separação, mas na época em que o Nietzsche escreveu
isso, a separação era quase impossível, a sociedade criticava tal situação.
XXV
Resenha:
É tempo de um novo mundo. É tempo de um novo despertar. Zaratustra também
critica o pacto social ou contrato, pois não passam de documentos para a escravidão.
XXVI
Resenha:
Aqui, Zaratustra vê mais valor moral nos fariseus do que nos cristãos.
XXVII
Resenha:
Se ser bom e justo é ser escravo doutrinado pela religião, então esse
estereótipo de bom e justo deve ser eliminado.
XXVIII
Resenha:
Os religiosos, considerados bons, falsearam tudo, somente para tirarem proveito
da situação. O lobo deseja que todo mundo seja ovelha.
XXIX
Resenha:
Zaratustra pergunta qual o motivo de desejar ser desgraçado?
XXX
Resenha:
Zaratustra inverte o padrão, em que as trevas são o bem e a luz é o mal. Deste
modo, ao invés da meia noite ser algo ruim, o que é desastroso é o meio dia,
pois, como já explicado, a luz esconde toda a beleza das outras estrelas, em
que luz demais provoca cegueira. E uma estrela será uma flecha que destruirá ao
meio dia. [embora o meio dia não seja considerado mal para o Zaratustra]
O
CONVALESCENTE
I
Resenha:
Zaratustra faz a velha e conhecida megalomania filosófica em cima do dormir e
do acordar. Uma forma de deboche aos lideres de seita, que fazem grandeza em
cima de algo óbvio, para criar uma analogia cognitiva em cima disso.
II
Resenha:
É basicamente a mitologia para descrever Zaratustra como um ser elevado. Todo
guru de seita chega a fazer isso hoje em dia. Era tão elevado que falava com animais.
Como estava em “coma” por sete dias, ficou agradecido por voltar a ter os
cincos sentidos em pleno funcionamento novamente. Zaratustra também diz: Pare
de se remoer, veja como a natureza é linda.
DO
GRANDE ANELO
Resenha:
Sabe aquela sensação de que conserva remete a coisa velha? É por isso que Zaratustra diz em tirar o pó
da teia de aranha e da obscuridade, algo sujo, velho, criando pó, num lugar
escuro. Isso é o inferno para Zaratustra.
O
OUTRO CANTO DE BAILE
Resenha:
Zaratustra dança com a vida. No caso da caverna, a menção significa resgatar
aqueles que estão presos na escuridão, dando a eles a possibilidade de
brincarem e rirem com o líder da seita. A caverna também faz alusão à caverna
de Platão, a escuridão do conhecimento.
II
Resenha:
bem e mal é uma convenção criada pela doutrina cristã. Se uma pessoa se
considera boa e determina que a outra é má, só neste sentido acaba o amor.
Esqueça isso de bem e mal e vá amar.
III
Resenha:
Nada a acrescentar.
OS
SETE SELOS
I
Resenha:
Que seja eterno enquanto dure.
II
Resenha:
Ama repousar na igreja arruinada. Iconoclastia pura.
III
Resenha:
“Dance Monkeys, Dance!”
IV
Resenha:
Nesta parte, Zaratustra está fazendo uma espécie de Salmos do Zoroastrismo.
V
Resenha:
prossegue com esses provérbios, com essas parábolas e esses salmos.
VI
Resenha:
Continua com os provérbios de Zaratustra.
VII
Resenha:
continua com esses provérbios zoroastrismo.
QUARTA
E ÚLTIMA PARTE
ASSIM
FALAVA ZARATUSTRA
Resenha:
Deus também tem o seu inferno, que é amar os homens, que são podres, tão
entupidos de vícios, que amar o homem realmente é um inferno.
ZARATUSTRA
A
OFERTA DO MEL
Resenha:
A vida é imprecisa, portanto viva cada dia como se não houvesse amanhã. “Carpe
Diem”. Zaratustra está feliz em conseguir pescar homens, diante da isca chamada
razão.
O
GRITO DE ANGÚSTIA
Resenha:
O Adivinho é uma espécie de demônio que vem provocá-lo da tentação para fazer
Zaratustra recair. Analogia à bíblia e a tentação de Cristo no deserto. A O
adivinho é o primeiro apóstolo.
CONVERSAÇÃO
COM OS REIS
I
Resenha:
Até reis começaram a saber da fama de Zaratustra e começaram a vaguear e
procurar o líder de seita que quer criar o super homem. Os reis também são ou
os reis magos ou dois apóstolos, o rei da direita (apóstolo 2) e o rei da
esquerda (apóstolo 3).
II
Resenha:
“Nos deram um espelho, e vimos um mundo doente”. Zaratustra quis zombar dos
reis, ao falarem dos pais, pois, para o Zaratustra, a geração anterior é toda
podre e, não obstante, gerou a geração atual podre. Para Zaratustra, o super
homem vai surgir daqui pra frente, desde que as modificações comecem a ocorrer.
Tudo que remete o passado, que cria esse
sistema, é considerado podre para Zaratustra. Alusão aos três reis magos. Como
tem reis na religião, então aprece aqui também.
A
SANGUESSUGA
Resenha:
Zaratustra pisou numa pessoa e empaledeu-se como quem pisa no rabo do cachorro
e fica assustado. Zaratustra é o sangue suga da sabedoria. Aqui, começam a
aparecer os apóstolos. Apóstolo 4 – Sanguessuga.
O
ENCANTADOR
Resenha:
Zaratustra se depara com um homem ferido e inconformado. O que é engraçado,
pois fala de forma similar ao Zaratustra. Apostolo 5: Encantador.
FORA
DE SERVIÇO
Resenha:
Apostolo 6 o velho fora de serviço. Todos que forem saudados e convidados para
irem até a caverna de Zaratustra são os apóstolos que ele conseguiu conquistar.
O
HOMEM MAIS FEIO
Resenha:
Apostolo 7: O homem feio.
O
MENDIGO VOLUNTÁRIO
Resenha:
Apostolo 8: Mendigo (que fugiu).
A
SOMBRA
Resenha:
Apóstolo 9 - Sombra
AO
MEIO-DIA
Resenha:
E Zaratustra inventou a sesta. Zaratustra inverte a lógica: gosta de dormir ao
meio-dia e ser dançante à noite.
A
SAUDAÇÃO
Resenha:
Nietzsche faz uma alusão irônica de Jesus e dos apóstolos, pregando para eles a
chegada do novo super homem. Já era sabido que os tais personagens eram os
apóstolos e que nenhum deles é digno de ser super homens, mas ao divulgarem as
palavras do Zaratustra, conseguirão, enfim, fazerem novos super homens no
futuro.
A
CEIA
Resenha:
É uma alusão irônica da santa ceia de Jesus. E o mendigo é o judas da estória.
Fizeram um churrascão ao invés daquela coisa miúda do pão e vinho. Fizeram a
festa.
O
“HOMEM SUPERIOR
I
Resenha:
Zaratustra agora explicar melhor o super homem. O super Homem não é igual
perante a Deus. É homem superior.
II
Resenha:
Nada a Acrescentar [repetição de argumento]
III
Resenha:
O medíocre é feminil, servil e subjugados. Se são fáceis de serem dominados por
serem dóceis, então que o Super Homem os subjuguem, tomando da igreja esses
escravos que gostam da servidão.
IV
Resenha:
A águia vê o abismo sem medo.
V
Resenha:
Aqui é uma espécie de apocalipse, em que o Super Homem irá arrebatar os membros
do povo que forem dignos e os indignos serão condenados.
VI
Resenha:
Os fracos nunca terão razão. E como é fraco, nunca tentarão lutar para terem
razão.
VII
Resenha:
Zaratustra quer cegar os homens sem visão. É simples: Se não ajuda, não
atrapalhe.
VIII
Resenha:
A voz do povo é a voz de Deus. Só que essa voz pode estar muitas vezes errada.
A voz do individuo, pensando por conta própria, é a voz do Super Homem.
IX
Resenha:
A maior mania do mentiroso é falar aos outros que está dizendo a verdade. Se
diz que está mentindo, então é honesto.
X
Resenha:
O homem superior nunca será metido.
XI
Resenha:
Zaratustra critica a cantilena da igreja em “amar o próximo”. Para Zaratustra,
primeiro vem o egoísmo (amar a si), pois é honesto, as pessoas são egoístas.
Depois do egoísmo, aí sim poderá amar o próximo, e até o distante e o inimigo.
XII
Resenha:
“A dor faz cacarejar as galinhas e os poetas”. Às vezes é preciso da dor para
criar, para crescer, para ter algo a mais ou melhor. Para uma mãe ter um filho,
por exemplo, terá que passar pelo crivo da dor do parto. Até ao crescer os
ossos uma pessoa sente dor com esse crescimento. Galinha (dor física) - Poeta
(dor sentimental).
XIII
Resenha:
Aqui, Zaratustra critica os conventos, as casas de correção e até mesmo a
monogamia. O homem antigo bárbaro não gerou filho na base do matrimonio, mas na
copulação anárquica. Se antes de ter uma boa leva de homens na terra, já
viessem com esse papo de castidade e afins, haveria até mesmo extinção do homem
na terra.
XIV
Resenha:
Zaratustra fala para os seus homens superiores (os apóstolos) que os religiosos
são como tigres que falharam na investida, com o rabinho no meio das pernas,
mas fazendo disso um propósito de vida.
XV
Resenha:
A perfeição é bom. Remete ao sublime da cultura grega.
XVI
Resenha:
Zaratustra afasta daqueles que não sabem rir, como a doutrina da igreja
católica, e chama os que não dão risada de intolerantes.
XVII
Resenha:
Rir é o melhor remédio.
XVIII
Resenha:
Nada a Acrescentar.
XIX
Resenha:
Mais uma vez, Zaratustra, repetidamente, diz que tudo se baseia na felicidade,
tendo como por fim virar um ser dançante.
XX
Resenha:
”Dance Monkeys, Daace” [muita repetição de argumento]
O
CANTO DA MELANCOLIA
I
Resenha:
Zaratustra chega á conclusão que o ar livre tem mais ar puro, claridade e vida.
Portanto, é melhor que a caverna. É a lógica pura e simples, só que com verniz
de bazófia.
II
Resenha:
O velho feiticeiro ama Zaratustra por causa do espirito maligno do velho. O
certo, o lógico e o simples seria o velho amar Zaratustra pelo espirito
“bendito”. O problema é que Zaratustra cira o mundo invertido, em que a mal não
é tão mal, pois o feiticeiro gosta de Zaratustra por não ser benévolo, nem ter
compaixão, nem piedoso. Mas por ser falho e verdadeiro.
III
Resenha:
Zaratustra aqui critica a ideia de um deus cordeiro. O deus de Zaratustra tem a
visão de uma águia, a voracidade de um leão e a astúcia de uma serpente.
DA
CIÊNCIA
Resenha:
Um Leão corre atrás de um Cervo para devorá-lo. Já de antemão, a pessoa fica
com pena do Cervo e já chama o Leão de mau. Para Nietzsche isso é preconceito,
pois o Leão tem a virtude de não se contentar em comer folhas e ir buscar
carne; e o Cervo tem virtude em poder correr mais que o Leão. Essa ideia de ter
dó do Cervo de antemão é a mesma base moral de ter um deus cordeiro. O leão não
é mau por qurer carne, pois é da
natureza dele. Por isso que o ato de buscar a carne é uma virtude do leão.
ENTRE
AS FILHAS DO DESERTO
I
Resenha:
Zaratustra diz que o Oriente é uma espécie de Eldorado, por não ter a cultura
da derrota que tem a europa.
O
DESERTO CRESCE, AI DAQUELE QUE OCULTA DESERTOS!
Resenha:
Zaratustra faz uma espécie de provérbio para que “floresça” um novo pensar.
Como nada é do mal, então até o deserto, com todos os seus defeitos e suas
inospitalidades, é bem vindo. Como na parábola deus foi tentado no deserto,
para o super homem o deserto é só mais um lugar, pois o super homem se adapta a
qualquer ambiente. Por isso o ai daquele que oculta deserto.
O
DESPERTAR
Resenha:
Zaratustra fica feliz em ver os apóstolos despertados para criar o novo super
homem, ou seja, uma nova forma de pensar sobre novos pilares de valores
sociais.
II
Resenha:
O negócio é tão escrachado que, se um cordeiro pode ser deus, então um burro
também pode. IA.
A
FESTA DO BURRO
I
Resenha:
Os apóstolos tiveram recaída e começaram a crer no deus burro. Zaratustra não
gosta da situação e se revolta. Mas os próprios apóstolos alertam que se zangar
vai contra a moral dançante e feliz do super homem. Mas os homens param de
endeusar o burro, com razão.
II
Resenha:
Zaratustra aqui menciona que na doutrina cristã as crianças vão para o céu,
além de que, quem tiver alma pura como de uma criança também irá para o
paraíso. E isso é pueril. Por isso que Zaratustra quer que hajam homens para
criar o paraíso na terra.
III
Resenha:
A festa do burro tornou-se cultural. A partir daquele momento, os super homens
deveriam celebrar a festa do burro como um deboche do deus burro, que tudo fala
IA..
O
CANTO DE EMBRIAGUEZ
I
Resenha:
O homem mais feio, que sempre teve a vida amarga por ser solitário, com os
amigos em volta, contemplando a natureza, diante as revelações do guru
Zaratustra, fica feliz em estar em plena harmonia e poder agraciar a natureza e
todo o seu esplendor. Isso é paraíso.
II
Resenha:
E a paz reinou na região em que virou o guru. E contemplou até mesmo achegada
da meia noite, hora do dia que também pode ser vivido e amado.
III
Resenha:
Contemplando a meia noite.
IV
Resenha:
contemplando a meia noite. ´[Repetição de argumento]
V
Resenha:
As pessoas gostam de fazer festa noturna, não precisa ser só de dia e em uma
data preestabelecida pelo calendário religioso, pois a vida é a todo instante.
Nietzsche criou o “Happy Hour”. Jesus converteu água em vinho, e eles
converteram o vinho em fezes (urina), dando a entender que isso é um milagre
natural.
VI
Resenha:
Zaratustra prefere a noite do que o dia.
VII
Resenha:
continua contemplando a meia noite.
VIII
Resenha:
Todos aqueles barulhos da calada da noite, que muits pessoas acreditam que
sejam seres do além ou algo do tipo, tudo isso é só o barulho e a beleza dos
sons noturnos, que Zaratustra contempla tão bem.
IX
Resenha:
De novo, a lógica que, para a pessoa ganhar altura, os ossos tendem a crescer,
e a dor vem junto com o crescimento. Não necessariamente a dor é algo ruim, a
existência dela faz com que a pessoa sadia agradeça por não ter problema algum.
X
Resenha:
Muito provavelmente Nietzsche deveria estar doente ao escrever esta passagem.
Mas ao invés de praguejar todo mundo pela enfermidade, ou buscar refugio pela
inocuidade da religião, Nietzsche usou da dor para mostrar valor deste pesar em
execução. Nietzsche quer dizer que mesmo a pessoa ferrada na vida, ela pode
encontrar o valor de viver.
XI
Resenha:
O combustível do Super Homem é a alegria e a felicidade.
XII
Resenha:
Como na bíblia possui os salmos, esse é o salmo do Zaratustra. [Ao ler isso,
você sente a angustia do Nietzsche, tanto a dor física quanto a dor
sentimental]
O
SINAL
Resenha:
Sabe quando a pessoa está doente e quer uma última vez ver o mar para se
despedir? É a sensação que eu tive quanto a esse fim. Todos os animais envoltos
harmoniosos, com o Zaratustra em uma caverna, na montanha, rodeado de ar puro,
com os seus seguidores em volta, tudo isso parece como uma última foto do
brindar a vida. Nietzsche amava tanto a vida que, mesmo enfermo, ao invés de se
revoltar, propôs que as pessoas sejam felizes, mesmo doentes, pois a felicidade
é o propósito da vida. Animais envoltos, num dia bonito, diante de uma montanha
com ar limpo, rodeados de verdadeiros amigos, isso é o paraíso.
Conclusão: Niilismo e Hedonismo.

Resenha Livro: Assim Falava Zaratustra - Nietzsche de Júlio César Anjos está licenciado com uma Licença Creative Commons - Atribuição-NãoComercial-SemDerivações 4.0 Internacional.
Baseado no trabalho disponível em http://efeitoorloff.blogspot.com.br.
Que mal amado era Nietzsche. Morreu louco em seus delírios. Odiava as mulheres e tinha medo delas. Era um desesperançado que fez discípulos, ironicamente, pois era contra o discípulado e estes discípulos são admiradores, tão cegos dele, como na religião, que é sim uma bobagem, que beiram a loucura e a depressao constantemente. Seus “discípulos “ querem parecer intelectuais, concordando e admirando seu legado como sendo a verdade absoluta, mas estão sempre em crise existencial e sem resposta. Sem experiências de vida e sem perspectivas, mas querem manter um “status” de admirador de “grandes” filósofos que eram apenas expeculadores, que ironia: malfiro o homem que precisa de heróis. Que triste !!!
ResponderExcluirLegal seu ponto de vista por um momento me identifiquei com seu comentário
ExcluirVc vence considerando-se ser um super heroi...positivo pra sociedade capitalista,ccom seus valores dentro de vc aceitando-se no degrau economico que se encontra...
ResponderExcluirOu um derrotado consciente há margem desta. Assim desfrutando à vida numa consciência contra essa neura de ser super heroi pra ser feliz...
Tem que ter...tudo em ãos...
Ideologia dominante...
Vida... Equilíbrio... Conhecimento...
ResponderExcluir