Por: Júlio César Anjos
O
meio político está a discutir a melhor forma de sistema eleitoral para ser
implantado em 2018. Este tema é importante, embora seja discussão importuna
neste momento, já que há várias outras pautas urgentes para serem discutidas no
Brasil do que gastar todas as energias em algo que, mudado ou não, não
determina e nem exclui a capacidade do povo em saber ou não votar. E sabendo
desta distorção causada pela falha humana, a coisa ainda piora se observar
bandeiras políticas extremistas querendo ganhar terreno justamente neste
momento de fraqueza da política, da vulnerabilidade da democracia nacional. Além
disso, há também o desarranjo em haver até mesmo subdivisões de bandeiras
políticas, que dissolvem o debate eleitoral. Por isso é importante instaurar um
contrato eleitoral para 2018, a fim de mitigar tais distorções e fazer com que
o político eleito seja o mais preparado e também democrático para realizar as
mudanças necessárias e o Brasil voltar a trilhar. Portanto, extremismo, não!
Antes
de tudo, o leitor deve entender que a expressão “extremismo”, neste texto, tem
como significado tudo aquilo que passa do limite do aceitável para uma sociedade
sadia, que respeita as diferenças, sendo que tal comunidade marginaliza este
ente radical. Os exemplos notórios são: Para os comunistas, os capitalistas
e/ou conservadores são extremistas radicais, e vice-versa; entre os ateus e
religiosos, idem; e entre qualquer diferença há o espectro do radical em curso,
justamente porque são forças antagônicas que não se entendem de maneira
natural. Mas a civilização determina que haja essa pacificação, o que é
natural, pois ninguém gosta, nem mesmo o radical, de viver em constante
conflito, em guerra deflagrada até mesmo de forma eterna. Para a eleição de
2018, há as bandeiras políticas que trarão ao debate os seus radicalismos, pelas
suas figuras públicas, diante seus agentes de pressão. E nesta ocasião de
problema estrutural, a situação está tão fora de controle que até o “nós contra
eles” modificou-se e agora se apresenta de forma insana, uma loucura sem igual.
A zona é geral.
Já
não basta o famoso “nós contra eles”, em que há divisões entre negros x
brancos, ricos x pobres, homens x mulheres, e gays x heteros, agora há essas
subdivisões sem pé nem cabeça, como negro subserviente x negro radical, gay
subserviente x gay radical, mulher subserviente x mulher radical, que jogam no
lixo o bom debate político do país. É tanta divisão e subdivisão, que as reais
discussões sérias, seja no campo econômico ou social, ficam em segundo plano,
com a sociedade caindo em degradação diante de brigas sem lógica e gritaria sem
razão.
Dentro
da bandeira da causa negra, há os extremistas como o cantor Catra, por exemplo,
que chega até ao ponto da sandice em dizer que o homem branco salvou o negro da
escravidão. Tal pensamento é tão perdido no espaço e no tempo que não vale nem
a pena discutir, só basta mesmo ignorar. E outro radical é o Holiday, vereador
de São Paulo, que dobra demais a espinha, muito subserviente, aceitando tudo,
sem filtro, negando também a história e fingindo que não acontece preconceito
até os dias atuais, pela simples covardia de se sujeitar a um grupo político em
questão. Já do outro lado da moeda, Poliana Chinameren, a pantera negra da
banânia, quer que as pessoas paguem uma divida histórica, pois, parece, que os
brancos “devem a alma” para os negros. É outra doença que é melhor nem levar a
sério. Quanto mais se dá atenção para o que esses extremos falam, mais a
política se rebaixa ao nível dos seus interlocutores, ou seja, é pregação em
manicômio.
Na
causa da bandeira gay também não é muito diferente. Jean Wyllys, ao querer fazer do mundo um
lugar uranista, pela ditadura gay, acha que o mundo orbita só na questão da
sexualidade, não se importando com outras causas mais importantes e urgentes
nos dias atuais de crise. Já o Amin Khader, gay famoso do meio de comunicação,
até mesmo apoia o Bolsonaro, político que disse a seguinte pérola em debate: “o
filho começa a ficar assim meio gayzinho, leva um couro e ele muda o
comportamento dele. Olha, eu vejo muita gente por aí dizendo: ainda bem que eu
levei umas palmadas, meu pai me ensinou a ser homem”. Tal argumento dá entender
que dá para curar a homossexualidade na base da pancada. E o Amin Khader ainda
apoia isso. Totalmente absurdo.
E
nas bandeiras das causas feministas é a mesma coisa. A revista Veja importuna a
primeira-dama, cria uma expressão que nem foi dita pela moça esposa do
presidente – “bela, recatada e do lar” - e no fim gera toda uma discussão
animalesca, conduzida por extremistas idiotizados. E se a primeira-dama quer
ser recatada e do lar, qual é o problema? A feminista está com dor de cotovelo
porque não tem um homem que tanto a ame que a cuide desta forma? A inveja não
tem lugar para o mundo melhor que se quer construir para as próximas gerações.
Mas também o mundo evoluiu e ser subserviente ao homem também não é legal, pois
a mulher não é nem superior nem inferior aos homens, é apenas diferente.
Portanto, nem feminazis nem recatadas, apenas mulheres fortes que sabem o seu
valor.
Sem
falar que nos presidenciáveis, muitos candidatos são até mesmo caricatos,
mostrando que possuem bandeiras ideológicas acima dos interesses nacionais.
Marina Silva e a ecologia melancia, Ciro Gomes e a econometria embusteira,
Bolsonaro e o patriotismo extremista, Lula e o proletkult arraigado, além de
Caiado e o coronelismo de gravata, são ilustrações de caricaturas das bandeiras
políticas, não possuem profundidade justamente por serem obtusos e presos pelos
pensamentos engessados e quadrados de suas cosmovisões de vida. E um presidente
tem que governar para todos, portanto, deve ser “global”. Esses candidatos
citados não servem para melhorar o país.
E
tirando o Lula, que se for presidente não governará porque é corrupto e deveria
estar preso, os demais não governariam também por causa dos seus extremismos de
vieses em bandeiras políticas. Pois, como se sabe, a raiva não governa, ela
desgoverna; e política é conversa. Porque o candidato que conseguir ter a
proeza de desagradar os extremistas, pode ter certeza que este político é o
certo para governar o Brasil. Um extremista atacar um político de centro é
motivo de orgulho para este centrista.
Portanto,
a eleição de 2018, por causa da bagunça do cenário atual brasileiro, pode fazer
com que as discussões tendam para a gritaria sem lógica, a conseguir levantar
políticos escrupulosos, além de subir bandeiras ideológicas que não condizem
com aos interesses do país. A sandice chegou ao ponto de haver subdivisões de
guerra ideológicas, rachando os próprios interesses das bandeiras políticas,
com o debate cada vez mais raso, diante confusões que até mesmo não fazem
sentido nenhum. Enquanto isso, o Brasil passa por uma profunda crise econômica
e social que ninguém consegue estancar. Com esses extremismos, realmente a
próxima eleição será surreal. O radicalismo tem que acabar.
Obs: Se
tudo der certo, passaremos por cima desta tigrada toda.
O Extremismo e as suas Subdivisões de Júlio César Anjos está licenciado com uma Licença Creative Commons - Atribuição-NãoComercial-SemDerivações 4.0 Internacional.
Baseado no trabalho disponível em http://efeitoorloff.blogspot.com.br.
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