Por: Júlio César Anjos
Num curso de graduação, alguém pergunta: “Você sabe quem foi Taylor?” E qualquer
estudante de Administração, até mesmo no primeiro período, responde de
prontidão: “Foi o pai da Administração”. [eu considero o Jules Henri Fayol o “patriarca”
da Administração, pois é focado no orgânico; enquanto que Taylor, considerado
por convenção o “pai” da administração, foca mais no mecânico. Mas é só birra
mesmo] Pois então, não saber isso, sendo diplomado Administrador (Ney não sabia quem era Taylor no último debate), é o mesmo que
ser Médico sem saber quem foi Hipócrates - e seu juramento -, tal qual é o
absurdo o quanto Leprevost é obtuso diante o curso de Administração. Isso que
se considera diplomado. E, diante tais sinais, Leprevost quer reduzir a tarifa
de passagem em R$ 0,15 (quinze centavos). Pela regra administrativa racional,
não há como fazer esta redução. Mas pela política? Pela manobra, essa demagogia
tem um valor imenso sem racionalidade, mas como muita carga de emoção.
Ao
analisar administrativamente, pela gestão, diante de uma época em que os preços
são pressionados pela inflação, só há três formas de conseguir redução da
tarifa dos ônibus: 1) Renúncia, 2) Subsídio, 3) Sucateamento. Na renúncia
fiscal, a prefeitura desobriga as empresas de transporte a pagar tributos,
desde que reduza o preço da tarifa, como repasse desta bondade ao consumidor
final. Pelo sucateamento, é algo lógico, pois é só desobrigar as empresas a
ofertarem qualidade nos serviços, reduzindo o preço pelo abandono, relaxo desta
incumbência. E há a terceira forma, que é o subsídio, em que a prefeitura retira
recursos de outro destino orçamentário para pagar a redução da tarifa. Mas há
também outro tipo de subsídio, que será explicado mais à frente. Enfim, pelo âmbito
racional, não há como baixar a tarifa mesmo sendo Peter Drucker administrativo.
Mas,
pelo lado político, o leitor tem que entender é que comunista trabalha com a
dialética do momento político (curto prazo) e da ideologia (longo prazo). Por
isso que, na eleição, o fim justifica o meio, pois, primeiro, é importante
vencer a eleição de qualquer jeito. Para
saqueador da coisa pública, o importante é vencer eleição, mesmo que seja por
pura demagogia (mentira), para depois achar desculpas e/ou soluções. É o que
acontece com a tal redução da tarifa em R$ 0,15 (quinze centavos). Porque a
patota do Leprevost sabe que o povo mais humilde é mais sensível ao infortúnio
do dia a dia, acredita em coisas mágicas, mesmo que a solução seja irracional,
pois o povo quer tarifa baixa, para não “doer no bolso” (mesmo não sabendo que
ela também paga muito imposto). Para o povo menos abastado, melhor ainda se a
tarifa fosse “grátis”.
Diante
disso, daquilo que ficou a ser explicado no parágrafo anterior, tal situação
leva há duas técnicas de subsidio. Aumentar IPTU progressivo para fazer o “rico”
pagar o transporte para o pobre. Isso gera o problema do imposto ficar muito
caro sem que haja melhoramento real na cidade, pois o dinheiro escoa só pra
fazer proselitismo politico em transporte; o que faz o rico fugir da cidade, no
longo prazo. E há o subsídio do Governo do Estado. O prefeito, dependendo do
livre trânsito que possui com o governador, pode obter recursos para subsidiar
o transporte da cidade. O problema é que o Leprevost será oposição do governo
Richa, portanto, não haverá esse dinheiro à disposição. Mas Leprevost poderá
fazer como o Fruet, tentar colocar o governador no tronco para forçar o governo
do estado a pagar a demagogia de campanha. Isso é “bom” porque coloca o governador
em xeque, a enfraquecê-lo até a eleição de 2018 e também gera a muleta de o
porquê a tarifa não ter sido reduzida. Mas isso seria problema de doença
política e não de gestão. O que se acredita que o Leprevost é tão baixo que
possa usar esse ardil. Deve ter aprendido canalhice na Escola estrelinha Azul.
Porém,
há também outros cenários da redução da tarifa que não aparecem de forma clara,
pois são subjetivas. Há o aspecto
social, ao aumentar ou diminuir tarifa de ônibus, em que recai até mesmo no
aspecto comportamental. Está em Maquiavel isso. Pois, um povo que já paga
tributo, ao ter uma guerra, não se incomodará com aumento de tributos; ao passo
que um povo que não paga tributos, mesmo que tenha que tributar para guerra,
esse povo não aceitará de bom grado ser tributado. E há, também, o aspecto econômico de aumentar
ou diminuir tarifa de ônibus, que se dá pela oferta/demanda que gera aquilo que
se chama de elástica e inelástica. Se baixa muito o valor da tarifa, perde-se a
qualidade também por causa do sistema que ficará saturado. Muito cliente e
serviço escasso. O que não adiantará de nada porque fará o serviço ficar pior
do que já está.
Portanto,
não é só pelos R$ 0,15 (quinze centavos). Há outras situações em jogo. A
redução da tarifa Deve ser vista pelos aspectos: Social (Maquiavel), Econômico (Oferta/Demanda),
Administrativo (Gestão), ou Legal (Lei). Leprevost não explica nada disso, pois
tem varinha de condão. Não é só pelos R$ 0,15 (quinze centavos), é pela demagogia,
é pela canalhice política, é pela desfaçatez de iludir o povo pela existência de
encanamentos e coisas grátis, pois o Leprevost quer somente ganhar a eleição
para ver o que vai ou não fazer depois de ter sido eleito. Leprevost só quer
colocar a ORCRIM no poder.
Obs:
Eu nem vou dar pelota para tal “caixa preta da URBS”, pois eu quero ser otimista
e acreditar que o povo já está escolado quanto a isso, pois já viu essa
palhaçada com o Fruet. “Abrir a caixa preta da URBS”, os salteadores da coisa
pública dizem.
Leprevost: Não é só Pelos 15 Centavos de Júlio César Anjos está licenciado com uma Licença Creative Commons - Atribuição-NãoComercial-SemDerivações 4.0 Internacional.
Baseado no trabalho disponível em http://efeitoorloff.blogspot.com.br.
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