Por:
Júlio César Anjos
“Quem espera que o diabo ande pelo
mundo com chifres será sempre sua presa.” (Schopenhauer)
Ou:
“O maior truque do diabo foi
convencer o mundo de que ele não existe." (Baudelaire)
Nesta
eleição municipal de 2016, realizada em Curitiba, há o político que se
autoproclama “do bem”. É tal “do bem” isso e “do bem” aquilo, que, de tanto
usar publicidade, Leprevost se camufla de benfeitor. E, também, começa a
influenciar os outros. Por isso que o marketing pode ser considerado a
ferramenta esteticista do salão de beleza chamado inferno. Porque até um roliço
com cara de bolacha Trakinas, como Ney, pode ser elegível, pois a propaganda é
a alma do negócio.
E
que se abram parênteses. O diabo era um anjo querubim, ou seja, tinha a forma
de uma criança fofinha e harmoniosa. O que é irônico, pois isso gera a indagação:
Diabo se corrompeu ou já fora criado para ser do mal? O fato é que Isso ninguém
sabe. O que se sabe é que ele queria tomar o poder para fazer modificações no
paraíso - que já é um lugar perfeito -, portanto, queria desgraçar tudo. Quis
conspirar contra Deus. Fecham-se parênteses.
Voltando
ao assunto, esta eleição “Ney x Greca” é o Efeito Orloff da campanha
presidencial de 2010, entre “Dilma x Serra”. Na época, a campanha do tucano até
denunciou, em forma de Matrioska (veja vídeo abaixo), que toda a turma do mensalão
estava por trás da petista. Hoje, a coligação do Rafael Grega denuncia que o
Leprevost está com a gentalha da Lava-Jato pendurada no candidato “do bem”, o
que pode significar uma armadilha e/ou armação. Porque, como sabido, o diabo
não usa chifres e finge-se não existir.
Pelo
desdobramento, Dilma venceu em 2010 e fez maldades. E na campanha de 2014,
disse – e fez – o diabo para se reeleger. Porém, foi exorcizada com o
Impeachment, em 2016. Já, com o Leprevost, será desgraça até 2020. Porque não
terá impeachment de prefeito. A turma do exu (diabo vermelho) toma conta da
mídia, das ONGS, dos grupos de pressão, sindicatos, e associações. Será como se
o demônio tivesse dominado o paraíso. Portanto, o caos. Porque o partido
comunista está com Leprevost; o mesmo que ronca e fuça com o PT de forma igual.
Por
isso que este blog denunciou o Leprevost como uma espécie de Matrioska da
Aristocracia Curitiboca. Porque nada surpreende (!) diante comparações. Leprevost
quer criar o ar do “netinho da vó”. Porém, é o cavalo de Troia que colocará a
turma do mal para dentro da cosmopolita Curitiba, a troco de conchavos
políticos. Os bárbaros tomarão a cidade. E, já sabido sobre o que Greca disse,
e com razão, que Curitiba não pode ser a masmorra do Brasil, os presos
derrubarão a cidade considerada A Bastilha da Lava-Jato. Isso, também, encaixa
perfeitamente como quebra-cabeça na conclusão de que Leprevost considera a beleza
da cidade como mero tapume. E como tapume, ninguém liga se essa construção
ruir. Ney pode ser realmente o “demônio” em ascensão.
Isso
deflagra a conclusão: se o Sérgio Moro é uma espécie de herói da lava-jato,
considerado um “Batman”, então a República de Curitiba alude a Gotham, sendo
atacada por vários Coringas de prontidão. Porque, antigamente, os forasteiros
saqueadores destruíam as cidades, vindos em cavalos encilhados; Hoje, fazem
isso por meio da política. Entenda essa forma de dominação como entrismo,
multiculturalismo, globalismo ou qualquer outro “ismo” que seja. Enfim, essa
emergência requer atenção.
Portanto, é complicado mesmo esse exercício de futurologia, essa síndrome de Cassandra, mas, se
interpretar os sinais da possível vitória de Leprevost na urna, o que se decifra é o
caos. A coligação do Rafael Greca chegou perto da conclusão ao exibir a verdadeira face de
Leprevost como uma espécie de “bala de prata”, pois o fato é que se deflagra
mesmo como exorcismo. Mostrar quem é realmente Leprevost é Exorcizar os demônios
que estão dentro do candidato “do bem”. Leprevost (com)porta-se como um "querubim". Todo cuidado é pouco. O diabo não pode ganhar.
Obs: Podia ser denunciado, sem sucesso, a campanha do Ney como plágio do Serra de 2010, por ser efusiva e ter o mote: "do bem". A solução é que se deve fazer campanha "open source", ou seja, que se possa copiar campanhas anteriores, pois, do jeito que está, vai chegar uma hora que até o vídeo sem conteúdo será considerado plágio de alguém. Quem é do ramo entende o que eu estou querendo dizer.
Leprevost: Efeito Orloff – Nada Surpreende! de Júlio César Anjos está licenciado com uma Licença Creative Commons - Atribuição-NãoComercial-SemDerivações 4.0 Internacional.
Baseado no trabalho disponível em http://efeitoorloff.blogspot.com.br/.
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