Por: Júlio César Anjos
O
“interino”, que significa denominação feita para alguém em exercício
emergencial, satisfaz como delegação o qual o próprio comandante do PMDB
submete a si mesmo, que, ao não levar a sério tal condição, está a brincar na
cadeira presidencial, achando que é muito cedo a chamá-lo de presidente. Por
isso que não tem pulso. Está escrevendo os documentos a lápis. E apagando logo
em seguida. Pois, tinta na caneta o Temer ainda não tem. Michelzinho vacila e
isso já mina a sua gestão política, inferioriza a sua popularidade, além de
jogar na lata do lixo a sua biografia de figura pública. Com a ação pusilânime,
mostra que tem menos culhões que a Dilma; o que é realmente assustador. E desse
jeito, não há como salvá-lo do caos, embora ainda dê para salvar o Brasil da
destruição.
Temer
quer apoio popular, sendo que as medidas que o Brasil precisa são de
austeridade governamental. O que é um dilema, já que fora justamente
popularidade demais que fez o Brasil quebrar economicamente e culturalmente
vilipendiar-se de forma total. Nesse caso, o certo era estar no poder um homem
firme, otimista, vigoroso, macho mesmo, que bata no peito e diga: “deixa
comigo”, mostrando atitude viril diante um problema salutar. Mas a decepção esfria
os ânimos e Temer assemelha-se a um homem geleia: pegajoso e molenga.
Michelzinho quer agradar todo mundo. Não vai agradar ninguém.
Diante
disso, Temer é incógnito. A cultura é eliminada em um dia; e no outro, ganha
status de ministério novamente. Michel quer fazer uma gestão arco-íris; acaba
montando um Frankenstein. Diz que vai cortar na carne; acaba fazendo alguns
cortes ralinhos em cargos comissionados, tão tímidos que não engana ninguém.
Ninguém conhece a bússola do “atual presidente”; ninguém sabe aonde esse
governo vai chegar. Como seguir um líder que não sabe em que caminho trilhar?
Fica a pergunta retórica. A única marca
registrada dessa gestão, até agora, é o do vacilo e da indecisão.
Se
o “interino” não tem palavra para manter o corte de um simples ministério, que
confiança teria em firmar um acordo bilateral? Inseguro como um adolescente,
parece que a senilidade confundiu-se com a serenidade, em que o “Temer” deixou
de ser puro sobrenome para virar uma espécie de verbete para temor, só que
escrito em maiúsculo. Será que a idade já o atrapalha? Se for o caso,
interdição D-ND Senil seria uma solução plausível, aposentadoria forçada por
incapaz. Mas divaga-se. É só intriga de quem não confia na política e no
político em geral. Temer já é atacado pela extrema-esquerda por ser covarde; e
a extrema-direita já o acusa de conspiração. A única resolução é a dúvida sobre
o que é o Temer. Portanto, Temer é Temer.
Todavia,
nunca se pode esquecer que a política é maquiavélica. Temer pode, por exemplo,
estar fazendo um jogo de síntese, em que previamente já aparou arestas das
extremidades, em que não dá a mínima para os resultados de longo prazo, pois
negociara acordos com os dois lados divergentes da luta política. Neste caso,
se as coisas melhorarem, que é o que o povo em geral deseja de fato, Temer
ganharia status e meritocracia. Porém, Temer pode também fracassar por causa de
acordos escusos na política, para ser o boi de piranha da história, para adubar
o PT no futuro. Daria margem para que Impeachment fosse golpe, que não
“adianta” trocar o PT do poder, que política é tudo igual. Bom, a sociedade não
sabendo o que se passa na cabeça do político, o certo é apenas se defender com
o básico: Se Temer falhar, o povo deve destruir a sua biografia, mostrando o
ser abjeto que ele tornou-se ao alinhar forças com o PT.
Temer
disse também que não fará caça às bruxas. E já fora, também explicado, que
fazer “caça às bruxas" é inexorável, ela vai acontecer. Porque a linguagem
de validação popular foi programada para a sentença “PMDB OU PT”, e não “PMDB E
PT”, ou seja, na esfera política, alguém certamente se safará, para que o outro
seja apenado. Há como safar os dois partidos do petrolão? É impossível
acontecer. É luta, também, de narrativa e ilustração. A não ser que o Lula seja
preso. Aí, embora o PMDB leve a culpa pelo petrolão, ao menos dividiria a
sentença com a confissão jurídica que o Lula era chefe da quadrilha. Portanto,
se Lula não for preso e o PMDB adubar para o PT, a história, que é dura, dirá
que o PMDB criou o sistema petrolão, e o TEMER FOI O CHEFE DA QUADRILHA! Resta
saber, agora, se o Temer aceita destruir a própria biografia. Por ver o Temer –
e o PMDB – tão bunda mole a respeito do PT, o senso comum aceitará a narrativa
da própria salvação do partido dos trabalhadores. “Não são as estrelas que vão
me guiar”. Os céticos pagam pra ver.
Rei
George não sabia falar em público, era gago, e, por uma causa maior (guerra),
aprendeu a falar. Temer não tem bolas, é eunuco, e, por uma causa maior (livrar
da crise), terá que virar sacudo! Até porque o discurso de posse interino do
Temer proferia liberalismo, empreendedorismo, desvencilhar as amarras da
burocracia para melhorar a economia, além de outras bazófias mais. O problema é
que para o discurso ser validado, há de bater de frente com sindicatos, por
causa da reforma trabalhista e com o establishment, com reformas tributárias.
Se o Temer não pode nem com meia-dúzia de artistas de terceiro escalão, vai
poder com Sindicatos e grupos de pressão? É difícil defender essa largada
frouxa do Temer. Pelas verves políticas, também, Lula e o PT (tendo como
“militante fervoroso” o PMDB), não podendo aniquilar o PSDB, resolveram
destruir o PFL, principal aliado dos tucanos na época. Hoje, Temer vem com
discurso liberal, daquele que ideologicamente era desafeto no passado, para
tentar enganar desavisados. Ora, se agora é liberal, faz sentido destruir o PT.
E a história poderá se repetir: Se o povo não puder destruir o PT (porque Temer
vacilou e o PMDB defendeu), o PMDB deverá ser destruído.
Por
fim, outro conselho importante se dá na gestão política. O governo do PT
acabou quando as reuniões à portas fechadas não eram para demandar estratégias
para melhorar o país, diante pastas ministeriais; mas quando os encontros eram
feitos para o partido se safar, através de acordos políticos, diante as
condenações por ser corrupto. Ou seja, quando começaram a discutir mais como se
safar dos crimes que cometeram do que pensar no país. Qual é a probabilidade do
governo Temer estar fazendo o mesmo? Romero Jucá já foi pego conspirando contra a lava-jato.
Portanto,
Temer começa a mostrar fraqueza, diante um tempo em que se precisa de homem
firme. Michelzinho vacila, e, tartamudeando as ações, perde oportunidades de
mudanças para o país. Se critério de loucura é querer resultados iguais, ao fazer sempre a mesma coisa, então pode se dizer que Temer no mínimo não está com as
suas faculdades mentais em dia. O que pode levar a uma interdição D-ND Senil.
Caso contrário, os erros de Temer podem virar outras conclusões, que vão desde
a própria sabotagem para salvar o PT, até problemas pontuais de gestão. Uma coisa
é certa: A manter-se deste jeito, não há como apoiá-lo. Pelo menos não os bons. Enfim, se
alguém quer uma resposta contundente para voltar a investir no Brasil, a
resposta é uma só: Se vierem investir, venham sabendo que o Brasil é um boteco
de PT e PMDB, com a mudança somente do atendente de balcão, em que ontem foi a
Dilma e hoje é Temer. Simples assim.
Temer tem que se mexer:
O povo quer que o PMDB seja contundente com o PT (PeTrolão). |
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Temer Vacilante de Júlio César Anjos está licenciado com uma Licença Creative Commons - Atribuição-NãoComercial-SemDerivações 4.0 Internacional.
Baseado no trabalho disponível emhttp://efeitoorloff.blogspot.com.br.
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Reaça você hein?
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