Por: Júlio César Anjos
Efeito Doppler, para quem não sabe, é aquele fenômeno,
por exemplo, da Sirene da ambulância vindo em direção ao observador, passando
de forma estrondosa o som, a dispersar-se conforme se distancia do ouvinte de
tal fenômeno, até o ponto de findar-se pela falta de alcance das ondas sonoras.
No caso das manifestações o fenômeno é o mesmo, pois o ciclo de protesto, esse
ano, acabou. Mas há sempre de haver outros ciclos, que começam desde já. Porque, assim como a ambulância não para de
operar após fazer barulho em uma região, o protesto não vai parar enquanto a
Dilma não sair do poder. Impeachment, já!
Se for analisar naquilo que é concebido, contabilmente,
como sendo de curto prazo: um período de 365 dias, as manifestações contra o
governo tiveram início, pra quem não lembra, em novembro do ano passado,
portanto, há exato um ano. Foi pegando força a manifestação com o tempo – seja os
de Abril e Agosto -, corroborando com a teoria do leite fervido, pois a comoção
fez barulho e a destituição da Dilma só não se fez possível porque o Cunha se
ensaboou demais. Para chegar ao fim o processo de queixa da população, pela
falta de atitude e coragem do congresso em fazer o trabalho, aquilo que tem que
ser feito de fato, demover o PT do poder. Mas a pedra no sapato do governo
continua, ou seja, o povo não se conforma e a massa quer desde renúncia até “intervenção
militar”. O impeachment seria mais salutar.
Como o protesto é contínuo e intermitente, porém
de “movimento perpétuo”, é notório que o ano de 2016 tem tudo para ser um ano
de grandes manifestações de massa, pedindo a retirada da Dilma do poder. Com
problemas tanto endógenos (próprio governo) e exógenos (problema ambiental
ocorrido em Mariana), além de uma Petrobras inoperante e problema de caixa, a
verdade é que esse governo não tem varinha de condão para fazer a mágica da
eclosão do melhoramento econômico/social. Haverá greves (mesmo sem consentimento
de sindicatos), problemas de queda de receita se estenderão pela diminuição do
PIB, tudo porque o PT já não passa mais confiança para os operadores sociais. Haverá
queima de reserva para conter o dólar, que mostrará ser inócuo, pois a pressão
da desvalorização da moeda nacional (o plano real) já se faz letal, em que
mostrará a todos que os índices do governo não correspondem com as mensurações
reais. Soma tudo isso com um povo que não admite mais fracassos, além de já não
ter mais o apelo de estima que o PT tinha nos primeiros anos de mandato, a
situação tenderá a ser, realmente, caótica. Por isso que o vai e volta das
manifestações no estilo Doppler tendem a se repetir até o governo cair. É déjà
vu, ou Efeito Orloff, da Argentina.
As instituições, aparelhadas pelo Kremlin
Ocidental, mostram que nada farão para retirar a nomenklatura do poder. Portanto,
todos os anuentes da política tenderão a levar esse cadáver em decomposição até
2018, ano da eleição presidencial, para, talvez, perderem pela eleição. Isso
que, pela corrupção em voga, o PT deveria ser fechado, os políticos presos e a
ideologia dissolvida pela descrença – pois não funciona. Então, como repetição maciça, os órgãos políticos
nada fará de efetivo, em que deixará a população cada vez mais descontente,
voltando ao aspecto do efeito Doppler, pois os meandros são iguais. A única “sorte”
dessa gente com a moral quebrada é que o povo ainda –AINDA – não está propenso
a uma manifestação agressiva; mas o homem com fome vira bicho, já dizia o dito
popular.
Portanto, as manifestações para aumentar a propulsão
de protestos já começaram a partir do momento que o MBL, por exemplo, não
recuou da estratégia de ocupação, além dos outros órgãos não se darem por
vencidos, mesmo com algumas ditas “derrotas” momentâneas de batalhas incorridas
– mesmo todo mundo sabendo que há muita gente trabalhando para melar as
manifestações, como a mídia, as instituições, o governo e até mesmo as mídias
sociais (como, por exemplo, Facebook e Google). O governo nem ao menos pode comemorar a
dispersão do povo nesta ultima manifestação porque sabe, de antemão, que a
tendência é só piorar - porque a "sirene" não para de tocar -, tanto pelo aspecto do gerir como o da vontade popular.
--------------------
Obs: O Lula, que tem ficha corrida criminal
extensa nas mãos do Sérgio Moro, disse que: “a crise é como uma diarreia, logo
passa”. Pois bem, o problema é que a diarreia de Cuba já dura mais de 60 anos e
até agora não há licor que faça curar o problema da flora intestinal desse
socialismo doentio. O povo brasileiro tem que expelir esse excremento chamado
PT para voltar a ter saúde, não somente estomacal, mas no aspecto amplo, geral.
A cura é eliminar o PT. fora, PT!
Obs2: Eu sabia que o impeachment não sairia porque o MBL foi pedir penico para politico ensaboado, o corrupto do Cunha. (o tratamento tinha que ser diferente, o da hostilização e não do empoderamento)
O Efeito Doppler dos Protestos de Júlio César Anjos está licenciado com uma Licença Creative Commons - Atribuição-NãoComercial-SemDerivações 4.0 Internacional.
Baseado no trabalho disponível em http://efeitoorloff.blogspot.com.br.
Comentários
Postar um comentário
Comente aqui: