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Desastre em Mariana: De Quem é a Culpa?

Por: Júlio César Anjos

O desastre ocorrido em Mariana pode ser: 1) Natural; 2) Falha Humana; 3 Negligência; 4) Acinte.  Tirando a responsabilidade Natural, em que Dilma fez decreto culpando a mãe natureza pela catástrofe – e, com isso, salva os homens da responsabilização -, o certo é que todos os demais casos atentam para a culpa do homem em interferir no meio ambiente e deixa-lo à revelia posteriormente. Agora, o pessoal de Mariana – e arredores –compreende Malévola (da Disney), em que “bem precioso” só tem valor real se ficar intocado no seu respectivo lugar. O homem institucional age na natureza, em que há consequências, tanto pelo prisma positivo quanto negativo. Mas, ao analisar friamente, quem é o culpado de fato? Pelo aspecto racional, é óbvio que é Lula/Dilma e o PT.

Existe um ditado que diz: “Deus perdoa sempre; o homem perdoa às vezes; e a natureza não perdoa nunca”, que relata exatamente o que aconteceu em Minas Gerais, região afetada pelo impacto ambiental provocado pela Vale-Samarco. Enfim, o malgrado já está feito. A natureza destilou o seu rancor. Mas, por mais que o homem tenha boa vontade em julgar o meio ambiente pelas desgraças ocorridas em aspectos pontuais, a centelha que determina a erupção destruidora se dá pelo ser humano mexer e remexer no ambiente até obter o que se deseja, que é destruir tudo de forma torpe. Sempre lembrando que a natureza estava lá, com as sedimentações organizadas, intocada por agentes externos, até que o homem modifica tudo, misturando todas as decomposições de minérios, elevando resíduos até a flor do solo os minerais que estavam armazenados até mesmo em profundidades “abissais”.  Há minério que está sendo levado até mesmo para a foz do rio que, sem interferência do homem, nunca estaria indo para o mar. Portanto, diante de tal ardil, culpa da natureza é que não é.

Então, poderia ser por falha humana. Um peão de obra chamado “Zé”, por exemplo, bateu com a marreta onde não deveria acometer tal situação, em que a ação errada gerou uma reação não planejada, determinando toda a destruição em Mariana. Neste prisma, o espectador há de ser muito inocente para acreditar em tal estória. Tanto é que nem o governo ousou ir por este caminho, por tão absurdo que poderia parecer. Porque as interferências são tão gigantescas que para fazer o “erro” teria que ser de propósito, em que a culpa seria por acinte e não por falha humana.  

O certo é que a maioria das cabeças pensantes arroga o fato do problema ser relacionado por negligência. O Ministério Público Estadual de Minas Gerais atentou, em 2013, para o problema que poderia acontecer.  O Ministério Público Federal fingiu que não viu; a empresa Vale – que possui participação de ações em posse da União – não fez as correções necessárias; o Governo Federal se omitiu; e todo o Brasil viu o que aconteceu diante da falta de funcionalidade das instituições. Porque as instituições só “funcionam bem” quando é para colocar o capitalista de fato no tronco. Para pixuleco os órgãos anuentes funcionam; ao passo que para satisfazer anseios de determinado grupo político no poder – os petralhas -, as instituições falham sem igual. Não é só no congresso que nada funciona no aspecto geral. Até para esse desastre natural, uma andorinha não faz verão. Tem que haver aceitação até mesmo da miopia do Ministério do Meio Ambiente, que só existe, nesses casos, de forma perene para favorecer os déspotas do poder.  Portanto, há fortes indícios que o problema seja por negligência, por desleixo e omissão, da coisa pública diante a execução desta tarefa exercida pela natureza.

E, por fim, de forma mais maquiavélica – mas não descartada -, o ocorrido em Mariana pode ter sido de forma acintosa (por querer).  Os motivos vão desde a volta da estatização da Vale até a restituição indenizatória da multinacional para o caixa do Governo Federal, em que, para um governo que faz o diabo para vencer eleição, tudo pode acontecer para obtenção do poder total. Todo mundo gostava da Vale quando a empresa conseguia gerar superávits primários para a união, em que não precisava desrespeitar a lei de responsabilidade fiscal, justamente porque a commoditie naquela época estava em nível elevado. Com a queda do preço da commoditie e o governo federal precisando de dinheiro em caixa, pode-se fazer ilação sim sobre o caso ser gerado de maneira acintosa, pois, vale lembrar de novo, esse governo faz o diabo para conseguir o que deseja. Pode ser até por querer – por que não? -, já que o dinheiro indenizatório vai para o governo federal, que precisa de monetização para cumprir obrigações correntes. É só ver para onde serão escalonados os recursos, diante daquilo que é ofertado para municípios, estados, e a união. Por isso que o prefeito de Mariana chora torrencialmente por causa dessa situação, sabe, desde já, que não irá receber atenção. E na questão de estatização, o conceito recai na ideologia estatólatra, além do poder ser centralizado, tirando a força do capitalista, dando a potencialização para o estado, do governo ditatorial da esquerda.


Dilma/Lula e PT querem descolar a pecha de culpa por: 1) a Vale-Samarco é “empresa privada”; 2) foi culpa da natureza; 3) PSDB governou Minas recentemente. Tudo sofisma para dizer o mínimo. Porque, embora a vale seja uma empresa privada, no quesito do novo código CPC contábil, regra auferida pelas “Leis das Sociedades por Ações”, o fato é que a mineradora é coligada da empresa maior chamada governo brasileiro. Mesmo que houvesse uma maioria de ações (51%) dissolvidas entre os “capitalistas”, o restante (49%) pertencente ao outro lado do balcão - cita-se: o governo federal -, teria poder de “primazia da essência sobre a forma”, no aspecto regimental de lei acionária. E é fácil de entender: basta ver que os capitalistas da Vale-Samarco nada pode fazer agora; ao passo que o governo brasileiro até delibera um decreto dizendo que tudo é culpa da natureza. Na hora de sentar na sala de reunião, o governo federal, embora minoritário, tem o poder perante os demais (pode legislar, intervir, estatizar, qualquer coisa porque tem o poder da caneta, diante um absolutismo presidencialista). Há quem diga que a privatização foi errada justamente porque gerou esse descompasso, culpando o FHC pelo desastre. Isso é dissonância cognitiva, pois o mesmo governo que está minoritário na vale, também possui os órgãos anuentes que podem regular fiscalizar a empresa em questão. O problema recai mesmo é que o brasileiro não sabe votar e isso reflete até mesmo nesse desastre ambiental em Mariana. Culpa da natureza já foi mostrado que não foi. E também não é culpa do PSDB, pois governou somente o Estado, em que nada podia fazer diante da grandiosidade da multinacional acomunada com os petralhas no comando societário. O Ministério Público Estadual, em 2013, atentou para o problema, mas deveria ter remetido o documento para o ministério público federal e as instituições interessadas e pelo aspecto legal de responsabilização.  Portanto, tudo recai na culpabilidade de Lula/Dilma, que, só estão onde estão, porque o povo vota no PT.

Outra situação salutar que vale a pena salientar é que a Vale, enquanto faz Minas ser o 3º maior PIB do Brasil, fazendo riqueza através somente de escavação, dando superávits primários para o governo estar à lei de responsabilidade fiscal, além de pagar impostos, royalties e empregar bastante gente, a vale-Samarco eram de grande valia para o bem geral. Agora, com o desastre ocorrido, em que não se sabe quem ou o que fez tal condição, a empresa é capitalista, malvada, tirana, que só lucra diante o precioso bem natural. O povo brasileiro tem que se decidir sobre "o que quer ser quando crescer"; capitalista ou socialista, entre prós e contras, pois essa dúvida está literalmente matando o país. 


Portanto, não adianta mandar uma intimação extrajudicial para Deus, pois não foi culpa da natureza. Nem adianta, também, contratar o Capitão Planeta para revogar o desastre natural, porque tal desgraça nem através do sobrenatural se desfaz a situação calamitosa. A fauna/flora do Rio Doce, além dos arredores, foi destruída. Agora, é fazer indenização no estilo que a usina de Itaipu paga às cidades que foram prejudicadas pelo problema de impacto ambiental, a fim de se redimir um pouco do caos provocado pela Vale e seus associados - cita-se também o governo federal, acionista minoritário da mineração. Porque o problema não foi de ordem natural. O MP de Minas Gerais atentou para fissuras nas barragens, que não aguentaram, provocando esse desastre ambiental e social. Agora é hora de responsabilizar os culpados.  Para os racionais, a culpa é total do petralhismo, de Lula/Dilma e o PT. Para quem não acordou do “coma ideológico”, de quem a culpa? Não importa, pois há um "povo" que ainda vota no PT.   


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Essa genta que fala presidenta é tuda bandida.


Desastre em Mariana


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