Pular para o conteúdo principal

Os Escritores na História

Por: Júlio César Anjos

Desde os tempos dos escribas, sendo algo de mais culto em uma sociedade extremamente vil, até os dias atuais, os escritores sempre tiveram poder ao molhar a pena no tinteiro e transpassar conteúdos em um papiro qualquer. Os influentes intelectuais sempre auxiliaram reis e figuras poderosas, seja para aconselhar, seja para inflamar revolução, tudo sob o aspecto de estratégia e articulação. O problema dos grafistas é que um Médico pode ser escritor, embora a recíproca não seja verdadeira, um escritor não pode ser médico, assim como acontece com todas as outras profissões. Num campo totalmente saturado, ser somente escritor é para poucos. Só que os poucos bem sucedidos que transcenderam em suas verves, ecoam até hoje pelo regozijo da história, sendo lembrados, para o bem ou para o mal, diante de suas tecnicidades competentes. Todavia, como escreveu Santayanna: “O homem que não conhece a própria história está condenado a repeti-la”. Portanto, é por isso que é sempre bom lembrar o que aconteceu no passado – e ver que a reprise se faz o mesmo (igual).

Grande parte do povo na rua nos protestos contra o atual governo (Dilma do PT), com o seu exemplar – o mínimo que você precisa saber para não ser um Idiota - em mãos, exclamava: “Olavo tem razão!”, “Olavo tem razão!”, multidão embevecida pelos pensamentos do filosofo da salvação. Muitas pessoas acreditam que tal condição nunca acontecera antes, o que poderia ser algo inédito na história humana. Apesar da notoriedade, tal situação já fora executada com semelhante precisão.  Algo parecido aconteceu com Aleksandr Pushkin, escritor russo da época Czarista. Segue o acontecimento: “Seus textos políticos eram tão poderosos que, na insurreição decembrista de 1825, rebeldes desfilavam com cópias das obras. Pushkin não era integrante do movimento e foi tomado de pânico depois, destruindo seus documentos com medo de sofrer acusações”. A única diferença é que Pushkin vivia em tempos difíceis – por isso que teve que por panos quentes -, enquanto que Olavo vive confortável nos EUA. Mas o contexto é igual. “Pushkin tem razão!”, “Pushkin tem razão!”.

Em relação à influência, Olavo também tem uma “seita” chamada Olavetes, que defendem o pensador com contundência. Esse segmento, também, culturalmente abriga uma zona inebriante da estilística da direita, em que há desde o jeito de falar e se portar, até o aspecto do vestir (menos usual). Eles tratam isso como “alta cultura” (doutrinação ad hoc, na verdade). Tal fenômeno é semelhante com o movimento “Sturm und Drang”, de Goethe. Segue: “O romance (Werther) deu origem a um verdadeiro culto, pois centenas de jovens que se identificavam com Werther vestiam-se com alças amarelas e casacos azuis, como o herói, e em casos extremos tragicamente se suicidavam de forma idêntica”. Há semelhanças entre os dois escritores no sentido de influenciar comportamento humano – e a caraterística de dissonância cognitiva ideologicamente extremista -, embora os olavates não estejam propensos a cometerem suicídios ou sacrificarem perante o grande pensador deles, as condições são equivalentes.

Falando em Goethe, o escritor cunhou a seguinte frase: “O declínio da literatura indica o declínio de uma nação”. Isso é um fato, pois era só ver o que estava sendo escrito na França antes da eclosão da Revolução Francesa; e na Inglaterra do isolamento Esplêndido Vitoriano. Enquanto que na França, Voltaire inflamava violência, Restif exigia bordel estatal e Rousseau idealizava a natureza – provocando o colapso civil; na Inglaterra Byron (defendendo incesto) e as irmãs Brontë (afrouxando o conservadorismo vitoriano) não tinham livre trânsito para o “progressismo”, enquanto que Daniel Defoe defendia, com sucesso, o capitalismo através do livro Robinson Crusoe. O mesmo dá para ver o Brasil atual, que praticamente não há literatura de qualidade no país, e o que está sendo escrito de maneira geral é lamentável, como no caso do Paulo Ghiraldelli (O Restif brasileiro) defendendo de forma aberta a pedofilia, o que é simplesmente inacreditável nos dias atuais. Será que vem desgraça por aí? Pela crise atual, há de se imaginar.

Brigou no Facebook por causa de política, acreditou que tal causa não se discute, e acredita que a cisão é situação do atual momento? Nada, Camus e Sartre eram muito amigos, até aparecer a questão de a França ofertar “independência” para a Argélia. Eles “brigaram”. Camus, que já entendia as consequências naquela época era contra a retirada da França na Argélia sem esforço cultural algum. Sartre, comunista, defendia que a Argélia deveria ser totalmente independente, sem que houvesse inserção cultural no local. Resultado: Argélia hoje é 99% dominada pelo Islã e muito do povo de lá quer tornar a Europa – e a França – terra fértil para o islã. O Europeu não está gostando da estratégia de ocupação do solo dos “refugiados” islâmicos? Vá cobrar solução dos comunistas agora; ora, pois. Se tivessem escutado Camus, ao invés de Sartre, a Argélia seria independente, mas dificilmente seria ameaça cultural para a Europa (e a França). Escolhas tiveram; decidiram o pior. No Brasil, o povo vê o Safatle – estilo Sartre - tartamudear em defesa dos “refugiados”, além da mídia panfletar para o islã. Sem falar em uma leva de escritor defender esse governo que só gera crise. E Rodrigo Constantino – como Camus - fazendo o contraponto.

Há, também, os escritores que insuflam revolução (no sentido de reviravolta da evolução). Sylvia Plath motiva o movimento feminista e Breton, o surrealista. Se hoje há esse niilismo progressista, esse vácuo cultural há de parabenizar os escritores loucos, porém inteligentes, que convenceram uma turba a profanar o meio ambiente e o reger vivencial. Como desdobramento, Feminazis (não confundir com o movimento feminista) e gayzismos (não confundir com o direito homossexual) proliferam por causa do ponto de partida registrado, através dos escritores prolíficos, que convenceram a sociedade que o ruim é bom.  Comunistas de outrora ganham espaço em pleno século XXI, além da divisão global com fatia para o islã e o niilismo Europeu, mostrando que o mundo está louco e o viver em paz é artigo de luxo, hoje em dia. Cabe os escritores atuais apelarem pelas fontes de pensadores no passado, além de contribuir no presente, para mudar o paradigma reinante atual.

Portanto, os escritores influenciam e muito o dia-a-dia das pessoas, pois possuem o poder da transformação através do conhecimento. Esse pequeno texto só aponta poucos pensadores, de uma quantidade imensurável de capacitados escritores que, através da escrita, modificaram totalmente o rumo da história humana, tanto para o bem quanto para o mal. Porém é preciso ressaltar que o melhor livro escrito não tinha um escritor, mas vários, que até hoje influenciam e conquistam através dos ensinamentos. O nome deste compêndio chama-se bíblia, que possui dois milênios de existência e nem a ciência conseguiu, até agora, contestar de fato.


Licença Creative Commons
Os Escritores na História de Júlio César Anjos está licenciado com uma Licença Creative Commons - Atribuição-NãoComercial-SemDerivações 4.0 Internacional.
Baseado no trabalho disponível em http://efeitoorloff.blogspot.com.br.


Comentários