Por: Júlio César Anjos
O
Brasil vive agora uma epidemia da violência oriunda de arma branca, ao explodir
o índice de criminalidade por uso de faca, em que há muita discussão sobre tal
ocorrência em questão. E dentre as controvérsias, o foco recai agora sobre a
proibição ou não de porte de lâminas no dia a dia, como se decreto estatal
inibisse a condição humana, pois a culpa incide na arma, ao invés do individuo
criminoso, jogando o debate político no nível mais sórdido e baixo, já que é
assim que se mantém a criminalidade no poder. O foco não é a proibição de arma
branca, mas o porquê do aumento repentino de violência por faca, justo agora
que há mudanças e quebras de paradigmas em curso. Há um conluio em andamento,
caracterizado como a conspiração das facas.
A
coincidência não parece estranha, neste momento, em a faca ser a queridinha dos
saqueadores de rua, justo no momento em que mais de 85% (oitenta e cinco por
cento) da população, da sociedade cansada de tanta impunidade, seja favorável
ao porte de arma de fogo? E que, por milagre, os arruaceiros da “pista” deixam
o latrocínio provocado por projétil de lado, ao preferirem a faca como “instrumento
de trabalho”? É notório saber que há algo muito estranho em curso, pois o
engendramento é um esquema tático pensado previamente, questão de engenharia
social, ao dar férias à arma de fogo e colocar a arma branca no lugar. É de
propósito tal movimento e o bandidinho de asfalto tem apoio salutar.
É
sabido que os líderes do tráfico normatizam a criminalidade. Ou seja, para o
bandido de “pequenos delitos” não sofrer represálias, tal criminoso deve
atender as ordens do órgão central, o chefe do morro de tal localidade. Muitos traficantes até mesmo impedem que os
ladrões ajam na circunvizinhança do morro, pois tais atos criminosos podem afugentar
os clientes, que compram os entorpecentes na favela, o que poderia atrapalhar o
empreendimento. Não precisa ser o Sherlock Holmes para
descobrir que o traficante está impedindo que os criminosos “da pista” utilizem
arma de fogo, pois a utilização de calibre está prejudicando a publicidade do
desarmamento, em que no futuro poderia enfraquecer o mundo dos mercadores do
crime.
Mas
alguém teve que convencer os chefes do tráfico sobre tal intervenção – proibir que
os pequenos criminosos utilizem arma de fogo. Mas quem? Certamente as ONGS.
Quais organizações estão acomunadas não se precisa dizer, é só pesquisar e ver
que o conluio desarmamentista está diretamente ligado ao crime. Então as ONGS
convencem os chefes do tráfico, que obrigam os bandidos de pequena monta a
pararem de cometer latrocínios ou furtos com pistolas, se possível tais instituições
gostariam até mesmo que os delitos leves fossem banidos, o que o traficante,
por mais força que tenha, é impossibilitado de fazer. Não dá para impedir o
ladrão de roubar. Mas dá para normatizar como o ladrão deve proceder para cometer
o crime. E é aí que entra a epidemia do crime de arma branca.
Diante
a mudança do regime criminal nos pequenos delitos, as ONGS podem, enfim, gerar
a ilustração – em que as armas são o vilão -, e a narrativa – tem que proibir
também a arma branca -, para “pressionar” o congresso, diante da circunstância
social. O congresso, alinhado às ONGS e também aos crimes, começa a defender
incessantemente o fim do porte de arma branca na rua, esvaziando a discussão
sobre a arma de fogo, inibindo o debate por mudar o foco. Ou seja, a faca vira
discussão central, cria atmosfera de violência geral, fazendo a pessoa que,
outrora fosse favorável ao armamento, agora recue através da virulência humana,
gerada pela percepção de descontrole social.
Há
também a estratégia velada de subentender que a polícia está desarmando a
população, mas os marginais se “adaptariam” para cometer crimes, em que, por
causa de tal situação, seria inócuo liberar armas de qualquer natureza, por
isso proibir a faca seria a única saída possível, porque o país entrou em caos.
Diante disso, o favorável ao armamento da população começa a recuar sobre as
possibilidades armamentistas, já que a condição do homem é a violência e obter
arma poderia catalisar ainda mais violência. Neste cenário, a campanha do armamento perde
força, há um esvaziamento no debate, pois a faca entrou no jogo, mudando o
contexto político. Diante disso, os desarmamentistas, ao inocular caos através
de armas brancas, vence no aspecto da manipulação, pois criaram o jogo, escolheram
o adversário e ainda por cima inventaram as regras, tudo isso para influenciar a
plateia sob tal perspectiva da violência evolutiva. Se os cidadãos achavam que a discussão seria
entre prós e contras à utilização da arma de fogo, as pessoas se enganaram
devido à estratégia sórdida dos bandidos, que pulverizam o debate criando corpo
estranho ("facas assassinas") na sociedade, ao dispersar a discussão.
O
cidadão é a favor ou contra a proibição do porte da arma branca? Não importa.
Essa não é a principal questão. A questão é que há violência no mundo. E o povo
precisa se proteger. Portanto, é direito natural ter a posse de arma de fogo,
não importando se os crimes são feitos com facas para passar manteiga ou armas
de brinquedo, pois não se pode mudar o mundo, mas o individuo pode, ao menos,
se defender. Só haverá redução da violência quando o povo parar de votar em
bandido, parar de passar a mão na cabeça de delinquente e deixar de ser
manipulado, por saber o que se passa, diante engenharia social. Sem tais
mudanças, o status quo terá vida eterna.
Portanto,
diante o surto de violência de arma branca nos pequenos delitos, seja assalto,
sequestros relâmpagos e afins, tal condição é a vitamina de sobrevida para o atual
regime político, ONGS desarmamentistas e gangues de morro, que só agradecem por
tal pensamento raso, evasivo, do povo, voltando o debate das armas de fogo na situação
inicial. Por causa da engenharia social, perde-se todo aquele apoio e clamor
populacional pelo armamento, pois a sociedade foi, de novo, facilmente manipulada,
sendo tal artifício maquinado pelo regime criminoso engendrado pela conspiração
das facas. E o povo, mais uma vez, achando o aumento de crime com facas
coincidência, pois não liga “lé com cré”, fica perdido em meio à violência por não
saber compreender o que se passa diante o conluio criminoso que vai desde a
esquina da rua até o congresso nacional.
A luta é contra o sistema. Por isso que é muito difícil vencer.
A Conspiração das Facas de Júlio César Anjos está licenciado com uma Licença Creative Commons - Atribuição-NãoComercial-SemDerivações 4.0 Internacional.
Baseado no trabalho disponível em http://efeitoorloff.blogspot.com.br.
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