Por: Júlio César Anjos
Caso alguém não tenha assistido ao filme – O
Lobo de Wall Street, e não queira saber sobre os “spoilers” remetidos ao texto,
favor descartar a leitura do artigo. Mas se a pessoa não se importar com as
revelações ofertadas no conteúdo, pois está mais preocupada com o aspecto
“inteligível” do contexto, é contumaz que aprecie a leitura de ocasião. Àqueles
que compreendem a essência e também assistiram o entretenimento, a resenha será
mais compreensível que nos dois casos citados anteriormente. Dada à informação,
que se esclareçam as comparações fundamentadas entre: “O Lobo de Wall” Street e
“O Lobo da PTbras”.
Na
película de Hollywood, Leonardo Di Caprio é um jovem ambicioso, que consegue um
emprego de alta patente no mercado de ações, ao ser operador financeiro,
ganhando dinheiro por ser corretor da bolsa. Mas a empresa em que ele era
empregado faliu, diante de uma transição mal formatada. Todavia, o jovem
aprendeu muita coisa no pouco tempo em que estivera empregado, além de saber os
meandros do meio financeiro, em que condensou a sistemática a praticar
violação. Após estar desempregado,
Jordan Belfort (Leonardo Di Caprio) procura outro lugar para trabalhar. Esse
outro estabelecimento dá a chance do Jordan praticar tudo o que aprendera no
mercado financeiro, só que através de pequenos estelionatos. Com a facilidade
em “roubar”, Jordan resolve trabalhar por conta própria, ao abrir a empresa autônoma,
e aumentar a sanha da corrupção, sem parar, até ser pego pela justiça
americana. Vivendo como um rei, através de trapaça, apesar de ter vindo de
classe média, a personagem principal mostra a todos a facilidade em “subir e
descer de vida”, com experiências que fazem o telespectador refletir, repensar,
sobre se até mesmo vale a pena ou não cometer delitos.
Com
a aprendizagem cimentada, Jordan Belfort fez o “prático” e simples estelionato.
Pegou títulos podres ou de sucesso muito duvidoso e fez a transação dessas
cotas para os ricos, através de ferramentas de vendas que estimulam pelo
positivismo. Jordan, ao invés de negociar para o varejo, pegou estas ações e
vendeu para os ricos, praticando um sistema Ponzi aos mais abastados, dando
calote nos “burgueses” da alta sociedade.
Como era uma espécie de “Hot Money” do crime, o protagonista do filme
sabia que deveria, o quanto antes, gastar esse “dinheiro da viúva” com festas e
consumos desenfreados, pois, a qualquer hora, a alavancagem do crime poderia
ter um fim. Sem falar que Jordan salvaguardaria parte do dinheiro em paraíso fiscal,
tentando obter futuro pela opulência, após a poeira baixar. A estratégia não funcionou
e, no fim, o protagonista do filme foi preso e teve que devolver parte do
dinheiro que tinha roubado.
O
PT subiu ao poder em 2003. E desde então parasita e não dá a menor indicação
que sairá do governo tão rápido. Embora que,
em 2005, o mensalão pudesse destituir o presidente, a oposição escolheu a
sangria, errando em estratégia, fazendo o PT perpetuar-se no comando nacional. Para fugir
do tsunami de crítica do esquema do mensalão, O PT achou na gaveta o projeto
“Pré-Sal”, trabalho concluído na gestão do Itamar Franco, considerado inviável
tal elaboração da Petrobras. O presidente petista da época achou na gaveta esse estudo
e correu ao mundo falar que tinha a solução para tudo, que o Petróleo jorraria
pelas técnicas messiânicas dos operadores do petróleo, e o Brasil seria até
mesmo uma potência mundial. Deu no que deu e o Lobo da PTbras fez o que se
chamou, no final das contas, de Petrolão.
O
Lobo da PTbras sabia da inviabilidade econômica do Pré-Sal (isso é nato). Mas
mesmo assim articulou, dando “carteirada” em todos os críticos e oposicionistas,
ao trazer gente “gabaritada”, que lastreou o estudo como oficial, verdadeiro,
amplo, que poderia funcionar e amparar o Brasil em um novo patamar. Na época a Petrobras
era uma empresa Blue Chip, que sempre teve lucro e sempre pagou dividendos aos
acionistas. Após os players interessados (da estatal) mostrarem ao mundo a
maravilha da riqueza natural no fundo do mar, quase ninguém quis contestar a
prática criminosa que começara a nascer. A histeria mercadológica inundou o
país em capital, dando lastro para os políticos articularem sobre o poder que
teriam por administrar a monopolista empresa, fazendo o Lobo da PTbras obter poder
sem igual, mantendo-se no governo através de manipulação e fraude industrial.
Só
que o Lobo da PTbras foi mais esperto que o Lobo de Wall Street, pois comprou
não somente os jurados, mas também a plateia toda. Comprando o legislativo
através de mesada (mensalão), fazendo nomenklatura com os capitalistas que
oferecem serviços à empresa, além de abastecer as bases políticas, tornando
robustas as campanhas eleitorais, um partido que, na normalidade, ficaria no
máximo um mandato, já está no poder há quatro eleições, com o Lobo da PTbrás
não somente livre, como possibilitado em poder concorrer o pleito presidencial,
na próxima eleição. O Lobo da PTbras
corrompeu todo mundo para que ninguém pudesse apontar o dedo sobre desvio de
conduta. Se o Lobo de Wall Street tivesse como tutor o Lobo da PTbras, Jordan
não seria preso, ao contrário, regozijaria do bom e do melhor, livre para fazer
o que queira, pois ninguém o poderia incomodar (porque Jordan compraria todo
mundo, como fez o chefe do mensalão, Petrolão, BNDESÂO e etc).
Portanto,
sempre que os petistas argumentam que elevaram o valor da Petrobras, é um fato
constatado, pouca gente discorda disso, mas é fato também que essa elevação foi
proposital, fruto de uma articulação criminosa, a fim de saquear não somente os
acionistas minoritários, mas o futuro da Petrobras e da nação. Tornou-se a
PTbras, os empresários, os acionistas, os políticos, os “companheiros",
enfim, todos os players interessados sôfregos das consequências de terem caído
na conversa do Lobo da PTbras, que, através do espiral do silêncio da chantagem,
joga o país em um abissal de crise tremendo, seja financeira ou institucional, pois
muita gente sorveu da benesse do Petrolão. É triste, mas é um fato.
O Lobo da PTbras de Júlio César Anjos está licenciado com uma Licença Creative Commons - Atribuição-NãoComercial-SemDerivações 4.0 Internacional.
Baseado no trabalho disponível em http://efeitoorloff.blogspot.com.br.
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