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Luta na Rua: Cartolina Sem Lastro

Por: Júlio César Anjos

O povo foi às ruas, no 2º (segundo) ato – dentre vários outros que se realizarão-, esse ano, contra o governo incompetente, corrupto e totalitário do PT. Embora o protesto do dia 12 de Abril de 2015 não tenha aumentado em progressão aritmética de pessoas nas ruas, pelo menos foi maior que a manifestação anterior porque teve maior amplitude (mais cidades aderiram ao movimento). Mas a sociedade continua errando na execução, com a maior falha sendo vista na estratégia da cartolina sem lastro. Os oposicionistas lutam hoje como disputavam no passado, com as mesmas regras de outrora, não entendendo até mesmo qual é o “jogo” do momento.

A pergunta que o estratego, o combatente intelectual, enfim, o player deve fazer não é: Qual o plano a seguir, ou quantos inimigos são (?), mas a indagação mais simples de todas: qual é o jogo. Sun Tzu definiu paradigmas, estratégias, como: conhecer o inimigo, território, suprimentos, ataque/defesa, mas tudo isso embasado em um jogo explicito, diante de combatentes em similaridade de tamanho e forma, com até mesmo no título do livro escancarando a realidade: o jogo chamado: guerra (Sun Tzu – A Arte da Guerra). Mas a guerra que o Brasil enfrenta não é aquela de trincheira, com padrões e regras de infantarias, do mesmo molde entre os combatentes, mas da luta invisível, sem tamanho e nem forma, complexa, chamada política. Utilizar somente Sun Tzu [Ou qualquer outro pensador (Maquiavel e similares)] como exemplo para destruir uma ideologia, é a mesma coisa que usar as regras e as estratégias do dominó, em um tabuleiro (com peças e regras) de xadrez (ou vice e versa). Não funciona.

 O inimigo (governo totalitário) é maroto. Ele sabota, conspira, redefine o jogo, compra mercenário, captando até mesmo os antagônicos, para fazer até mesmo entrismo. Não há fidalguia em uma guerra ideológica, e nem padrão de controle entre cavalheiros. Só o que há é a vitória e a derrota entre batalhas sucessivas, com pânico e receio de cada lado.  Enquanto um lado não tem pudor, o outro quer lutar com fidalguia, mostrando ser estéril e derrotista tal condição – porque é pedir para perder.  Hoje, a luta é do estado contra o povo, em que milhões de pessoas vão protestar. Mas se manifestam de forma bem branda. 

Já dizia Ulysses Guimarães: o que mete medo em politico é o povo na rua. O problema é que o povo está indo para a rua e nada acontece.  Aí a pessoa pergunta: mas antes funcionava. Por que agora não? Porque os cientistas políticos perderam o “fio da meada”, de uma estratégia de passado.  Hoje, com Venezuela, Argentina e Brasil colocando milhões de pessoas nas ruas, parece que a premissa de Ulysses é invalida. É invalida porque o Estado armado não tem medo de uma multidão desarmada, o que pode provocar até mesmo genocídio. O governo tem poder de coerção. Além de jogar o jogo “sem regra”, pois eles fazem as regras. O povo, embora maior, não.

O MST – o “povo” deles, por exemplo, vai protestar de foice e martelo (mostrando através de símbolo a arma de guerra). Já o oposicionista vai se manifestar com cartolina. Embora antigamente funcionasse tal condição, hoje a cartolina não funciona mais. Eles não se importam de serem rotulados de pessoas feias, pois, no final, sabem que o símbolo de luta é maior do que fofoca popular. Enquanto que o povo que condena até mesmo xingamento, fica preso no receio em que “os outros vão pensar”. E já sabendo que o povo tonar-se-á cada dia mais arredio, o PT se antecipa e cria o “Humaniza Redes” (AI-5 Digital).

Pois então: Qual era o lastro da cartolina antes do Século XXI? Era de uma sociedade pacífica, porem sem impedimento e nem entrega de arma para o estado. Em que a quantidade de cartolina com lastro assustava político. Além, é claro, com a impossibilidade de o Estado monitorar antagônicos, pois não tinha a tecnologia que usufrui hoje. Por isso que naquela época Ulysses cunhou a expressão: “o que mete medo em político é o povo na rua”. O problema é que hoje, no século XXI, a manifestante com cartolina diria até: “cruzes”, se alguém falar em arma.  Enquanto um lado não tem pudor (petismo), o outro quer lutar com fidalguia, mostrando ser estéril e até derrotista tal condição. Essa luta assimétrica só dará vitória para o totalitário, pois a “desobediência civil” só funciona contra governo democrático, o que o PT e PMDB, a essa altura, mostram não ser.

Os próximos protestos não podem ser iguais. Eles tendem a ser mais firmes. Com pedido, até mesmo, de “Greve Geral”. Após ocorrer a greve geral, aí sim o legislativo teria que cassar o mandato da Dilma. Caso não o façam, o exército deve intervir, pois já há ditadura estabelecida. Caso nada disso ocorra, o povo pacificamente aceita o comunismo ou se rebela. Mas, nesse meio tempo entre protestos, caso o legislativo não queira votar o impeachment, dá para os organizadores pedirem outras questões, a fim de enfraquecer, ao menos, a coerção do Estado, sendo a liberação das armas, a implantação da urna mista e maior estabelecimento da religião para enfraquecer, pela legalidade, a tirania do PT.

Independente do que aconteça, Impeachment, renúncia, com estabelecimento de monarquia ou parlamentarismo, nada disso importa, que a partir de agora o povo defenda os três itens, não importando o regime político: 1) Armamento; 2) Urna Mista; 3) Religião. Armamento para um povo não ficar refém de um governo tirano, nefasto; Urna Mista para esse governo tirano não se perpetuar no poder (Mantem a tecnologia, mas poderia fazer auditoria); Religião para incutir moralidade ao povo, para aí sim criar a “regra do jogo”, só que pelos padrões do “povo”. A menos que aceite o comunismo de forma bovina, pacífica, deixando o totalitarismo tomar conta, o PT jogará o Brasil em uma guerra civil, pois não tem jeito, o governo petista tornou-se impopular, ao passo que o PT insiste em ficar no poder. É prelúdio de revolução jacobina.

É preciso dar lastro à cartolina, para que volte a ter ênfase o aforismo do Ulysses: “O que mete medo em político é o povo na rua”. Caso contrário, querendo ser pacifico contra um inimigo maroto, a derrota já estará definida e não há o porquê se desgastar. Portanto, a “luta” na rua só é válida com a cartolina com lastro.

Aguentar a Dilma até 2018 não dá. O PMDB tem que se mexer.

Última pergunta: cadê o "exército branco"?




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