Por: Júlio César Anjos
O
batom na boca, o vestido da moça, a unha chamando atenção. Ou a gravata no
pescoço, o bóton na lapela do moço, o carro esportivo de ocasião. Não importa o
adorno, o enfeite, o vermelho tem o seu glamour. Mas o pigmento da cólera
também deflagra semiótica perversa, diante de circunstâncias de sinalização. A
cor vermelha significa ação.
O
vermelho, em diversas culturas significam diferentes formas de comunicação. São
eles: Para o indiano (roupa Sári) significa prosperidade; Para as cortesãs do
período Edo é erotismo; Para os Manchurianos expressa o sol (assim
como a bandeira do Japão); Assim como o rubro da flâmula da França significa
fraternidade. Portanto, em várias
culturas, vermelho tem acepção.
A
cor rubra também é sinal de aviso, especialmente na natureza. Uma fruta muito
viva em coloração pode ser venenosa. A mesma coisa acontece com um sapo bem encarnado, além, é claro, de uma cobra vermelha, indicando ser peçonhenta.
Esses animais ao invés de terem camuflagem ou serem invisíveis, utilizam
justamente da ampla exposição para mostrar ao “predador” que é perigoso atacá-lo.
Por isso que é a cor do perigo no sinal de trânsito (sinaleiro) e também de aspecto negativo (por exemplo, ações da bolsa operando em baixa), como a conta bancária de uma pessoa estar no vermelho.
A
cor vermelha é a tintura do incômodo. Ninguém consegue ficar muito tempo em um
espaço todo pintado de vermelho, assim como o touro fica desconfortável com tal
coloração. Muita gente fica com mal-estar ao presenciar sangue no ambiente. Assim
também como um vulcão é perigoso ao entrar em erupção. Portanto, o vermelho
gera perturbação, seja física ou mental.
Para
os católicos, o vermelho significa o sangue de Cristo. Para os índios, a
utilização do pigmento rubro significa ritual para luta, guerra iminente. E
para as bandeiras, há vários significantes, em especial a cor escarlate chama
atenção é na geração do simbolismo do poder de uma ideologia perante o povo,
como a cor do comunismo - e o nazismo - e os desdobramentos históricos perversos ocorridos pelo
mundo.
Para
o comunista, o vermelho é a cor de tudo: sensualidade, prosperidade, erotismo,
aviso, perigo, cor do sangue dos inimigos derramados, e até cor do sangue dos próprios
deuses (os homens que viram mártires na revolução). É por isso que os
comunistas insistem em utilizar essa tonalidade, forçosamente, para fazer revolução.
Ela exprime todas essas “qualidades” inerentes da cor escarlate, por isso que o
comunista usa do símbolo vermelho sem o menor pudor, e sem ligar para a “opinião”
dos outros. Por causa de toda essa informação de inconsciente coletivo (Jung) é
que o rubro é considerado, por eles, uma boa cor para propaganda. E é por isso
que o PT é vermelho, pois é o que satisfaz o “conforto popular” da causa
política, do comunismo rasteiro tupiniquim, para fazer marketing.
O
vermelho, utilizado para o mercado, a fim de fornecer alternativas para produtos e
serviços, é uma cor espetacular. Já para gerar junção de pessoas pensando de
forma igual, através de um símbolo uno, para criar uma ditadura de ideal, é uma
coisa lamentável, que a história já se encarregou de mostrar.
Portanto,
o vermelho pode ser uma cor muito aprazível no aspecto de adorno. Mas também
pode ser símbolo de totalitarismo, como uma identificação de aceite de regime
sanguinário, como os da Revolução Russa (Lenin e Stalin), Chinesa (Mao Tsé-Tung) e Nazista (Hitler) que mataram milhões de pessoas, mostrando o sangue dos “inimigos” pela
expressão da cor na bandeira.
Por essas e outras que:
A minha bandeira jamais será vermelha!
Vermelho de Júlio César Anjos está licenciado com uma Licença Creative Commons - Atribuição-NãoComercial-SemDerivações 4.0 Internacional.
Baseado no trabalho disponível em http://efeitoorloff.blogspot.com.br.
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