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República Cívica

Por: Júlio César Anjos

Segundo Olavo de Carvalho, reverberado posteriormente por Vladmir Safatle, tal deterioração política provocada pelo PT – e partidos de esquerda - derrubou a “Nova República” (fim do Regime Militar e inicio da Democracia).  Agora, inicia-se novo ciclo político de período histórico. Mas qual nome a dar para esse novo momento? Por tudo o que está acontecendo, o nome adequado para a tendência - expressão cunhada por mim (Júlio César Anjos) -, é República Cívica.

Analisando o gap provocado pela Era Vargas entre a Primeira República (até 1930) e a Quarta República (inicio em 1946), entende-se que a contagem foi estabelecida em quadriênios. Sendo assim, o nome dessa nova era (após o fim da Nova República) poderia ser chamada de “***Décima Terceira República” (pela contagem de quadriênios entre o vácuo do fim da Quarta República até os dias atuais). Porém a nomenclatura ficaria inconsistente, estéril, justamente pelo espaço tempo muito amplo, perdendo o entendimento de tal questão. Além do símbolo cabalístico que seria severamente refutada por todo mundo. Enfim, está descartada essa nomeação.

Poderia ser chamada de “Velha República”. Não cairia bem também porque já começa uma era com um ar senil, sentimento de algo que se inicia velho, dá a sensação de desgaste e de fim. Portanto, não é legal tal identificação. E, continuando a pesquisa, esse novo tempo poderia ter o nome de “Nova Democracia”. Porém, novamente não é uma boa indicação, pois remete à expressão auferida pelo Maoísmo, por Mao Tsé-Tung (a não ser que o comunismo seja instaurado, aí então faz sentido nomeá-la assim).

Já o Fernando Henrique Cardoso, ex-presidente do Brasil, acredita que o país deveria instituir o parlamentarismo, criando a era parlamentar, que, em tese, seria boa para o Brasil. O problema é que o parlamentarismo é sensível à cultura de uma nação, em que obriga que os políticos sejam honestos para funcionar o novo sistema sugerido pelo líder tucano. Enquanto o povo não mudar completamente o “jeito de ser”, “jeito de pensar”, ao colocar político honesto, não adianta apelar para parlamentarismo, monarquia, militarismo ou qualquer outro sistema político, pois não será trocada a república por qualquer outra vertente de organização social. Ou seja, a república permanecerá presidencialista e não parlamentarista por enquanto.

Pelas circunstâncias, então o novo ciclo histórico se dá pela rubrica de “República Cívica”. República porque manteria as bases da “nova República”, com Instituições independentes, democracia representativa, congresso/justiça, e sufrágio universal. E “Cívica” por causa da quebra de paradigma socialista e patriotismo em voga, vindo da sinceridade da alma popular, que deseja defender o país diante da ameaça estrangeira (bolivarianismo e afins).

Mas o problema maior, em minha opinião, é que a “Nova República” não acabou de fato, apesar de estar próxima de jazer tal era política. Pois só findará se houver saída do Presidente – no caso Dilma -, cita-se: por Renúncia ou Impeachment. Porque se a saída se estabelecer por intervenção Militar, aí mudaria a nomenclatura do regime político, por motivo óbvio, virando a expressão jocosa: “Ditadura Militar” (o certo é Regime Militar).

Portanto, se houver esse rompante histórico, eu levanto a bandeira da nomeação da “República Cívica”, por achar que combina mais com a situação imputada neste momento político. A maior manifestação popular (espontânea) ocorrida na história do Brasil se deu através do povo indo às ruas, no dia 15 de março de 2015, com bandeiras do Brasil como codificação de defesa da pátria, ao ver o país ameaçado pelo vilão da corrupção, bolivarianismo e deterioração da coisa pública (além do pedido explícito de Impeachment da Dilma). A civilidade ficou muito evidente e merece atenção.

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*** Se eu estiver errado quanto a esta contagem de períodos, os leitores podem opinar e corrigir a falha.

 



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