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O Sucesso Americano

Por: Júlio César Anjos

Estados Unidos da América, berço do liberalismo Ocidental, exemplo do mundo, país com fortes pilares republicanos, com respeito ao individuo, além da saudação do fundamentalismo da pátria, como a bandeira, o hino e a águia como símbolo de união.  Enfim, o melhoramento de organização social fez cunhar a expressão: “Sonho Americano”, como um emblema do sucesso a trilhar. Há quem fale sobre o declínio do império, é verdade, que, mesmo em degradação, pode ser considerado um oásis em comparação aos latinos, que possuem, hoje, políticas fracassadas.  Há quem jure que o sucesso americano advém das guerras; Há também outros tantos que acreditam que o livre mercado foi a tábua de salvação do ianque. Porém, o principal fator de êxito do americano se deu através de outro comburente não muito mencionado, tampouco bem definido, mas eficaz nos atos do pilar histórico.

Muita gente acha que o sucesso americano advém da capacidade do povo estadunidense de lutar pelo o que deseja naquilo que combate, ao ser guerreiro valente. E foram várias guerras que os irmãos do norte lutaram, seja no âmbito local, seja no cenário global, como muito ensinamento sobre o que fazer e o que não fazer sobre conflitos. A guerra da liberdade vencida pela colônia contra o império britânico fez com que demais povoados, mundo afora, acendessem a chama do possível, criando uma cadeia de coragem aos outros povos oprimidos a se arriscarem pela liberdade, pois valeria a pena. Já a guerra civil mostrou a todos que, às vezes, é impossível reconciliação sob o aspecto antagônico de algo tão importante, e, por não haver acordo, infelizmente a resolução se dá por confrontação. Enfim, o que se aprendeu de lição? Guerra custa caro, lutar no quintal é muito penoso; e reconstruir é muito mais exaustivo que melhorar em cima daquilo que já está construído. Por isso que o dia 11 de setembro deixou o americano em parafuso (desgraceira no quintal, nem pensar!). Portanto, guerra interna não é fator de sucesso do sonho americano, apesar de ser um pilar de sustentação.

Então o sucesso se dá pelas “vitórias” nas guerras fora do quintal do americano?  Mais ou menos. Se for analisar pelo aspecto financeiro, em que o norte americano ganhou dinheiro ao abastecer a batalha, seja com mantimentos, munições e ajuda ao entrar no meio do conflito, certamente o americano teve um ganho bem elevado e se saiu bem com tal estratégia de elevação econômica. Mas esse artifício é de “tiro curto”, ganho momentâneo, sem lastro e nem fundamento em longo prazo, não sendo, em hipótese alguma, fator precípuo do sucesso estadunidense.  Então pode ser que a guerra fria seja a mina de ouro do poderio ianque como nação? A grande luta invisível combatida contra o russo ajudou o americano cimentar glória perante a vitória no campo ideológico, mas mesmo assim não foi a tábua de salvação para vangloriar a vitória na guerra fria como primordial ao sucesso do “sonho americano”.  As guerras em busca de petróleo, no oriente médio além da guerra do Vietnã não merecem ser mencionadas, pois, embora pequenas, foram perdidas pelos estadunidenses.

Já que as guerras não foram comburentes de êxito perante a organização social do ianque, embora se tenha aprendido muito sobre o que fazer e o que não fazer através de ensinamento empírico, talvez a liberdade econômica, com política mais voltada ao capitalismo, tenha sido fator primordial para o sucesso do americano. Com certeza a liberdade – tanto econômica quanto social – foi muito importante para o melhoramento geral da nação, mas não foi a causa primordial, por incrível que pareça. Tal situação, assim como a guerra, ajudou ao americano obter, certamente, o "plus" de avanço social. Mas mesmo assim não foi o principal fator de sucesso do sonho americano.

Qual é, então, o maior fator de sucesso do “sonho americano”? É, com toda a certeza, a capacidade de atração da elite, seja financeira, intelectual, criativa e/ou laboral. Dando a capacidade que as pessoas operem, e prosperem, diante da liberdade econômica, do espirito selvagem, e da meritocracia, amparada em um ambiente seguro, que tenha império das leis, conduta cívica e moral, além de organização social obtida através de muito suor e sangue. Ou seja, a guerra ajudou através de ensinamento e o capitalismo amparou através de acolhimento de pessoas “estranhas”, porém diferenciadas, através da manta de organização social. O estrangeiro, portanto, não é considerado inimigo, ao contrário, se puder contribuir com os ianques, será sempre bem-vindo na terra dos sonhos.

Tirando as guerras de “construção” (da independência e de secessão) que foram disputadas no quintal do americano, as guerras mundiais fizeram com que os EUA fossem a tábua de salvação àquelas pessoas pacíficas, que só desejavam trabalhar e obter sustento com o que fora conquistado. Diante da destruição e caos na Europa, sendo varrido pelas guerras custosas, penosas e danosas, o americano conseguiu atrair, por ser a “terra nova” da época, muita gente laboriosa, mas também muita elite da época. Escritores, estilistas, desenhistas, fotógrafos, engenheiros, médicos, psicólogos, enfim, uma leva de ótimos profissionais abasteciam as indústrias de manufatura e de entretenimento (como Hollywood, por exemplo), a fazer os EUA berço de tudo aquilo que fora do mais avançado na terra.

Se uma nação conseguir atrair uma leva de gente boa, com liberdade econômica para auferir aquilo que produziu, através de um ambiente pacífico e seguro, a tendência é somente melhorar, virar até mesmo potencia mundial. Hoje mesmo, no início do século XXI, o americano consegue atrair a elite latina, ao ir morar em Miami – Flórida, para operar em um Estado Americano pacífico, com liberdade econômica, deixando as pessoas livres para buscar o que é melhor para elas, ao passo que contribui com o americano, através das trocas voluntárias e mensuração de valor. Para critério de empirismo, nos dias atuais se vê a elite da América do Sul fugindo do bolivarianismo latino, ao ver a Flórida como tábua de salvação das pessoas pacíficas, que só querem prosperar em cima daquilo que obteve com merecimento e valor.

Portanto, estes são os seguintes aprendizados: o maior ensinamento sobre a guerra aprendida pelo americano foi evitá-la ao máximo dentro do próprio quintal; o maior ensinamento econômico aprendido foi no aspecto de que a liberdade do “laissez-faire” é crucial para obter resultado positivo no mercado local; e com boa receptividade à elite estrangeira, com cooperação livre para poder criar, aprender e ensinar tudo, desde vacina até bomba nuclear, faz de um país uma nação próspera, com o melhoramento social como caminho a trilhar. Enfim, o maior sucesso do “sonho americano” compreende mesmo em conseguir atrair e obter elite global, produzindo dentro da limítrofe ianque do país.




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