Por: Júlio César Anjos
Assista
ao vídeo (30 segundos de duração), a seguir:
O
comercial é muito bem bolado, inteligente, com ótimo custo/benefício, em que faz
uma simples brincadeira no qual, se o vendedor é bom – e oferece Tigre como
solução -, pode ser até o lobisomem fazendo venda que está “tudo em casa”.
Quanto à película, não há o que criticar, é um trabalho de publicidade
excelente e com profissionais proeminentes atuantes no mercado. Portanto,
haverá somente utilização da essência
do contexto da propaganda, para explicar o modo de agir do brasileiro perante a
corrupção, não confundido, de forma alguma, o desvio de conduta dos governantes
do país ao comportamento ilibado da empresa de publicidade e da cliente Tigre
(Empresa em excelência de qualidade, líder do mercado de tubos e conexões). Esclarecido tudo, que se faça então as comparações necessárias sobre a semelhança do comercial do Lobisomem com a cultura brasileira sobre corrupção..
Como sabido, em
2006, ano de reeleição de Lula, a oposição apontou: “Mas é o mensalão!”; Eis que
o povo em geral respondeu: “Nãããããooooo!”, porque a economia estava, ao menos,
indo bem. Em 2010, ao Lula fazer sucessora Dilma, com mensalão ainda sem
julgamento e indícios de outros esquemas de desvio de conduta, novamente a
oposição apontou: “Mas é o petrolão!”; Eis que, de novo, a maioria do povo
respondeu: “Nããããoooo!”, porque a economia estava indo mais ou menos e a maioria
da sociedade resolveu fechar os olhos para algumas realidades. Por fim, em
2014, com a corrida eleitoral para reeleição de Dilma, de forma exaustiva (de
novo), com o petrolão começando a ser deflagrada, e com suspeita de “problemas
no BNDES”, mais uma vez a oposição apontou: “Mas é o ‘BNDESÂO!’”; Eis que,
também de forma exaustiva (de novo), a maioria do povo respondeu: “Nâãoo!” (mais
fraco dessa vez), embora fazendo Dilma reeleita pela terceira negação e o
PT obtendo pleito pela quarta vez pela eleição.
E
então a economia ruiu, o povo começa a sentir os efeitos da negação da
realidade, porque a sociedade entrou em convulsão. Passeatas, manifestos,
exigências até mesmo de impeachment da Dilma pulula como uma espécie de epifania,
após muito tempo estático, estourando através de catarse. O povo acorda de um delírio e cobra mudança
através da realidade, pois a ideologia afaga e a vida surra. Diante disso,
agora as pessoas não querem mais relevar problemas de indecência e, hoje,
acreditam fielmente que o aborrecimento, o grande mau do mundo, é a corrupção. Mas o
engraçado é que no passado, ao fingir não ver os impasses de desvio de conduta
dos políticos do PT, os eleitores no passado não acreditavam, por relativizar
virtude, que a corrupção foi uma atribulação colossal.
Tal
situação leva a crer que a corrupção poderia ter vida longa, ou até mesmo
eterna, desde que a economia não ruísse ao caos. Isso é um problema grande,
pois mostra a “flexibilidade” cultural brasileira em questões tão caras (no
sentido de valor não monetário) e importantes para a sociedade em geral. O
brasileiro, portanto, apregoa relativismo da sociedade por questões morais. E,
justamente por causa de tal conduta, o argumento do PT: que todo mundo (no Brasil)
é corrupto porque alguma vez na vida já cometeu algum pequeno delito, como
furar fila ou não devolver troco a mais no mercado, sendo avalizado com boa base
de fundamentação, infelizmente os petistas podem ter, até mesmo, uma ponta de razão.
Por fim, aproveitando, novamente, a tirada do
comercial do lobisomem, a verdade é a seguinte: Ou o brasileiro confessa que
existiu mensalão, petrolão e afins e continua a votar no PT mesmo diante de
tais anomalias, mostrando que é torto mesmo; Ou o brasileiro confessa que
existiram os desvios de conduta e cessam de votar no PT porque “criou” vergonha
na cara, para começar a virar honesto pelo menos nas coisas básicas, a fim
justamente de enfraquecer o argumento do partido dos trabalhadores que há
corrupção em vários pequenos delitos, escancarando que o PT seria o mais do
mesmo (avalizando a corrupção como "causa", e não como defeito). Ou seja, Está na hora de confessar que o Lobisomem existe. Se o chefe
vai continuar ou não com o empregado lobisomem é outra história. O que é
errado, hoje, é fingir que o lobisomem não existe, assim como “não existiram”
as corrupções do PT e seus desdobramentos tenebrosos.
Portanto,
o brasileiro deve se definir sobre os aspectos culturais.
Júlio:
Mas o PT é o Partido do Trambique.
Pelegos
do Governo: Nããããããããããoooooooooo!
Baseado no trabalho disponível em http://efeitoorloff.blogspot.com.br/.
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