Por: Júlio César Anjos
Muitas
pessoas discutem sobre o que realmente faz um país prosperar, se é o apoio do
governo como gestor, ou é deixar as pessoas investirem, em uma luta exaustiva
pelo ponto de vista. O que está mesmo em
curso é que para qualquer sociedade progredir, há a necessidade de tripé, a
saber: infraestrutura; produtividade; e um terceiro fator, que será conhecido a
seguir.
A
Infraestrutura é algo natural e sabido, pois é aquilo que faz a produção ser
escoada, facilita o livre transito de “inter vivos”, além de fazer o translado
entre trocas voluntárias, pois o que faz uma nação ficar rica é a circulação
sem intermitência de mercadoria e serviços. Para escoar produção, criar
ramificação de transporte, seja trem, avião, navio, caminhão e etc, uma
sociedade precisa criar facilidades de livre movimentação. Então infraestrutura
não precisa discutir, não há o que contrariar, é um pilar de avanço e progresso
de uma nação.
A
produtividade também é um ente de melhoramento de país, pois uma sociedade
eficaz tende a fomentar por catalisar a manipulação (fazer com as mãos),
operação e produção de qualquer produto que uma indústria ou serviço esteja
disposto a empenhar trabalho e agregar valor em cima da transformação,
modificação de algum objeto a ser feito ou criado. Uma comunidade produtiva turbina a produção
de qualquer coisa ao máximo, sendo um agente concorrente muito difícil de ser
batido, com ótimo desempenho em vantagem comparativa, ao trocar produtos entre
empresas ou países.
Muitas
pessoas acreditam que somente produtividade e infraestrutura satisfazem a
questão, sendo que somente esses dois fatores já agraciam uma sociedade a ficar
rica, próspera, com opulência espetacular. Se isso fosse verdade, o que não é
de fato, Detroit – Cidade com grande infraestrutura e uma produtividade
incrível – não teria virado cidade fantasma, mesmo com a crise, pois outras
cidades dos EUA conseguiram sair do sufoco, sem passar pelo método penoso que a
cidade americana automotiva a enfrentou, que foi sumir do mapa da industrialização..
Detroit
não teve uma coisa chamada flexibilidade para mudança. Esse é o código mágico:
flexibilidade para mudança. Assim como
uma pessoa bem saudável, forte, regozijando amplamente de vitalidade, com total capacidade para fazer as coisas, se essa pessoa não souber se adaptar às mudanças, esse
ser tenderá a fracassar naquilo que está propenso a executar. O mesmo acontece
com uma sociedade ao não se adaptar, tende a sumir por causa da espera do mundo
de outrora, enquanto o aspecto vindouro ceifa a população por não ser flexível.
Muitas
cidades, comunidades, e até países ficam presos a um só ramo, único setor,
ficando desesperados quando alguma coisa muda o “status quo”. É só ver, agora,
a baixa no barril de petróleo e alguns países desesperados pela situação que
foi condicionada, pois estavam presos somente em um setor econômico, não
diversificando opção, presos pela cegueira da ignorância da riqueza fácil e eterna.
A
história também provê de muitos “causos” ocorridos pela falta do tripé do
progresso. A Espanha, do fim da idade moderna até o início da idade contemporânea,
ficou presa somente pela cegueira da riqueza do ouro, que era explorado nas colônias
americanas, pegando essa geração de “valor” sem o mínimo de esforço como única moeda
para importar produtos dos mais variados do globo terrestre. Os espanhóis,
tidos com a “doença holandesa”, não se adaptaram para criar vários outros
setores de mercado, sendo alavancados somente com o ouro da colônia. O ouro
escasseou, as colônias se rebelaram e, do dia para a noite, com a Espanha
improdutiva, com infraestrutura somente guiada em importação, inflexível e não
adaptável ao mercado (porque não fizeram diversificação), fizeram com que os espanhóis
sofressem uma crise monstruosa que marcou a vida do povo basco daquela época.
A
história conta e o presente se sujeita pelo retrato em questão, o Brasil,
infelizmente, está com a “doença holandesa”. Porque o Brasil não tem o tripé do
progresso (infraestrutura, produtividade, e flexibilidade de adaptação). E isso
gerará uma crise profunda e dolorosa para o povo, pois não ataca a doença com o
remédio certo. O país precisa fazer mudança, saber que há alternativas e se
rebelar com o “status quo”. Tem que arregaçar as mangas para fazer estradas e
criar modos de eficácia de produção, mas também tem que ser flexível e
adaptável. Caso contrário, haverá somente degradação e degeneração. Portanto,
pelo andar da carruagem, a leniência do Brasil tornará o país, até mesmo, comunista (comunismo não
tem – e não precisa – de tripé do progresso).
Portanto, este é o tripé do progresso
(infraestrutura, produtividade, e flexibilidade em adaptação). Pois, mesmo um
povoado tendo infraestrutura e produtividade, como é o caso até mesmo do
império romano, se a população não muda até mesmo o comportamento (jeito de
pensar), a destruição vem de dentro para fora, corroída pela degradação
institucional e geral da nação. Neste ponto, qualquer “vândalo” terá vantagem
mercadológica e social, pois o povo sem o tripé do progresso tende a ficar em
crise, ser destruído pela falta de noção de prosperidade, riqueza, e livre
acesso de bens tangíveis e intangíveis. Tem apenas o retrocesso como resolução.
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Obs:
De tempo em tempo uma sociedade qualquer tem a capacidade de mostrar ao mundo
que é diferente, que sabe mudar, utilizando-se de tal entendimento para adaptar-se à situação. O Brasil hoje está em processo de mudança, com a Dilma podendo ser
destituída, fator que, caso seja realizado, mostraria que o brasileiro não
compactua com as mazelas, além, de mostrar também, que é adaptável e flexível,
criando um pilar forte do tripé do progresso.
Para
melhorar o país: Impeachment da Dilma, já!
Tripé do Progresso de Júlio César Anjos está licenciado com uma Licença Creative Commons - Atribuição-NãoComercial-SemDerivações 4.0 Internacional.
Baseado no trabalho disponível em http://efeitoorloff.blogspot.com.br.
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