Por: Júlio César Anjos
Dilma começa o segundo mandato presidencial
tão fragilizada que a saída parece fugaz. Sem apoio nem mesmo da base
aliada, pululando ao povo a astúcia de retirada por mobilização, a presidente
agora sofre com a sombra de malfeitos e a corrupção a tiracolo. Como é notório
que dificilmente Dilma terminará o mandato, resta saber qual será a escolha que
a mandatária fará entre as alternativas possíveis, a saber: pedir renúncia, ser
destituída, ou colocar tanque na rua (ir contra o povo).
A
democracia do Brasil não chegou à fase adulta ainda, diga-se assim, pois não
possui nem três décadas em curso. Mas já tem na bagagem um impeachment, com o
Collor sendo destituído por causa da usurpação da poupança e um Fiat Elba mal
explicado. Portanto, já tem base
histórica para saber pelo menos o básico do comportamento da sociedade
brasileira. Lembrando que assim como Collor proferiu a seguinte frase; “Minha
gente, não me deixem só”, o Lula faz apologia similar ao pedir para os petistas
defenderem o PT (não deixar a Dilma na mão).
O
Impeachment já é algo conhecido. Mas, e os outros dois fatores, como seria o
comportamento do povo sobre a questão? A renúncia seria uma saída positiva,
pois, apesar de ser uma confissão de fracasso, ao menos preservaria o partido, certamente
a legenda não acabaria por causa de uma hostilidade qualquer. Porém, colocar
tanque na rua é uma temeridade negativa. Colocar a bota contra o povo nunca foi
legal, a história já provou a consequência disto, pode até manter o PT por mais
um tempo no governo, mas a hora que o partido for chutado pelo povo,
dificilmente os mandatários do governo seriam salvaguardados no futuro, sendo
jogados no limbo do ostracismo, e da vergonha alheia histórica eleitoral.
Mas,
vendo o perfil do PT, dificilmente o governo confessará estar errado, pois o
orgulho não permite tal ato de maturação política. O que se presume é que o PT
tentará asfixiar o processo de Impeachment, que obviamente não dará certo, com
o PT entrando em desespero e colocando tanque na rua como solução. Lógico que tal cenário é só conjectura, nada
está certo, nem mesmo se haverá a saída de Dilma do poder, mas o fato é que a
presidente, do jeito que está essa chicana, não governa mais o país, pois a
política caiu em degradação.
Caso
o PT empurre com a barriga os quatro anos de mandato, o desgaste será tão
nocivo para o país que poderá dar livre trânsito, por tornar o povo bovino
perante a desgraça, ao comunismo de fato. E, acredite na verdade, o comunismo
de fato nem o idiota útil quer. Flerta com a porcaria, mas não quer a desgraça
concretizada, pois no sistema comunista só o líder partidário tem as benesses
do poder. Como o idiota útil é da base da pirâmide, estouraria bem no
analfabeto político que provoca a sanha de oferecer guarida a governo arredio
moral, ao arrepio da lei, manter-se no poder por longa data. Ou seja, seria um
ensaio sobre o comunismo manter o PT no poder pacificamente tanto tempo assim.
Com
o Ives Gandra, jurista internacionalmente renomado, dando parecer concreto que
já há base legal para destituir Dilma do poder, é notório que as circunstâncias
são amplas para destituir politicamente a presidente do Brasil. Isso geraria
uma celeuma de formalidade, pois o legislativo tem que cassar o mandato da Dilma.
Se não o fizer, o exército tem que intervir por causa do aparelhamento do
estado (perde-se a democracia). E se nem o exército cumprir o que é da alçada,
aí então é “Sodoma e Gomorra”, com o Brasil refém da bandidagem alinhada. É
efeito cascata. Até para evitar esse desgaste todo, desnudando o aparelhamento,
a Dilma renunciar seria bom para “todos”.
Lembrando
sempre que, enquanto o mensalão estava sendo julgado, o petrolão estava
correndo em exercício. E agora com o petrolão sendo deflagrado, tudo leva crer
que a corrupção seja mudada só de plataforma, operando em outra situação
(BNDES, por exemplo). Deflagrar corrupção não inibe a sanha do petista em
roubar a população. Por isso que tirar a Dilma (e o PT junto) é essencial.
O
Certo era o PT e Dilma terem perdido a eleição de Outubro de 2014. Plantaram o
Diabo para vencer eleição e agora colhem destituição. Ciclo normal da vida.
Na
renúncia, a Dilma evita desgaste institucional, sendo melhor para “todos”. No Impeachment,
haveria desgaste político, com derrota do governo perante o povo. E colocando
tanque na rua, seja com boina vermelha, verde, ou azul, é certo que se manterá
no poder por pouco tempo, com o PT sendo desmantelado e, além de tirano
antidemocrático, destruiria a áurea de partido “bom moço” que o PT finge ter (e
que nunca teve, pois sempre foi radical).
Qual
a saída: Renúncia, Impeachment, ou Tanque? É apostar e esperar pra ver.
Obs: Destituir
presidente é democracia. Golpe é fazer mensalão, petrolão, mentir na eleição,
tudo isso para manter-se no poder absoluto, supremo. Isso é golpe. O resto é
insatisfação popular mesmo.
Renúncia, Impeachment, ou Tanque? de Júlio César Anjos está licenciado com uma Licença Creative Commons - Atribuição-NãoComercial-SemDerivações 4.0 Internacional.
Baseado no trabalho disponível em http://efeitoorloff.blogspot.com.br.
Comentários
Postar um comentário
Comente aqui: