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O Velocímetro Político

Por: Júlio César Anjos

O que acontece se um veículo em movimento frear bruscamente?  Dependendo da força do freio, poderá acontecer um grande acidente. Porque faria o efeito de âncora, que arremessaria o carro ao capotar. E, também, é possível acelerar mesmo com o tempo estacionário? Impossível, pois, um carro, para chegar de zero até centenas de quilômetros por hora, tal veículo tem que ter um espaço tempo satisfatório para chegar à velocidade máxima. O carro mais veloz do mundo chega ao máximo do velocímetro em alguns segundos, pelo menos. Tanto para acelerar quanto para brecar, há a necessidade de tolerância. Ir do mínimo para o máximo ou do máximo para o mínimo de forma radical pode causar desastre. A mesma coisa acontece na política, ao mudar da esquerda para a direita (ou vice versa).

Após 12 anos de PT, a esquerda está acelerando o processo do socialismo no Brasil. E as bandeiras radicais pisam no acelerador sem pudor, a fim de colar o ponteiro do velocímetro ao máximo. Cada passo dado à esquerda faz acelerar o processo de construção até mesmo do comunismo no país. Para eles, o avanço não pode parar. Por isso que se troca o motorista com o carro em movimento.

Já a direita quer frear o avanço da esquerda num rompante perigoso, pois poderá gerar cisão, destruição por fazer uma quebra de paradigma forte. Conservadores e liberais econômicos querem ancorar o projeto da esquerda de implantar o comunismo no Brasil, o que é certo a fazer, mas com a estratégia errada, em que poderá gerar acidente, destruição política e social. Ao invés de um rompante, a parada deverá ser branda, suave, se quiser de fato conquistar o objetivo.

Por isso que a intervenção Militar é uma parada brusca que poderá gerar acidente grave na história política e social. Já o impeachment é a redução de velocidade, em que vai desacelerando o socialismo/comunismo devagar. Lógico que há a necessidade de parar o avanço do comunismo no Brasil, mas deve ser feito pelo aspecto legal, sem o radicalismo que causa destruição. Deve-se conter a bandeira vermelha aos poucos, passo a passo, a fim de combater essa doutrina de deterioração.

Por falar em passos para a conquista estratégica, se o homem, por exemplo, chegar a uma mulher e falar logo o que deseja de fato, que é transar com ela, certamente a mulher vai dará um tapa na cara no cidadão, e o “cara” não conseguirá o objetivo. Mas, ao invés de chegar com tudo, esse mesmo “cara” fizer os passos gradativos de conquista, seguindo o ritual e curso normal da sedução, a possibilidade de conseguir o que queria desde o começo, que é transar com a pretendente, tem maior possibilidade de se concretizar.  A intervenção é assustar a pretendente, como se fosse um tarado. Já o impeachment é a sedução.

Mas a parada brusca se fará necessária somente se o carro estiver desgovernado a ponto de colidir e destruir a sociedade como um todo. Diante disso, é natural fazer um rompante, um cisma, para forçar a parada do veículo em curso, que é a sanha de implantar o comunismo na marra. A intervenção só fará sentido caso o povo queira o impeachment e o legislativo não casse o mandato presidencial. Nesta situação, há um aparelhamento, uma ditadura (não tão) velada em curso, em que as forças armadas seriam necessárias para manter a soberania da nação.

Portanto, quando algum radical da direita quiser implantar os anseios, de uma hora para outra, saiba que essa cisão pode causar colapso no sistema, por ser uma parada brusca em ação. Para a direita radical conseguir o poder, tal segmento político tem que fazer os passos, a saber: Tornar o país menos socialista (centro esquerda); Depois mudar para centrista; Fazê-lo mais direitista; Até chegar ao extremismo da direita política (se é isso mesmo que a direita deseja).  Um país indo para o comunismo e, ao invés de fazer reversão gradativa, a direita querer radicalizar, é fato que vai dar problema social, até mesmo como guerra civil como fim de execução.

Entende-se através da analogia do velocímetro político porque não dá para implantar as coisas sem os passos, ou seja, para frear ou acelerar é preciso de “mini-metas”, marcadores do ponteiro, para chegar até o que deseja.     

Que o povo peça impeachment. Se tal pedido ganhar tamanho e forma, que o legislativo casse o mandato da presidente. Se o legislativo não o fizer o que é do feitio deles, por aparelhamento, que o exército intervenha. Se nem isso acontecer (intervenção militar), então que o povo aceite o que está aí ou se revolte através de guerra civil. Simples. Porque com o PT não dá mais.

Impeachment da Dilma, já!

15 de Março de 2015 - Dia do Impeachment da Dilma.





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