O Neoludista no Ministério
Por: Júlio César Anjos
Ludismo
é o movimento político e social que possui aversão ao avanço tecnológico. O
bloco começou na revolução industrial, após a destruição criativa empregatícia
mudar o “status quo” do mercado. Não adaptáveis ao sistema, os ludistas
quebravam as máquinas que “roubavam” emprego, fugindo da razão que o avanço
econômico e Industrial faz as pessoas prosperarem como um todo – até mesmo
gerando trabalho em outras áreas. A história se encarregou de mostrar o que são
os ludistas, fracassados, não adaptáveis, tiranos que queriam somente permanência
do “status quo”, impedindo o progresso do país como um todo. O problema é que
nem todo mundo faz a lição de casa e, no século XXI, eis que o Brasil coloca um
“Neoludista” no ministério da Ciência e Tecnologia. Trata-se do senhor Aldo
Rebelo, do Partido Comunista do Brasil.
Os
neoludistas hoje não gostam de Ipod, Ipad e qualquer “i” que não seja imposto
(de governo), pois não gostam do “porco capitalista estado-unidense”, mesmo que
o produto em questão seja da Coréia do Sul, sendo produzido na China. Possuem
aversão à evolução que faz melhoramento ao povo, pois essa alteração faz as
pessoas serem mais saudáveis, mais inteligentes, e menos propensas a cair no
engodo ludista do comunismo, que instiga, até mesmo, que o atraso é bom para a
sociedade. Como os ludistas estão embarcados no socialismo, sistema político
que não funciona (e nunca funcionará), há de mostrar a beleza de ser Neandertal,
tudo pelo prisma do “bom selvagem” de Rousseau. Acreditam na utopia que tudo
cai do céu, sem muito esforço a auferir pela conquista. E é por isso que são
contra o capitalismo e a evolução, pois isso gera concorrência, meritocracia,
esforço demasiado para um ludista “preguiçoso” fazer adaptação.
Mas
há outros neoludistas na atualidade, àqueles com medo de mudança, que
demonstram toda a sanha de serem contrários aos avanços econômicos e
tecnológicos que refletem em melhoramento social. É o caso dos estivadores no
porto de Paranaguá, por exemplo, em que fizeram ao máximo para manter o
“próprio” emprego, ao não permitir a perda de empregabilidade por causa da
substituição da manipulação na capatazia, no ramo de movimentação de
mercadorias no cais e dentro do navio. Seria mais interessante para o porto – e
também para o Estado do Paraná – que os estivadores fossem, até, aposentados e
saíssem com indenização para que se fizesse a troca do manual para o
industrial. Mas quem disse que há acerto com ludista? Queriam porque queriam
manter o porto atrasado, sem competitividade, contaminando toda a cadeia
logística de produtividade do estado porque não queriam perder o posto de
trabalho. Não sei como está o porto hoje, mas capatazia existe hoje até nos
portos mais chinfrins mundo afora, “exterminando” o emprego e/ou importância do
estivador, mas agregando valor para o porto por ser rápido, eficiente,
produtivo.
No
ministério de ciência e tecnologia, no governo Dilma, há um neoludista no
comando. Em uma área em que deveria ser extremamente dinâmica, pulsante, competitiva,
o ministério está entregue a um neoludista, que já provocou a sanha de induzir
o atraso como caminho do bom seguir. Aldo Rebelo já propôs projetos que “defendiam”
o proletário, ao criar a velha e conhecida chantagem que a máquina tira emprego
do trabalhador. Pela chancela da ignorância - seja por querer ou não -, o
ministro do PCdoB de Dilma quer tudo atrasado, devagar, paralisado, como a
burocracia e o sistema de matriz produtiva condensada hoje, para obter poder em
ser um magnânimo da política, que cria “riqueza” por decreto, do nada. Pessoas
como Aldo Rebelo defendem a volta da máquina de escrever perante o computador,
pois trabalhadores da Olivett (empresa que fabrica máquina de escrever) “sofreram”
muito ao ter que buscar outro emprego após a mudança do avanço tecnológico vir a
reboque ao melhoramento humano em geral.
Assim
como na cena do filme Zoolander (ver vídeo no fim do artigo), em que o ator
principal não consegue tirar a informação do computador e se comporta como um
macaco – símbolo que mostra a condição primata de ignorância -, a mesma coisa
acontece com um comunista no ministério de ciência e tecnologia, não sabendo o
que fazer por simplesmente não entender como a coisa funciona. Já não haverá
investimento neste ministério porque o Brasil está em crise, contando com a (in)competência
do Aldo Rebelo então é que o negócio não irá para frente mesmo, com o Brasil
ficando cada vez mais atrasado perante o mundo e à própria evolução.
Mas
ninguém irá reclamar de tal situação porque o Brasil desde que mundo é mundo
não possui um sistema robusto de profissionais cientistas pesquisadores no “mercado”.
Então ninguém reclamará que um comunista ocupe um ministério estratégico porque
tudo no Brasil é só formalidade, até mesmo que Ciência E Tecnologia é somente
um enfeite para criar "cabildo" empregatício para cargos comissionados. Surpreso
o país ficaria se muitos intelectuais, cientistas, pesquisadores, pensadores em
geral criticassem o devaneio que é colocar um neoludista para um ministério tão
importante para o país. No Brasil, ciência e tecnologia não tem importância, é
irrelevante. E é por isso que Aldo Rebelo é ministro desse órgão em questão. Pelo
andar da carruagem, está tudo certo, não há o que mudar.
Ainda
bem, pois neoludista detesta mudança. Vida longa ao PT.
Critica à notícia publicada pela mídia:
http://www1.folha.uol.com.br/poder/2014/12/1566952-novo-ministro-da-ciencia-defendeu-posicoes-contrarias-as-da-academia.shtmlCena do filme Zoolander:

O Neoludista no Ministério de Júlio César Anjos está licenciado com uma Licença Creative Commons - Atribuição-NãoComercial-SemDerivações 4.0 Internacional.
Baseado no trabalho disponível em http://efeitoorloff.blogspot.com.br.
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