Por: Júlio César Anjos
Há
duas formas de combater zumbi: Exterminando-os ou curando-os. Nunca se viu,
pelo menos nas produções mais relevantes, a pessoa ter que virar zumbi para
combatê-los. A mesma coisa aconteceu com a eleição de 2014, em que muitos indivíduos, “indignados” com o aspecto “zen” dos tucanos, exigiram que o PSDB fosse
mais agressivo, houvesse mais combate, ao ponto de ter que se transformar pelo pedantismo, mudar de jeito, porque alguns dos cidadãos queriam mais contundência.
E, diante da não mutação, as pessoas em geral ficaram decepcionadas com a
estratégia de ação dos tucanos por não serem como o PT.
Já
foi dito que os tucanos são fleumáticos e os petistas coléricos. Desculpe a
expressão, o termo chulo, mas a “merda procura o cu”. Ou seja, há na concepção
altaneira do padrão efetivo das arregimentadas tendências de conformidades, por
isso que os petistas são militantes e os tucanos filiados. O povo, cansado do
PT no poder, ao não fazer organização para combatê-los com outras searas
políticas, se apegou aos tucanos, ficaram histéricos, e queriam porque queriam
que o PSDB fosse colérico, ao invés de fleumático, forçando fazer o que o
tucano não é de fato, um petista lunático.
Os
petistas, ao andar em grupo e buscar pela causa una, parecem zumbis sociais em
busca de um cérebro para saciar o vício. Quando um petista é agressivo,
arrogante, mentiroso, sem viés algum de boa conduta, o mínimo que se espera de
uma oposição é ser diferente do modus operandi do PT, ou seja, ser calmo,
educado, humilde e verdadeiro. Mas o povo, ao invés de entender as diferenças,
quer fazer do PSDB arrogante, mentiroso, sem boa conduta, tudo para o fim justificar
o meio, sob a premissa que tal assertiva faz vencer eleição. Balela, se o PSDB
tivesse que virar esse zumbi, para combater os zumbis do PT, os tucanos teriam
perdido do mesmo jeito a eleição, pois os eleitores diriam, e agora com razão,
que os partidos seriam todos iguais.
Pela
conduta e pelo marketing, dá para dizer, sem medo de errar, que o PSDB fez tudo
certo nessa eleição. Não foi o tucano que perdeu a eleição, foi o povo
brasileiro que perdeu a compreensão. Pois,
quando uma pessoa não quer ser convencida, por estar atribuída pela convicção,
não há argumento perfeito que faça quebrar tal situação. A maioria do povo
acredita nas mentiras do PT e não há o que fazer nesse aspecto, somente
aguardar e ver se concretizar o fracasso econômico e social de tal grupo
político perante a nação. Se não tem como acabar com os zumbis, há somente de
sobreviver para não se tornar um, ao passo que apenas observa, sem capacidade
de mudar, a degradação.
Assim
como o zumbi, na política também há o combate ou a vacina para conter o
contágio dessa concepção. Pelo método de combate, há o contraponto sem saída,
em que grupos radicais, ao crivo da bala (projetil), se faz a força necessária
para exterminar os zumbis que não são sadios. Esse aspecto é voltado ao
radicalismo, instrumento que só deve ser usado em última instancia, só quando não
há mais solução passiva e o inimigo é muito maroto, para justificar tal atitude
nefasta. Apesar do PT estar insuflando hostilidade na sociedade, ainda dá para
tentar vencer de forma pacifica. Ainda.
Mas
há outra situação, a resolução efetiva pela vacina. Na política, para “curar”
outra pessoa sobre o aspecto errado do jeito de pensar, a ferramenta utilizada
é a argumentação. Política é conversa. E a raiva não governa, desgoverna. Para
salvar o petista contaminado pelo vírus zumbi, há a necessidade de convencer,
de forma pacifica, e com bons argumentos, que o zumbi está errado em ser zumbi.
O duro é que o zumbi petista não tem cérebro, por isso que quer a massa
encefálica do tucano sadio.
Portanto,
os tucanos não podem mesmo virar zumbis, para competir com zumbis petistas. Deve
haver, por obrigatoriedade, o contraponto, o assimétrico, o diferente para
mostrar que não há o igual. Se os tucanos são sadios e os zumbis petistas
arredios, há a defesa de tentar contê-los pela vacina do convencimento político.
Tornar-se petista igual só faz o PSDB
virar um PT azulzinho, feinho por não ser culto, não ter educação, e ser
hostil. Queira ou não, o PSDB é diferente do PT, simples assim.
Espera-se, agora, que as pessoas entendam que ser “bunda mole” (ser pacifico, calmo, gentil) é
uma forma de ser diferente do PT e, por si só, caso as pessoas queiram salvar a
nação zumbi, ter que votar no PSDB pela vacina da diferença e não pela
contaminação da igualdade.
Como a ilustração, não se combate zumbi virando um morto-vivo:
Para Combater Zumbis de Júlio César Anjos está licenciado com uma Licença Creative Commons - Atribuição-NãoComercial-SemDerivações 4.0 Internacional.
Baseado no trabalho disponível em http://efeitoorloff.blogspot.com.br.
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