Por: Júlio César Anjos
Esta
eleição de 2014 será muito útil e educativa, talvez o embate mais importante da
recente democracia, que, de tão jovem, ainda não tem nem pelos pubianos, quanto
mais base consolidada. A instrução não deriva entre oponentes de pleito, mas em
dar o exemplo sobre o que é ser vitorioso, e o que pode ser vencido, através da
(falta) regra do jogo político já conhecido. Tudo na vida tem limite, até mesmo
fazer o diabo para vencer eleição.
O
pleito em 26 de Outubro de 2014 será o de confirmação, de sustento sobre situações que
não foram superadas e que terão o aceite, ou não, pela efetivação do voto. Será
a eleição do referendo, quanto às questões corruptivas. Se Dilma vencer, o
mensalão será referendado e consumado por ter sido irrelevante em três eleições
(2006, 2010, 2014), sendo que tal ato corruptivo iniciou-se em 2003. Será o
referendo e absolvição, também, do Petrolão. O balcão criado, de forma escusa,
na empresa estatal que orgulha o país poderá ter o aceite do povo, se o PT
continuar ao poder. E fará sentido que os roubos eram instrumentações para
causas revolucionárias, não importando os resultados obtidos pelo desdobramento
de tal ato nocivo.
Nesta
eleição, caso a Dilma vença, a economia será algo irrelevante, pois, desde que
o povo receba bolsa família, tudo bem, não importando nem mesmo de onde vem o
dinheiro. Emprego poderá ser coisa superficial. Melhoramento através do suor do
trabalho não será compensatório, ao contrário, será tratado como uma
enfermidade introduzida na sociedade. Dinheiro
não é o importante, pela lição.
Estudar?
Pra que? Basta filiar-se ao partido da estrela que o futuro estará garantido. O
Barba não é apedeuta? Pois então, venceu na vida, é exemplo a seguir. O estado proverá tudo, pois é o que se estuda
nas universidades federais, não é mesmo? Depois dessa lição, não importará
regra, lei, forma culta e outras variantes do meio acadêmico, coisa mais démodé.
O “xiqe oje e iscreve di geito facio”. Está no congresso tal oásis educacional.
Há
também a substituição: Sai: República Federativa do Brasil; Entra: República
Popular do Brasil. República popular, que é eufemismo para "paisinho" comuna
fechadinho. Até porque, até essa hora, o Pacto Federativo só existe no papel,
os Estados são solapados ao interesse do executivo nacional, em todas as searas
possíveis e imagináveis, que vão desde saúde até mesmo o “Operador Nacional do
Sistema” (elétrico).
A
urna decretará de forma categórica, se Dilma ganhar, também, a inutilidade das
instituições do país, pois, como se sabe, o sujeito pode usar da mentira, fazer
sabotagem, assassinar reputação, passar por cima das leis, destruir patrimônio
(publico ou privado), fazer o diabo pra vencer eleição que as corporações não
possuem força para atacar o agente maroto que provoca a sanha de cometer tais
intentos. São funcionários públicos autômatos e caricatos, que não podem fazer
nada porque o “sistema” não permitirá.
Dará
a lição, se Dilma ganhar, que uma democracia constituída pode virar, pelo
próprio voto (poder ao povo), uma ditadura velada e enrustida. Ensinará que a
cultura é algo relativo, sem importância. Também mostrará que o fim justifica o
meio, desde que vença a eleição, tudo bem.
Por
fim, ensinará todos os contrários que não adianta lutar, brincar de democracia,
pois, como se sabe, o resultado já estará definido, pela mão da tirania. Parece
que não, mas essa eleição será a mais lúdica de todos os tempos.
Tal
assertiva não deriva de um terrorismo eleitoral, muito menos de pessimismo
quanto ao futuro, é apenas a realidade sendo condensada, já que se perdendo a
democracia, perde-se também todos os fatores elencados neste artigo elaborado.
A falta de respeito, de confiança, de regra e afins não permitem criar um porto
seguro para o país, jogando a nação ao precipício do caos.
Portanto,
é a eleição da lição. Tanto pro “bem”, quanto para o “mal”.
Aécio
Neves – 45 – Presidente!
A Eleição da Lição de Júlio César Anjos está licenciado com uma Licença Creative Commons - Atribuição-NãoComercial-SemDerivações 4.0 Internacional.
Baseado no trabalho disponível em http://efeitoorloff.blogspot.com.br.
Comentários
Postar um comentário
Comente aqui: