Por: Júlio César Anjos
O
que se pode retirar de informação em um simples ato público? Veja: “Não é um
Discurso, é uma vida!” N fatores que desnudam até mesmo se o governo de Marina
será bom ou não. Vale lembrar que catarse demais gera epifania. Epifania que,
quando chega, sempre é tarde demais, mostrando que a pessoa comovente nem sempre
tem o monopólio da bondade, ou, então, que a crença de bondade não seja algo
bom de fato. Marina é emotiva... Até demais!
Há
uma linha tênue entre a emoção e a loucura. Nero, ao ser emocional demais,
botou fogo em Roma e, perto de morrer, em catarse, disse que Roma perderia um
grande ator. É loucura amparada pela emoção, algo tão sem explicação, que
desnuda que nem todo sentimento é monopólio do bem/bom. Outro sanguinário
também já proferiu: “Há de matar com ternura”, como se a palavra ternura tornar-se-ia
o assassinato em algo banal, que não é maldade na cabeça de tais facínoras que
pensam de forma distorcida e igual.
E
o que é o crime passional se não uma catarse incontrolável que gera violência
por uma explosão emocional? E em muitos casos a motivação do meliante se dá ao
egoísmo, pois o bandido “ama” tanto a vítima, que mata a mulher para ninguém a
ter, como um sentimento emotivo de posse, ceifa uma vida sem ter razão. Muita
emoção pode gerar a razão de ser uma pessoa feia perante a história.
Já
se viu que em nome de fé homem mandou matar outro homem por causa da catarse da
crença, da emoção. Os islâmicos gerenciam os países através de emoção ou razão?
Lógico que esse jeitinho “pastoral”, não em questão de liderança, mas de
margear para onde o pastor deseja que as pessoas sigam, é uma coisa nociva à
sociedade democrática, pois a crença espiritual pode subjugar o certo, criando
uma celeuma de maldades porque o crente acredita que aquilo é o correto a
fazer.
Marina
Diz: “Não é um discurso, é uma vida!”, com o punho cerrado, voz embargada e
catarse explodindo através do microfone do caminhão de som. Chega a assustar
àqueles que não estão conectados por aquele inconsciente coletivo que galga
para o extremismo. Dá a impressão que a
vida da Marina depende de uma eleição! Olha que loucura isso. Essa dependência,
que vale uma vida, na política gera conflito de interesses, cegueira ideológica
e até mesmo desespero pela apelação.
Pessoas
emocionais demais tendem a misturar as coisas, no sentido de que se o
governante não gosta de tal grupo social, não governará para tal segmentação
oponente. Isso pode gerar de gulag a holocausto, pois um amparo emocional de
vingança entre opressor e oprimido, tal situação dá viés político para o
emocional solapar o racional e gerar caos diversos na sociedade.
A
emoção também pode ser um limitador de ação. Já pensou um político que pense em
não agressão, norteado pelo sentimento somente, ao não defender a fronteira e
deixar à revelia a invasão do vizinho nocivo de limítrofe? Seria cômico e
trágico, certamente. Já pensou esse efeito de Mahatma Gandhi no sentido de
inexistir um exército, enquanto o inimigo é um agressor? Com certeza o maroto
que o ataca terá sucesso porque vê a fraqueza que a cegueira da convicção gera
em uma pessoa com muita emoção, deturpando até mesmo o que é ser bom por mandar
à morte o próprio conterrâneo sem defesa.
Haverá situações em que o certo a fazer
conflitará com a emoção. O Movimento dos sem teto, por exemplo, quer invadir
propriedade alheia. Na teoria, o MTST tem um pontinho de legitimidade nas
ações. Mas esse pontinho de veracidade é sobreposto diante de pessoas que se
utilizam de tal fundamento para solapar interesses privados e/ou políticos,
desvirtuando a essência da causa, mostrando que esse movimento se mexe para o
caos. O MST, portanto, sobrepõe o interesse de coletivo ao do individuo que,
com suor do trabalho, é locatário ou financiado imobiliário. Até porque ser do
MST automaticamente faz os locatários e financiados ficarem pensando se estão
mesmos certos em serem honestos. Afinal, o próprio governo incentiva não honrar
nada e ponto final. Marina terá uma bondade e uma maldade: Ser bondosa com MST
e maldosa com locatário ou financiado; ou ser maldosa com MST e bondosa com o
trabalhador que é locatário e financiado? Dilema que certamente ocorrerá e que
também mostra que bondade e maldade dependem sim de ponto de vista,
infelizmente.
O
mundo inteiro sabe que Marina não irá contra o MST. São amigos de marcha nos
tempos de “vacas magras”. Portanto, fará maldade no mercado e na tradição da
sociedade, em que mostra de forma velada que o locatário e o financiado da casa
própria não passam de uma espécie de “trouxa” que paga soldo para um
capitalista nefasto. Marina, por ser
sonhática, poderá acabar com o mercado, pela pseudo-bondade que acredita
possuir. Mas destruir o suor do trabalho e a conquista do imóvel pelo mérito é
algo bem feio e caricato, criando mais desastres e caos num futuro tenebroso
que está por vir.
Marina,
na teoria, é contra o bolivarianismo. Este grupo social especifico é
rudimentar, não sabe negociar e será maroto ao fazer agressão de qualquer
natureza contra os contrários de tal segmento. A partir do momento que Marina
fizer concessões a esse grupo, mostrará que não estará contra tais anseios e escancarará
para os desavisados que marina é bolivariana também, não por querer, mas por
agir a favor de tal grupo de pressão. Onde está a bondade em deixar o
bolivarianismo solapar a soberania nocional? São conflitos que somente com o
emocional não dá para postergar. Marina terá que usar a razão para resolver
problemas complexos, como no caso do comunismo latino.
A
marina sonhática, aquela cheia de emoção, terá problemas para governar. Não basta
só querer no fundo do coração e esperar um milagre cair do céu, assim como não
basta apenas ser uma pessoa “doce” (o que marina está longe de ser) para
margear a nação para o melhoramento econômico e social. Lógico que emoção,
sendo intrínseco natural do homem, é uma coisa boa. Porém, emoção (assim como a
fé) demais não cheira bem.
Política
precisa de cabeça e coração. Só cabeça ou só coração mina o próprio governo, se
perdendo pela (auto)enganação.
___________
Marina
é emocional demais, Dilma é “gerentona” (xerife, coronel, autoritária) demais,
e o único político com equilíbrio, centrado, um pouco mais inclinado pela razão
é, certamente, Aécio Neves, o mais preparado para ser Presidente da nação.
Aécio
Neves – 45 – Presidente!
Marina Diz: “Não é um Discurso, é uma Vida!” de Júlio César Anjos está licenciado com uma Licença Creative Commons - Atribuição-NãoComercial-SemDerivações 4.0 Internacional.
Baseado no trabalho disponível em http://efeitoorloff.blogspot.com.br.
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