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Marina Cisma

Por: Júlio César Anjos

Marina cisma querer ser presidente. Mesmo com uma base cismada, ela quer forçar a lei da natureza, e eleitoral, para conquistar a vaga de gerente do Brasil. Todo mundo gosta de superar obstáculos, vencer barreiras, ser importante por ter conquistado, por mérito, uma situação que trabalhou duro para se concretizar. Mas nem toda a vitória significa materialização do melhor, pois, como se sabe, a política tende a boicotar tal assertiva, sendo que “qualquer um” pode ser o representante máximo de uma nação “democrática”. A candidata do PSB quer ser “presidenta” porque é “sonhática”. Sonho que poderá, caso não mude o jeitinho de ser (e até de pensar), virar um pesadelo.

O cisma, como racha, é etimológico utilizado para explicar a quebra somente de divergência pontual, mantendo a base de pensamento. É a fissura dentro de um mesmo objeto padrão. Os judeus fizeram o cisma que dividiu as tribos de Israel e Judá. A mesma coisa aconteceu com o cisma entre católico e protestante. Percebe-se que não houve mudança, apenas quebrou, como se rachasse uma tigela, que, ao remontar pela fissura, forma de novo o objeto quebrado.  E, nesse sentido, Marina tem cisma profundo com a própria base de governo.

Todavia, já há, também, dissidência na base de Marina, em que alguns colaboradores não gostaram da abordagem da “sonhática”, em alguma situação extraordinária, em que a candidata já mostrou as asinhas de comunista onipotente, que acredita ser messiânica sem ao menos ter conquistado o maior cargo da nação.  A base de governo da Marina já nasce com pedantismo, que rima bem com petismo, maçante, caricato, sem respeito pelo ser humano, defeito de uma esquerda que acha mais do que é de fato. Se já começa com cisma por causa de falta de respeito, é notório saber que já vem com problema sério para governar, é sintomático pela prova real tal situação.

E Marina cisma que está certa em ser desse jeitinho. A teimosia em agir do mesmo jeito que os antecessores petistas mostram que o fruto não cai muito longe do cesto, e que eleger marina seria o mais do mesmo. Cisma em não querer dividir o palanque com os dois melhores governadores do país (Alckmin e Beto Richa), pois deve ter algum ressentimento por trás, indo contra a própria filosofia de candidata que almeja “governar para todos”, menos para Paraná e São Paulo, pelo jeito. Parece também que quer fazer uma coalizão arco-íris, com PT e PSDB na composição, o que todo mundo já sabe de antemão que não dará certo, pois água e vinho não se misturam dentro de um recipiente.

Marina cisma também em acabar com o bolivarianismo, sem provocar o cisma de que tem que cortar o cordão umbilical do socialismo/comunismo. Há também os cismas dos Silvas, sem que deixe de gostar do outro Silva, o pai do mensalão e co-criador do partido da corrupção chamado PT. Marina até cisma em ser oposição, mesmo o mundo todo sabendo que não é divergente do atual governo. Entre a teimosia e a fissura, Marina diz que governará para todos, mesmo todos sabendo da fissão na própria base, forçando a idéia de que fará boa administração sem cortar viés do passado vermelho. É difícil, mas vai que cola tal alusão.

Ao ver tal situação, não pelo prisma da coerência, mas pelo jeito comunista de governar, sempre há mesmo a teimosia de fazer aquilo que acredita em essência, mesmo todo mundo dizendo para não fazer tal continuação, é “modus operandi” da esquerda e do PT, que leva Marina forçar disposição pela crença, nem que faça mal para a maioria, para toda a nação, só para satisfazer o partidão. E também, ao ver a base governista da atual gestão, faz sentido governar por rachaduras, pois é uma fissura de uma mesma simetria, como a quebra de um prato caído no chão. São iguais ao ser sedento pelo poder, porém diferentes somente em uma questão ou outra, que provoca a fissura que se acredita que dá para colar.

O povo também cisma. Eleitores divididos na eleição mais disputada da democracia recente do Brasil; além de que cisma em querer Dilma e/ou Marina presidente. Com o país quebrado (pelo aspecto econômico e social), e o povo com virtude destruída, tal mosaico pode criar somente um remendo provisório, sem resolver, pela mudança de peça, a situação de fato.

O cisma de Marina já mostra a fraqueza gerencial; a cisma escancara que poderá fazer de tudo (até mesmo o Diabo?) para subir ao poder.  Se Marina cisma e o povo cisma, esse casório dará um componente colado por ser montado através de um composto que faz ilusão e também alusão a peça estar inteira. Mas a peça não é legítima, está quebrada e colada, com os cacos juntados por um adesivo que não cola.

Depois em 2015, eleitor/leitor/contribuinte, não vá espernear na rua, pois a democracia é agora e não há o que cismar.  


PS: Pode ser que se verá teatrinho, pois como dizia Ulysses: “Em política, até raiva é combinada”, cisma falso entre Lula e Marina, para criar a pseudo-oposição, mantendo a teoria das tesouras, governando mesmo sendo situação ou oposição.

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Baseado no trabalho disponível em http://efeitoorloff.blogspot.com.br.

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