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A tendência da Violência


Por: Júlio César Anjos

Em qualquer roda de conversa ou debate na TV, o que mais se vê é a resignação sob o prisma que a violência no Brasil está alarmante. É fato e notório constatar que o índice de ato criminoso só aumenta, sem um contraponto efetivo que modifique tal situação, tolhendo o sucesso da paz na sociedade nacional. E em muitos casos vêm as idéias que podem modificar o cenário. Contudo, as opções rebatem ao contraditório do ideário de um pensamento mono, em que não há brechas para modificações do atual sistema, deixando a violência viva pela ignorância do próprio povo.

Conversando com um amigo, muito bacana, mas inocente sob as coisas mundanas, a concepção flerta com as seguintes indagações e resposta padrão. Diante das delongas, eis as perguntas e repostas durante a entrevista de confraternização:

Pergunta:
- Pergunta: És a favor da redução da maioridade penal?
- Resposta: Não.
- Pergunta: És a favor de armamento da população?
- Resposta: Não.
- Pergunta: És a favor de pena de morte?
- Resposta: Não.
- Pergunta: És a favor do investimento pesado na segurança?
- Resposta: Não
- Pergunta: És a favor de penas severas para bandidos?
- Resposta: Não.
- Pergunta: És a favor de a segurança privada poder portar e utilizar arma?
- Resposta: Não.
- Pergunta: És a favor de o bandido ter que trabalhar para pagar os custos de estar preso?
- Resposta: Não.

Não, não, não....

Portanto, por mais que uma pessoa possa ser boa, por mais que seja um cidadão exemplar, por mais que tenha boa vontade e seja honesta, se essa pessoa não quer mudar o sistema porque tem empecilhos ideológicos por trás, ou seja, a ideologia impede de mudar de conceito, esse indivíduo é uma pessoa feia, por motivos óbvios.

Todo mundo quer a redução da violência no Brasil. E, agora, é preciso ceder em alguns pontos para ver se, pela tentativa e erro, o Brasil melhora pela  introdução de outra forma de agir/fazer/pensar.

Não dar o braço a torcer em nenhum ponto discutido sobre tal problema, é manter o sistema errado e nefasto em funcionamento eterno, na sociedade brasileira.

É difícil confessar estar errado, pelo orgulho, em uma questão ideológica, em que a emoção sobrepõe a razão. Porém, para trazer a paz para a nação, há de ser flexível e fazer certas modificações que são a contragosto dos bandidos e das "pessoas de boa fé" que defendem, nem que sem querer, os nefastos, os marotos, os gatunos do país.

Seja honesto e concorde que, sem mudanças profundas, não dá para obter resultados diferentes, sendo que se faz a mesma coisa sempre e sempre.


A continuar desse jeito, a tendência é o aumento gradativo da violência.

Licença Creative Commons
A tendência da Violência de Júlio César Anjos está licenciado com uma Licença Creative Commons - Atribuição-NãoComercial-SemDerivações 4.0 Internacional.
Baseado no trabalho disponível em http://efeitoorloff.blogspot.com.br.

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