Por: Júlio César Anjos
Alguns
países do regime bolivariano sul-americano resolveram fazer gatunagem com a
dinâmica do bloco econômico, esculpindo várias traquinagens e arranjos
financeiros que transitaram entre a magia e a fraude, como se a ilusão não
fosse engano, não cabendo aos povos acreditarem que se tratava de
charlatanismo, um estelionato pragmático e coletivo. A maioria dos países
resolveu enveredar por congelar preço na caneta, como Venezuela e Argentina, e
outros decidiram fazer diferentes tipos de freio econômico, como o Brasil ao
fazer congelamento de preço indireto.
Já
é sabido que o governo do PT congelou na caneta a luz, o Petróleo, e até mesmo
a taxa de juros SELIC e etc. Porém, o feitiço virou contra o feiticeiro,
surgindo mais inflação do que acometido em outrora. Outras vertentes, como o
transporte, o PT resolveu congelar o preço através de “reivindicação do povo”,
como se o movimento passe livre fosse uma organização espontânea emanada pela
população. O PT conseguiu fazer a chantagem e brecar o preço de forma
impositiva, pois o “povo” queria catraca livre. Como já dito, se o povo quer
mesmo congelamento de preço, como se a era “Sarney” fosse a solução, o futuro
do país estará definido, com a nação caindo na destruição.
Para
tanto, ao trilhar contra os produtos perecíveis de consumo, o MST faz a
regulamentação via chantagem, tanto quando a produção está em alta, para não deixar
rural crescer, quanto para dar uma forçada para o produtor aumentar a produção,
criando a animosidade de furto da propriedade caso deixe-a “improdutiva”. Mas o
que mais chama a atenção, nesses tempos, é a hipótese do leite ser adulterado
para congelar o preço do produto. Pode ser uma teoria da conspiração, mas se
ligar os indícios, o quebra-cabeça do crime é encaixado, desnudado pelos fatos
que fazem acreditar em tal ação articulada.
Se
compreender pelo Ceteris Paribus, o leite, quando foi flagrado com adulteração,
na teoria tal produto contaminado deveria ser jogado fora, criando um custo
elevado para a recuperação de lucro do próprio leite. Com o agravante do
escândalo, na teoria, deveria diminuir a demanda de pessoas que continuassem a
confiar em comprar leite, criando uma dificuldade em vender o leite “novo”, que
acabara de sair do beneficiamento. Repare que não há um excesso de oferta de
leite porque o produto contaminado foi jogado; mas diminuiu em curto prazo a
demanda, pois muitas pessoas perderam a “vontade’ de comprar leite fraudado por
aí. Se o comerciante de leite não tem a produção em excesso, diminuiu a demanda
de pessoas interessadas pelo produto, além do comerciante de laticínio ter que
recuperar o custo do leite contaminado que foi jogado fora, é lógico que o
preço do leite deveria ter um aumento significativo.
Mas
o leite, por uma mágica triunfal, continuou estável, como se não tivesse
afetado a oferta e demanda, e como se os comerciantes de leite não tivessem
prejuízos (ao terem que reverter a situação, por obterem prejuízo), um cenário
econômico como se nada tivesse acontecido, sem gerar nem deflação e muito menos
inflação em tal produto.
A
imprensa cita os casos, a contaminação do produto, como se fossem banalidades
que acometem de forma isolada, mesmo que todos os consumidores atentem ao fato
que são enésimas aos “fatos isolados” de contaminação de leite, como se fosse
uma epidemia de fatos isolados, o que é papinho para somente “inglês” ver. Sem
falar que a mídia não dá ênfase em algo tão importante, pois é questão de saúde
do povo, como se colocar formol, água oxigenada, uréia e demais derivativos
nocivos ao consumo humano, fosse um errinho qualquer, sem importância plena.
O
governo então, nem se fala, o caso é escandaloso, mas a turma do palácio não
levanta uma palha para punir os bandidos que atentam em gerar doenças ao povo inocente
da nação. É uma espécie de consentimento, é legal tal ação, pois o caso não é
explorado com urgência em Brasília, e também ninguém é preso, além de que nenhum
comerciante de leite teve que fechar o negócio, como se tal “probleminha” não
fosse algo sério. Tem até selo de inspeção pelo Ministério da Agricultura.
Como
esse veneno colocado no leite não é letal no curto prazo, sendo que os sintomas
se agravam ao consumo pelo longo prazo, as pessoas só terão doenças crônicas (e
até letais) daqui uns, sei lá, 10 a 15 anos, então o governo não tem pressa em
resolver isso, está cômodo o preço ficar congelado via leite adulterado. É
normal tal situação. Se a doença aparecesse no curto prazo, certamente haveria
reuniões e reuniões a respeito de tal desatino, pois seria negativo para o
governo atual. Como a doença pode ser desencadeada há algumas décadas, não há
porque perder o sono com esse detalhe bobo, não é mesmo(?).
A
conclusão a chegar é que o leite adulterado congelou o preço do leite de forma
milagrosa. E ninguém foi punido de forma espantosa. Resta saber, agora, se tal
ocorrência foi só uma coincidência, ou é algo articulado e armado para não negativar
a imagem da presidente-candidata no curto prazo. E aí alguém inocente pergunta:
“Mas ser conivente com o povo ter a possibilidade de contrair doença no longo
prazo não afeta mais a imagem que inflação? A resposta é que a inflação é o
agora, fere a imagem negativamente neste momento, ao passo que a doença poderá
ser desencadeada no longo prazo, ou seja, daqui quinze anos, por isso será
difícil embasar “lé com cré” sobre tal conjuntura atual no futuro.
Foi muito esquisito o leite não ter oscilado
neste período de flagra do leite adulterado, como se nada tivesse acontecido,
com o preço derivando somente ao passo da inflação.
O
negócio foi Esquisito. Mas, relaxa, é só “teoria da conspiração”.
Preço Congelado via Leite Adulterado de Júlio César Anjos está licenciado com uma Licença Creative Commons - Atribuição-NãoComercial-SemDerivações 4.0 Internacional.
Baseado no trabalho disponível em http://efeitoorloff.blogspot.com.br.
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