Por: Júlio César Anjos
O
barulho que o povo faz sobre questões políticas nada mais é que soluços
provocados, de tempo em tempo, por anomalias ocasionadas no ambiente em que tal
eleitor está impetrado. O brasileiro só é político com afinco, nas questões de
saber realmente o que fazer pelo país, quando é chegada a hora das eleições. É
na urna de votação que a sociedade soluça sem cessar, tal como a disfunção
corporal sintetiza tal anomalia provocada pelo sistema corporal, as pessoas
também ecoam de forma rítmica e sistêmica a falta de conhecimento sem parar.
Mas,
mesmo com essa forma salutar em manter um grupo no poder, o problema do erro do
voto não deriva do resultado finalizado, e condensado em um político eleito
corrupto ou ineficiente, o que faz mostrar de fato que uma pessoa errou na
eleição, é quando o individuo mantém o voto em tal grupo comprovadamente
corrupto e inoperante, mantendo o errado no poder.
O
opositor sempre, ao tentar convencer outras pessoas que deram voto de confiança de forma errada à equipe atual (a chapa da situação), a praticar mudança na hora da eleição, sempre mostra as falhas
de tal grupo político e diz: “Está vendo, errou na hora de votar”. Tal
pensamento é imaturo e errado, pois, mesmo que existam problemas pós-sabatina,
o eleitor votou por causa de várias influencias internas e externas, pois
achou, naquele momento, que era o melhor a fazer, era o político certo e confiável no passado.
A
menos que a sociedade tenha inventado de fato o Delorean (carro do filme de
volta para o Futuro) ou a máquina de previsão de crimes (como o do filme
Minority Report), o fato é que não dá para saber o que o homem eleito fará pós-votação.
Antes não há possibilidade de prever a falha do cidadão junto com o grupo
político que tal sujeito se condiciona; mas pós-ocorrência, se tal eleitor
continuar a votar no errado, aí sim sintetiza o erro ao votar.
Votar
errado, portanto, é dar voto de confiança a quem não é confiável. Um ficha
suja, um corrupto que está em execução judicial, uma pessoa que não inspira
confiança, não importa, o candidato sempre dá indícios de conduta, o que
importa realmente é analisar informações, verificar conduta de envergadura
moral e estabelecer confiança a realmente quem, naquele momento, merece tal apoio.
E mesmo assim, é capaz do homem que aufere confiança, quebra conduta e se
transforma após o poder. Errar voto é acertar sabatina para político desonesto.
Votar Errado de Júlio César Anjos é licenciado sob uma Licença Creative Commons Atribuição-NãoComercial-SemDerivados 3.0 Não Adaptada.
Baseado no trabalho em http://efeitoorloff.blogspot.com.br.
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