Só peixe faminto é que cai em engodo

Por: Júlio César Anjos

Só foi o Reinaldo Azevedo aparecer na folha de São Paulo que as tendências políticas margearam pelos pensamentos das bravatas, com um pesado tom de insatisfação, como se fosse um parasita incomodando todo o sistema de um hospedeiro saudável. Tudo normal se não fosse o ataque articulado que pareceu proposital, um golpe rábico do “mainstream” que chegou a chocar e também a fazer duvidar.

O fato é que, de qualquer maneira, Azevedo não seria bem visto na seara socialista retumbante.  E que também seria hostilizado pela ditadura de pensamento do Hezbollah do ocidente, que flerta com AsFarc e até PCC. Ser inimigo de gangue remonta em ser hostilizado em grandes quantidades, pois o grupo de pressão só sabe mesmo é cobrar satisfação de quem não precisa prestar contas a ninguém. Reinaldo Azevedo foi julgado, sentenciado, e condenado a ser inimigo da turma que não gosta do contraditório, que não flerta com a democracia, que só faz desdém.

A direita logo resolveu criar a própria “vitimização” e ostentar a salvaguarda de proteção invisível da sociedade, que nada mais é que apelar pelo sentimento alheio em uma situação ofensiva. Os homens sendo golpeados possuem o canal de comunicação para fazer a autodefesa, não precisa se apegar no conceito de violência para sair vencedor de uma contundência praticada por opositor. Porém, se assim o fazem, que aceite ser a marionete das ações praticadas ao conceito.   

As hostilidades vieram de forma sistêmica, padronizada, quase lírica (para o lado de lá), como se tal agravante fosse metódico e estratégico. Eis que somente peixe faminto é que cai no engodo. A verdadeira estratégia do O Globo, da Folha de São Paulo, do Estadão entre outras mídias, é somente colocar as mesmas personagens da direita e/ou conservadorismo, criando hipérbole laboral que pode fazer pensador qualquer ficar com uma congestão profissional.

Com as mesmas figuras carimbadas da direita conservadora em vários jornais concorrentes só faz reverberar um pensamento de linha de raciocínio unilateral, modificando algumas semânticas, mas com a essência igual entre os vários escritos e de múltiplos canais de comunicação. Reinaldo Azevedo, com certeza não poderá somente copiar e colar as alegações descritas nas repartições, tendo que modificar, ou seja, aumentar o dispêndio de trabalho para conseguir atender às demandas que foram ofertadas.

E a estratégia da esquerda é exatamente minar os pensadores da direita conservadora do Brasil. A estratégia da esquerda não é destruir a reputação do pensador adverso, mas sim fazer o homem trabalhador arrefecer. E também retirar o poder do canal de comunicação que estava sendo eficiente e eficaz, no caso da Veja, para dissipar os leitores do canal de comunicação principal de Azevedo.   

O certo seria os canais de comunicação buscar outros profissionais com pensamentos de direita conservadora, além de abrir maior espaço para novos entusiastas de tal doutrina, criando um leque maior de conceitos da filosofia que agora começa a ter também abertura de mercado.  Porém, a Folha está conservadora até demais, ao contratar o renomado pensador Reinaldo Azevedo para redigir pensamentos em troca de espaço midiático.

O objetivo da abertura, para quem não pescou ainda a linha de raciocínio, é que, abrindo espaço para um ou autor renomado, a sociedade sentiria que a esquerda não seria bolivariana, criando um aspecto de liberdade, de democracia, como se verdade fosse. A turma de lá é ardilosa e tudo tem que ser pontuado, até mesmo a boa intenção (de boa intenção o inferno está cheio).  Os contrários criticam tal abertura, mas a crônica é publicada, o que dá o ar de não agressão, de não violência, de não coerção, pela sociedade que verá o link na internet e dirá: “está vendo, o governo não é esse bicho papão que dizem que é”. É de amendrontar as articulações maliciosas da esquerda.

Medo.

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