Por: Júlio César Anjos
Lucro
Abusivo não existe. O que existe é tão somente lucro. Ao passo que individuo
qualquer auferiu ganhos elevados, é porque há alguma incongruência no mercado.
Penalizar o empresário por obter altos rendimentos, faz o curso inverter,
tornando impossível tal empreender manter-se até mesmo atividade em
funcionamento. Impor condições ao lucro, em querer controlar taxa de retorno,
além de outras situações bizarras de intervenientes, só faz o mercado arrefecer
por ser incomodado a todo instante.
Suponha
que exista um casal de enamorados que se amam muito. Com certeza cada ente está
em lucro com pretendente, derivando de um plus chamado paixão, que é o lucro
materializado em forma de amor. Se acabar a chama, a química entre física e
sentimental não compatibilizar mais, quebra-se o vínculo de troca mutua de
afeto, gerando déficits de convívio. E o acumulo desse prejuízo desencadeia a
falência do relacionamento, que se materializa em separação. Porém, se o mesmo casal mostra o afeto de
forma mais forte, contundente, de um modo que chega a eclodir a sensação mutua
entre duas pessoas, com hiper-demonstração de carinho, reflete-se naquela forma
“melosa” o fato de casais se amarem e mostrarem para todas as “bobices” de
conjugal que flerta sem parar.
O
casal meloso em questão possui forças e oportunidades para serem felizes, sem
terem as fraquezas e as ameaças (análise SWOT) que deixariam menos
entusiasmados daquele momento mágico do amor. Por isso que a paixão escancara o
além do normal, sendo considerado até mesmo um amor abusivo aos olhos de
pessoas rabugentas e sem amor no coração. Pessoas invejosas, assim como não
gostam de ver enamorados felizes, não gostam de ver outros prosperarem
financeiramente, atacam o oponente com um suposto “abusivo”, decretando que
aquele “surplus value”, ou seja, o “mais-valia” do amor ou do dinheiro, não
cabe para a sociedade.
Se
uma empresa está lucrando “abusivamente” de tal mercado em que está condensado,
tal anomalia tem várias explicações, não sendo motivo de desculpa o lucro como
sendo algo ruim. Uma empresa, por exemplo, pode ser a única fornecedora do
mercado, tendo grande publico por ter chegado primeiro a um nicho mercantil, se
aproveitando da primazia do negócio. De outro modo, poucas empresas, por
exemplo, podem obter ganhos em forma de cartel, com o próprio governo
defendendo seleto grupo de felizardos. Pode, também, ser um monopólio estatal
que impede concorrência via decreto. Enfim, inúmeras situações podem explicar
porque uma empresa está lucrando abusivamente, não sendo, portanto, uma forma
exploratória de indústria tirana contra proletários e povos coitados, que são
subjugados por uma suposta coerção.
Assim
como o casal é “meloso”, o lucro “abusivo” tende, com o passar do tempo,
arrefecer. Não há como conseguir lucro exorbitante, em um mercado saudável, em
que a concorrência está de olho em nichos, de forma retilínea e uniforme. Assim
como o tempo também esfria a explosão sentimental de enamorados recém
flertados, que gostam de superávits do amor. Da mesma forma que o casal
apaixonado não é vilão de história alguma, o capitalista nem de longe é o “Lex
Luthor” que muita gente retardada (no sentido de atrasada) profere por aí. O
vilão, em muitos casos, está na pessoa invejosa, que por ser infeliz e
fracassada, decide derrubar outrem que é feliz e bem-sucedida. Ou, então, em
governos que criam seletos grupos de benesses, desvirtuando o bom andamento do
mercado.
Todas
as argumentações em cima de lucro abusivo provem de uma pessoa invejosa por
natureza.
Sinônimo da palavra “abusivo”, nesta questão
(referente a lucro): falta bom-senso, exorbitante, exploratório e etc. São expressões
que só refletem inveja.
Lucro “Abusivo” de Júlio César Anjos é licenciado sob uma Licença Creative Commons Atribuição-NãoComercial-SemDerivados 3.0 Não Adaptada.
Baseado no trabalho em http://efeitoorloff.blogspot.com.br.
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