Por: Júlio César Anjos
O
PT vai se utilizar, mais uma vez, da privatização. O partido que há pouco tempo
exorcizava tal iniciativa austera, econômica e racional, agora, vendo o circo
pegar fogo e a crise se instalar ao âmbito nacional, deixa a hipocrisia guardada
no estoque porque infelizmente é o certo a fazer. Há discussões sobre o como
fazer, se a partilha é o melhor sistema de privatização de outras, ou se há
alternativas para impedir tal negociação. O fato é que o sistema exauriu, seja
pela incompetência vermelha ou pelo método rudimentar sacramentado desde a época
de Vargas, o fato é que estatismo nunca dá certo, nunca é bem-sucedido. Mas a principal pergunta que permeia toda
rodada de negociação é única: O pré-sal existe? Para responder a pergunta, há a necessidade de
comparação com outro produto similar, a fim de deixar mais lúdica a defesa de
que o pré-sal não existe de fato.
Agora,
Imagine senhores, para critério de comparação, um turismo lunar. A lua existe?
Certamente que sim. O homem já foi até lá? Com certeza. Há viabilidade? Lógico que
não. O pré-sal é como o turismo lunar, as bacias estão lá esperando por alguém
explorar, há certezas técnicas sobre certas quantidades (embora com muitos
bolsões vazios), mas, infelizmente, é inviável econômica e financeiramente. Ou
seja, não existe porque não está em funcionamento e, provavelmente, demorará
muito tempo para ser (se for algum dia) viável tal negócio petrolífero.
E
neste tempo de incertezas, a única certeza é que o partido do atual governo vai
privatizar. Ao eufemizar circunstancia, uma Partilha, concessão, usufruto,
tanto faz, qualquer coisa que seja do Estado e seja ofertado para um
capitalista fazer dinheiro, tal situação é PRIVATIZAÇÃO, algo que era de interesse
comum e geral tornou-se privativo para
quem foi beneficiado por tal transação. O problema é que a administração que aí
está não possui "expertise" para privatizar, são comunistas fazendo gatunagem com
a coisa pública, sem o menor pudor ou peso na consciência sobre o que fazem
hoje, pois não pensam no futuro porque o que importa é ganhar a eleição de agora.
Portanto, a privatização será a válvula de escape para o governo faturar a
eleição.
Mas,
já que o pré-sal é inviável e as empresas capitalistas zarparam, quem comprará
uma bodega dessas? Simples: 1) “capitalistas” de Estado Brasileiros e/ou
governos ditatoriais de algum país asqueroso que queira lavar o dinheiro sujo
de sangue. O primeiro grupo econômico será, com certeza, lesado; já o outro
está investindo com um dinheiro que pode ser torrado, não se importando do
insucesso do empreendimento. Para os brasileiros, o melhor seria Chinês torrar
o dinheiro dos impostos deles por aqui, seria um estelionato que o Brasil cometeria
contra um estrangeiro e não contra um conterrâneo. Mas pode ser de algum lesado
querer ser Eike Batista 2.0 e tunado, pois o empresário brasileiro gosta desse
sistema ardil.
E
as conseqüências determinam um resultado final. Saber tal resultado não deriva
de consulta a búzios ou receber orixás, é somente uma crônica de tragédia
continuada, pois, no final, o capitalista que pegar tal entranha chorará a
todos os cantos que fora estuprado, mesmo todos sabendo que o consentimento foi
legal. E, para o estrangeiro, a conclusão não é muito diferente. Se a empresa
não conseguir objetivos, conclui a inviabilidade e vai embora frustrado por ter
acreditado na banania. Porém, se o pré-sal der fruto, caberá a algum PSTU da
vida, via próprio PT, tomar à força a riqueza do país, pois o “petróleo é
nosso!”. Raramente alguém ganha alguma coisa com o PT. Em uma negociação com
país comunista, somente os líderes comunistas conseguem alguma coisa, nada
mais.
Os
engravatados que se dizem entendidos irão até a TV para falarem sobre a melhor
negociação de tal rodada, a saber, pois o fato é que os acordos são ruins, não
perfazem um melhoramento nem para o país e muito menos para o investidor, sendo
somente um sussurro, uma válvula de escape, para o PT se manter no poder. Quem
tiver acuidade visual verá a palhaçada que se estenderá por anos, pois é
engraçado ver todos os erros sendo reveladas e muitas pessoas fingindo-se que
não sabiam que tal conseqüência iria ocorrer.
O
certo seria privatizar totalmente a Petrobras. O país se livraria do câncer cabildo
de emprego de comunista, ao deixar de pagar salários de parasitas estatais,
além de abrir mercado de fato para vários países prospectarem o pré-sal e
tornar vivo o mercado do petróleo no país. Desta forma de “partilha”, o país
vende os possíveis barris e continua com essa grande empresa fossilizada,
inviável, e que só dá prejuízo chamado Petrobrás.
Por
fim, a conversa racional com a consciência:
-O
pré-sal é dele.
-Dele
quem?
-Não
sei. Só sei que não é meu.
O Pré-Sal de Júlio César Anjos é licenciado sob uma Licença Creative Commons Atribuição-NãoComercial-SemDerivados 3.0 Não Adaptada.
Baseado no trabalho em http://efeitoorloff.blogspot.com.br.
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