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O Bolo Comunista


Por: Júlio César Anjos

Imaginem que, no século XIX, certo alguém resolveu escrever uma receita de bolo muito elaborada sobre as convicções que pensara em dado instante. O pensador acreditou ter feito, naquele momento, a maior das descobertas que investigava por toda a vida. Organizou os itens de tal elaboração, explicou as minúcias sobre as tratativas do aspecto em que remontava, escreveu os ingredientes e o modo de preparo daquilo que afirmava ser perfeito. Porém, em algum momento, disse que não poderia ser provada – e aprovada - tal convicção culinária, pois não teria à disposição a cozinha, nem o cozinheiro, além de não dispor de degustação e aprovação por parte do povo, por isso que chamava aquilo, o bolo comunista perfeito, de utopia naquela época.

Marx escreveu a receita e o modo de preparo do bolo comunista perfeito. Fez todo o estudo sobre o aspecto de um mundo que acreditava ele ser melhor, sobre questões de mudanças que a história Inglesa passava, além das quebras de paradigmas antropológicas daquele instante em que vivia o pai do comunismo. Construiu um universo em que existiam vários entes comparativos aos religiosos, como se houvesse um paraíso logo ali, pois, como se sabe, bastava alguém implantar a regrinha do bolo que toda a aprovação da degusta aconteceria milagrosamente de repente.  Doravante ao fato, muitas pessoas resolveram comprar a idéia de tal sabor.

Para criar a explosão de sabor, há a necessidade de existir as seguintes modulações: A receita e o preparo do bolo (concepção Criada por Marx); A cozinha (local que implantará o comunismo); O Cozinheiro (líder político que executará tal medida); Os degustadores (o povo que passa pelo crivo do comunismo); E o resultado final.

A cozinha, como se sabe, é o lugar em que é implantado o comunismo. E na maioria dos casos implanta-se apenas em um país. Mas o comunismo também remonta em blocos econômicos, como a URSS como exemplo primordial, além do atual Foro de São Paulo. O tamanho da cozinha equipara-se com a enormidade do bloco, se tiver um país apenas é pequeno, mas se houver um bloco é uma área gigantesca.  Porque a cozinha é onde o cozinheiro criará o bolo comunista, é o aspecto físico para dedicar a concretização do sonho do confeito comunista.  O espaço gourmet, mesmo sendo pequeno, acolhe toda a população degustadora e que apreciará a iguaria de Marx.

O cozinheiro é o líder comunista. E os trabalhadores da lida são conhecidos: Mao Tse Tung, Lênin, Fidel Castro, Chávez e etc. Todos foram os cozinheiros que tinham a cozinha ao dispor, pegaram a receita e fizeram como o especificado, implantaram, executou, e obtiveram um resultado: o comunismo de fato, verdadeiro.   Se o comunismo de fato não coaduna com o descrito e catalogado em papel, aí o critério de análise pode verificar variadas desculpas, analises rasas, e debates superficiais sobre um bolo comunista que não se iguala entre o teórico e o real.

Por fim, os “degustadores” do confeito são as pessoas que vivem na cozinha comunista e são liderados pelo cozinheiro apreciador de Marx. Após o bolo comunista estar em funcionamento, assado e ao ponto, as pessoas começam a conviver com a iguaria ofertada de forma impositiva à sociedade. No começo, a sociedade, por acreditar que tal bolo seria aplicável pelo líder que luta pela existência do confeito, apoia tal devaneio coletivo e deixa ser seduzido pela crença coletiva. 

O resultado do bolo comunista, como se sabe é sempre podre. No fim, ninguém gosta de provar e nem mesmo continuar comendo a porcaria, dia-a-dia, do confeito comunista, que parece muito saboroso, bom, e existencial na teoria, mas que se mostra totalmente não funcional na prática.

E dentre os resultados, há uma gama de desculpas esfarrapadas e críticas, pois, como se sabe, há vários componentes para fazer o bolo comunista. Alguns criticam o resultado insatisfatório pela elaboração da receita, ou seja, uma parte ínfima sabe de antemão que a receita não funciona, não é perfeita como se imagina. Há aqueles que acham que o problema do resultado negativo deriva ao cozinheiro ruim de execução, de lida. Tantos outros dizem que o problema do bolo ser rejeitado advém mais do paladar dos degustadores do que pelo gosto amargo do bolo em si. E por fim, uma maioria histérica e hipnotizada diz que o bolo nunca existiu porque o resultado não foi aquilo que o cozinheiro e os degustadores esperavam, ou seja, o bolo não foi feito, não existiu.

Síntese do bolo comunista:
Receita e modo de preparo: O Capital e O Manifesto Comunista, de Karl Marx;
Cozinha: O território a ser implantada a iguaria;
Cozinheiro: O líder político que implantará e executará, fabricando e servindo o bolo comunista.
Degustadores: População que apóia a inserção do bolo comunista, mas depois deixa de apreciar a iguaria porque ninguém agüenta comer porcaria.
Resultado do bolo comunista: Fato = Porcaria; Sonho = Utopia.

O bolo existiu. Destruiu nações e continua a sanha de destruir outras, basta povo qualquer apreciar o bolo perfeito comunista, que explode em sabor amargo e faz delirar pela tirania.

E para acompanhar o bolo, nada melhor que uma bebida. Aos países comunistas, o que as pessoas bebem:


  
Tem certeza que quer experimentar o comunismo?

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