Por: Júlio César Anjos
O mundo conceitual de hoje conflita entre o ter ou não opulência, se a
dinheiro traz felicidade, ou viver espiritualmente é o melhor para qualquer um.
O problema é que, na verdade, tais discussões não passam de histerias da
evolução, o fato deflagrado condiciona a somente um final feliz: A Velhitude.
Para chegar a tal concepção, indivíduo qualquer precisa envelhecer. O
grisalhinho do cabelo, além da pele enrugada, mostra a vida que o tempo
esculpiu. O desgaste, e o desbaste, durante os anos projetam para terceiros não
somente o aspecto físico, mas, também, o reflexo espiritual do sujeito. Todo
mundo quer viver mais, embora sem as mazelas nocivas ao bem-estar, virar um(a) coroa saudável é o ideal para muitos. Mas nem todas as crianças terão tal dádiva
cobiçada, alguns jazem antes mesmo de fazerem o que se necessita, parados por
variadas situações como doenças terminais e acidentes fatais.
A velhice, nesse caso, teria compatibilidade com qualquer tipo de tude:
Atitude, Magnitude e até plenitude – o melhor de todos. Idoso ativo mostra,
além da saúde, que antes de morrer quer fazer atividades que o passado não
permitiu. É buscar a juventude tardia, correr atrás de tudo aquilo que
desejaria quando jovem, mas que a rotina não deixou. Já a magnitude divulga
todos os resultados obtidos durante a jornada. Bens materiais e construção de
família são os pilares irremovíveis deixados sob forma de herança. Mas, muitas
vezes, as marcas mostram desavenças, problemas ocasionados por escolhas, e
feridas que nem mesmo a experiência cicatrizou. Por fim, a plenitude é
regozijar de tudo, estar bem entre o espiritual e material, ter conquistado o
que sempre o quis, condicionar a paz individual, agregar valores além do
esperado.
São raras as pessoas que, ao deixar a vida, conseguem construir tudo,
escolher o que quiser, e não renunciar nada. O que todo mundo espera não é a
quantidade de capital acumulado, ou criação de uma família grande, mas a
Velhitude, conquistar tudo que almejava, obtendo graça de todos à volta, morrendo
de morte natural, e com o semblante feliz. Sempre com a casa cheia de netos,
seja brincando, seja indo ao enterro vê-la pela última vez. Ser uma pessoa
abençoada, gostar de terceiros e fazer o bem a todos. A Velhitude é tão utópica
que parece que não existe, mas todo mundo busca. Enfim, a Velhitude é atitude
com magnitude.
Vá em busca da sua Velhitude, você merece.
Velhitude de Júlio César Anjos é licenciado sob uma Licença Creative Commons Atribuição-NãoComercial-SemDerivados 3.0 Não Adaptada.
Baseado no trabalho em http://efeitoorloff.blogspot.com.br/.
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