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Apenas um toque



Por: Júlio César Anjos

Um professor resolveu fazer um teste dentre os alunos da turma em que leciona. Utilizou-se de métodos para explicar sobre os conhecimentos, através de dinâmica em grupo. A avaliação seria um argumento para o resultado de raciocínio lógico, pois quem conseguisse revelar a atividade poderia ser considerado acima da média. Iniciou, enfim, a demonstração.

O professor, ao dar aula à noite, pegou uma caixa cheia de bolinhas brancas e colocou em cima da mesa. Pediu para que 5 voluntários se manifestassem com o teste, para que a desafio pudesse ser iniciado. Separou 5 bolinhas e pintou-as, com pincel, com um material incolor e sem cheiro (nem mesmo pigmento para revelá-las), 5 (cinco) bolinhas dentre as tantas que estavam na caixa. E lançou o desafio:

O desafio era simples, bastava achar de 1 bolinha a 5, não importa, dentro das 5 escolhidas (pinceladas), somente com o toque de um dedo.

O professor virou a caixa e todas as bolinhas ficaram espalhadas no chão. O problema é que as bolinhas eram todas idênticas, mesmo pincelando-as, com o composto invisível, não havia uma dica sequer de qual era a bolinha a escolher.

Então os alunos começaram a usar as próprias técnicas para resolver tal situação: 1 aluno resolveu assoprar as bolinhas escolhidas e, depois em um canto qualquer, resolveu ficar com o dedo na vertical tocando em todas as 5 bolinhas no chão; 2 alunos resolveram ficar onde se encontravam, com o dedo pressionando apenas uma bolinha escolhida; 1 aluno resolveu fazer um cone de papel no dedo e encestou as 5 bolinhas escolhidas no pegador improvisado; e o último resolveu ficar simplesmente parado, sem fazer nada.

Eis que o professor pergunta à sala quem estaria correto? A sala toda se dividiu entre os 5 alunos, com a maioria achando que os que apontaram o dedo pressionando a bolinha estavam certos.

O professor, então, pediu para que os alunos colaboradores continuassem em suas posições e o mestre desafiou a todos que conseguiria achar as 5 bolinhas com somente o toque de um dedo.

O professor caminha até o disjuntor de luz e com um toque de dedo apaga as luzes. E eis que aparecem as 5 bolinhas brilhantes, em meio à escuridão, pois a substância incolor e sem cheiro era de um composto que fazia o objeto brilhar no escuro.

O professor explica que nenhum dos 5 alunos conseguiu aleatoriamente encontrar uma bolinha identificada sequer. E mesmo se encontrassem até mesmo as 5 bolinhas, o procedimento seria por pura sorte e não por uma técnica de raciocínio lógico.

O professor, por fim, pergunta qual é a moral da história?

E pela pergunta retórica explica que se alguém quiser esconder alguma coisa, não precisa guardá-la em lugar algum, poderá deixar tal objeto exposto, desde que haja uma codificação em que somente algumas pessoas saibam a descodificação.

  Tal estudo foi criado por Júlio César Anjos, o teste de raciocínio lógico conhecido como: “desvendam as bolinhas brancas”.

Licença Creative Commons
O trabalho Apenas um toque de Júlio César Anjos foi licenciado com uma Licença Creative Commons - Atribuição-NãoComercial-SemDerivados 3.0 Não Adaptada.
Com base no trabalho disponível em http://efeitoorloff.blogspot.com.br.

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