Por: Júlio César Anjos
O bom é surfar na crista da onda da maré, divertir-se ao movimentar-se na
água, a fim de utilizar o poder da natureza a favor do surfista; Outra coisa é
surfar no magma do vulcão, ao entrar em erupção, a pessoa não tem o que fazer,
então, antes de morrer, brinca um pouco na crista do fervor. Guido Mantega, ao
gerar a erupção da economia, brincará um pouco na crista do magma para satisfazer-se
antes de findar de vez o país.
O ministro da fazenda, Guido Mantega, resolveu fazer medidas que, talvez,
abaixarão os preços dos imóveis. Entre as regras constam desonerações e outras
conversinhas que só estatista gosta de escutar. Mas, caso não tenha sido instituída a novilíngua
(mecanismo para duplipensar – no livro 1984, de George Orwell), o fato é que
estímulo como tais tenderiam a impulsionar o consumo e não ao contrário.
Joga-se a contento a informação em mídia paga, cria uma expectativa especulativa
do mercado e induz a 2 (dois) resultados: 1) Se abaixar o preço dos imóveis o
governo é bonzinho porque está desinflando a bolha imobiliária; 2) Se não
desinflar, pelo menos serve aos players do mercado imobiliário, que tirarão
vantagens sobre tais mediadas.
A dialética marxista a todo vapor mostra a capacidade, e também a ética,
do atual governo: A regra em ganhar sempre. Ou pelo menos eles acham que ganham
sempre, mesmo o Brasil definhando e os estatistas fazendo pose de messiânicos.
O que fazer quando o próprio governo é corrupto ao pensamento? Sabe-se que
capitalista não tem pátria, muito menos pudor, qualquer lugar em que o
investidor possa ganhar dinheiro é um bom território para trabalhar. Já fora
visto que capitalistas ganharam rios de dinheiros até em regimes fascistas,
nazistas e quaisquer outras orientações que gostam de intervencionismo e estado
grande. Mas o capitalista só dá valor para uma coisa: a regra do jogo. Nada
mais.
E aí a petralhada se perde toda. O fato é que “medidas” significam novas
regras em um jogo já iniciado, o que credencia manipulação de resultado final.
Tal concepção gera uma volatividade no mercado (eufemismo de desespero), que
acarreta problemas como falta de confiança do mercado ao atual governo. Mas o
governo, que se mostra bonzinho, foi o responsável direto em gerar a bolha
imobiliária, ao criar o pleonasmo do piso mínimo do programa: “minha casa,
minha vida”, do governo federal. O fato é que, não imposta agora as medidas do
governo, o mercado se resolverá por si só.
Já que o mercado imobiliário não tem salvação, ou abaixam os valores dos
imóveis, no sentido contábil, no curto (365dias) ou no longo prazo (após 365
dias), não há saída mais para aumentos daqui pra frente. Qualquer aumento seria
como um crescimento de um câncer no próprio mercado brasileiro. E o governo
criou essa erupção em todo o mercado, resta agora somente dar uma última
surfada no magma vulcânico, nada mais.
Solução para o mercado: Fim de estado grande e retirada do PT do poder.
Simples.
O trabalho O surfe na onda vulcânica de Júlio César Anjos foi licenciado com uma Licença Creative Commons - Atribuição-NãoComercial-SemDerivados 3.0 Não Adaptada.
Com base no trabalho disponível em http://efeitoorloff.blogspot.com.br/.
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