Por: Júlio César Anjos
Os governantes do Paraná (e Curitiba), recentemente, estiveram ao meio a
uma polêmica que agitou as rodas de conversas pela cidade, um absurdo como o
granito a ser implantado no bairro Batel. O calçadão serviria para implantar o novo
conceito da região, um Boulevard no centro da cidade, com aspectos charmosos do
posicionamento luxuoso da localidade. Porém, o “povo”, convencidos por pessoas
que se dizem entendidos, criticou a nova concepção: Onde já se viu colocar
granito no chão?
A primeira critica foi relacionada Ao padrão. Piso do Batel tem que ser
igual ao do Sítio Cercado, e ponto final. Conceito unilateral acaba com a
pluralidade cultural, por causa de políticas de mesmas modelagens, Santa
felicidade perde o selo de local de migrante, assim como o Patit-Pavé é
retirado do piso do centro, tudo porque o mesmo concreto da CIC deve ser usado
para calçar o bairro água verde. Perde-se, então, o diferencial, a atratividade
turística, e financeira, pelo diferencial, o que resta é somente o padrão de
uma cidade igual, como tantas outras cidades chinfrins que existem por aí. Perde-se
a vanguarda, a alcunha de cidade cosmopolita, só o que fica é uma capital como
outra qualquer, socialista. O ensinamento que fica é que cada bairro possui a
sua peculiaridade, a própria prioridade, não cabendo comparações esdrúxulas
entre localidades.
A segunda critica refere-se ao valor praticado pela obra. Pois bem, o que
se destaca nesta variante é quem reclama dos valores, o que parece ser algo a
passar batido, mas é de grande valia para conceituar a veracidade da reclamação.
A queixa vem de vários setores da cidade, menos de uma: dos próprios players da
região. Moradores e empresários, ao ver o granito no chão, analisam como um investimento
para a cidade, um pequeno desembolso ofertado hoje, para amanhã a própria cidade
esbanjar de aumento em contribuição. O
IPTU da prefeitura é progressivo (quanto mais nobre a região,
mais caro o imposto) e ICMS do Estado é quantitativo, quanto mais circula
mercadoria e o serviço é aquecido, melhor para o Estado em arrecadação. Diante
dos fatos, Soifer, ao construir o Pátio batel, trouxe vários segmentos do ramo
do luxo para a cidade, com a justificativa que Curitiba é uma cidade que pode
atender os ricos com a atração de uma cidade desenvolvimentista. No entanto os
investidores estão errados, Curitiba já foi atrativa em conceitos, hoje é uma
cidade brasileira qualquer. Então que moradores e investidores do Batel paguem
bastante imposto sem ao menos conseguir uma melhoria qualquer na região, pois o
“povo’ quer que o “piso do Batel seja igual a do Sítio cercado”. Brigar para
reduzi os valores é até entendível, embora ineficiente, já que o granito é caro
mesmo por ser de alta qualidade e luxuoso, mas criticar o valor porque outras
regiões da cidade estão em situações ruins é mostrar a todos que a cidade deve
parar para satisfazer somente os pobres.
A terceira crítica recai no material. E aqui qualquer pessoa que possui
um neurônio fica desanimada com a situação. Fizeram um barulho como se o
granito não pudesse ser utilizado em áreas livres, como calçadas e afins, dando
a entender que é um material caro colocado num local errado. Os revoltosos Confundiram,
ao bel trazer da oposição, granito com Patit-Pavé e pedra sabão. O granito é
muito menos liso, ou seja, mais poroso, que os outros dois componentes, sendo
sim possível a utilização em pátios e calçadas. É tão absurdo que a idéia do
granito na calçada será comprovada com fatos, em apenas uma foto, segue:
Calçada da fama:
Portanto, sem investimento (fazer a calçada de granito) não há
atratividade de investidores – aliás, pode empreender até mesmo fuga do capital
-, que não recolherão altas contribuições, erário que deixará de entrar na
cidade, ao passo de haver menos investimentos em outras regiões por causa da
falta de dinheiro. Aí sim, quem sabe, a cidade obterá o padrão da escassez, da
miséria, e da falta de riqueza monetária e de espírito. Por fim, acontecerá que
ninguém reclamará porque nada existe, pois quem reclama em Cuba ou na Venezuela
qualquer melhoria que seja? É mais fácil Sítio Cercado virar batel ou Batel
virar Sítio Cercado? Por isso que granito em Curitiba é um absurdo!
Infelizmente já há muito PT no Gustavo Fruet e em Curitiba.
O trabalho Granito em Curitiba: Um Absurdo! de Júlio César Anjos foi licenciado com uma Licença Creative Commons - Atribuição-NãoComercial-SemDerivados 3.0 Não Adaptada.
Com base no trabalho disponível em http://efeitoorloff.blogspot.com.br/.
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