Por: Júlio César Anjos
O Professor é o profissional que resolve a seguinte equação conceitual:
“Tese – Antítese = Síntese (a tese, menos a antítese é igual à síntese)”. Caso
o educador não satisfaça a sentença, e, com a fraqueza de entendimento, utilize
da tese para fazer a síntese (tese = síntese), então esse orientador não é um
professor, é um doutrinador. Poucos professores são mestres, a maioria dos
letrados são ditadores - àqueles que lêem para os alunos transcreverem o texto
no caderno.
Dita somente o que aprenderam de outrem, outro educador raso aos
conceitos que divulgou só os preceitos, determinou que um lado conceitual por
si só resolvesse-se, sem ter medo de estar errado, absolve o lecionando por
pensar igual ao doutrinador, pelo simples ritual da tradição. Como não sabe a
base do outro lado, o pelego do ensino reprova teorias, pois só vale o que o
profissional da educação forneceu aos alunos. Então não há espaço para outras
bases, os estudos são direcionados a um caminho só, deriva dos pensamentos dos
pseudo-educadores, que também reprovam alunos que tenham entendimentos
diferentes aos deles.
E nesse momento bradam aos cantos os clamores de revoltas: “onde já se
viu criticar o professor, profissional que faz médico, advogado, engenheiro...”,
mas esquece-se, tal revoltado, que passa pelas mãos dos mesmos profissionais as
prostitutas, os ladrões, os traficantes.... A fotografia da sociedade é toda
expressa pela transformação feita pelo professor, o que mostra que em partes o
professor faz o médico, assim como em partes faz o viciado em crack.
Alguns professores não merecem receber o que ganham hoje pelo simples
fato de não serem mestres, deveriam receber os proventos menores, pois são
profissionais medíocres. Porém, poucos orientadores merecem receber acima do
que ganham atualmente porque estão acima dos companheiros de labuta. O que
fazer para justiçar a questão? É simples: basta aplicar um provão anual.
Mas só alguns professores aceitariam a fazer o provão, a maioria absoluta
rejeitaria a proposição, coadunariam contra a corrente ideológica que
resolvesse por em pratica tal medida, utilizando da única ferramenta de
protesto que conhecem: a greve. O profissional que “se garante” não faz greve,
pelo simples motivo de ser bem recompensado pelos serviços prestados, se faz
por si só, sem ser um parasita encostado pelo hospedeiro patrão.
Portanto, o ótimo professor, que sabe executar o que leciona, muda de
profissão, vira executivo de alguma empresa importante, ensinando toda uma
instituição, privada ou não, o que ensinava aos alunos de outrora. Já o bom
professor que continua a saga, sendo o melhor entre os melhores, conseguirá ser
reconhecido, seja da universidade ao ensino fundamental, pelos órgãos privados
de ensino que buscam qualidade.
O professor tem que ser mais bem remunerado mesmo, mas o PROFESSOR e não
o ditador pelego de uma repartição de ensino qualquer. Os maus profissionais
nunca devem ser recompensados, tal atitude também determina uma melhora da
qualidade de ensino, pois defenestra o trabalhador ruim e dá o mérito para quem
merece: o mestre de verdade.
O trabalho Professor de Júlio César Anjos foi licenciado com uma Licença Creative Commons - Atribuição - NãoComercial - SemDerivados 3.0 Não Adaptada.
Com base no trabalho disponível em http://efeitoorloff.blogspot.com.br.
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