Por: Júlio César Anjos
Não serei mais um conselheiro Aires a somente concordar com monarquistas
e republicanos, pontualmente discordarei e concordarei de todos, de tudo, pois
há verdades em várias proposições. Chilique é coisa de quem não tem o que fazer
e aceitar diferenças faz parte da democracia, que só é parecida com demagogia
na rima, nada mais. O gracejo de amparar até mesmo o que não concorda fascina
de bom grado a beleza da pluralidade, que como uma amizade, possui laços
fraternais.
Agora serei uma atalaia do destino, proponho-me a atentar em várias
questões, esperto sobre as ações, criminoso não terá vida fácil em ações
praticar. A câmera de segurança só filma a ação, mas não consegue
captar a sofreguidão, de stress talvez... Noto que parecerei mais com uma
fofoqueira que abre a janela somente para opinar sobre reações. Nas questões
subjetivas é que se encontra a essência, personificação da iminência, o que a
câmera não vê a constatação sente.
Ser desconfiado virou filosofia de vida, estar em alerta é propósito do
ser, contra àqueles que "passam a perna", duvidar de tudo passou a esclarecer os
fatos dos movimentos das rotinas. Maganão terá que se especializar, a técnica
padrão caiu em desuso, para fraudar o controller de mim mesmo, só obtendo
software Premium da arte de enganar, já que o racional aqui subiu nível, agora
passou de: ser fácil em ser enganado; para: mais ou menos ou até mesmo difícil,
dependendo do oponente.
Como no ping-pong, agora será só no bate e rebate, acabou a zona de
conforto dos que só ludibriavam sem existir, a contraponto, receosos de plantão,
pois, com o fim dos engendramentos famosos, embusteiro agora terá que suar. Se
escrever e não ler será no “toma lá; dá cá”. A vizinha Pollyana tenta deslumbrar o cenário
de um mundo que somente ela vê, distorce razões para aflorar emoções de uma
magia de ninguém. O charme fica na composição do confronto, agora a vitória
será conquistada, não cooptada pela falta do contraditório dos oponentes que
nem ao menos existiam.
“Liberdade ainda que tardia”, assim dizia o último libertário engajado
que morreu, acreditava que podia livrar o país com mais entusiasmo que Dom
Pedro I, não tinha sangue real, mas possuía coragem. Espelho-me no enforcado,
pois o leão do mágico de oz aqui ganhou coragem, agora a ferocidade já existente,
utiliza-se do comburente espírito selvagem, para defender-se dos ataques dos algozes.
Desconfiar é ser cabreiro? Não importa. O que fica de ensinamento é mesmo
o fim do embusteiro.
O trabalho Desconfiar de Júlio César Anjos foi licenciado com uma Licença Creative Commons - Atribuição - NãoComercial - SemDerivados 3.0 Não Adaptada.
Com base no trabalho disponível em http://efeitoorloff.blogspot.com.br.
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