Por: Júlio César Anjos
Os heliógrafos modernos decifram os novos caracteres, os antropólogos da linguagem são os concurseiros, o que determina a variável que os funcionários públicos
não são os melhores profissionais em um determinado campo de atuação, os
estudiosos de outrora decoram códigos expostos pelos cursinhos e/ou autodidatas que
fazem da repetição um estudo, martelam o mesmo conceito até pregar na cabeça
algo que não entende, nem compreende, somente prende pela repetição, para
passar em um concurso público.
Camundongos que continuam a andar pelo circulo, os ratos de concurso
bitolam somente em um preceito, pregam os olhos em uma mesma área de atuação,
em um determinado assunto, até que alguma prova venha com tal tema, assim o
estudioso mostra o teorema, para colocar em prática somente a replicação. O mercado do concurso público asfixia a
criatividade, o diferencial desse ramo é continuar com a mesma atividade,
talvez a única criação seja decorar um padrão.
Os jovens hoje estão condicionados a buscar o decoreba como instrumento
de melhoria de vida, pois os governos vendem a idéia que trabalhar pouco e
ganhar muito é uma boa equação. E para buscar o paraíso, o estudante tem que
suar em cima da reprise, decorar os códigos até o padrão aparecer em um exame
qualquer, fazendo assim a realização pessoal, coletiva, geral.
O teste de aptidão intelectual não se efetua, o que coaduna é a regularidade
do continuísmo, do conformismo em ter que saber somente o método pré-fabricado
de ensino, em que não se deriva nada, nem melhoramento de estudo por imaginação.
Dos estudiosos de concurso público não se tira nada, nem escritores, nem mesmo
pensadores, somente ex-concurseiros se transformam os estudantes, sem valor
agregado algum, muito menos experiência, nem criatividade e imaginação, de
transformação, do empreender, do compreender a vida!
E assim, todos os dias, multidões e mais multidões de jovens correm rumo
ao concurso público sem pestanejar, nem mesmo pensar, somente no impulso, como
se concurso publico fosse a única saída de uma realidade ruim para uma
qualidade de vida. Esquecem que aprender a pensar, a modificar, mudar,
imaginar, criar, dá um valor agregado muito maior à sociedade do que ser um
repetidor de padrões, um decorador de códigos, um aspone do governo.
Os alunos perdem muito tempo de suas vidas nos concursos públicos, e, por
gastar energia por algo tão fútil, acham que se fracassar no levante “não haverá
mais saída”, e a vida, por si só, acabaria. A vida não é só concurso público, há
variadas formas de vencer na vida, basta farejar a aptidão natural que o indivíduo
descobrirá o real valor que possui na sociedade.
Mas, por enquanto, continuem fazendo as provas, reprovando, e se culpando
por um sistema que, simplesmente, não é culpa do concurseiro, mas do sistema
infértil criado pelos governos.
O trabalho Concurso Público de Júlio César Anjos foi licenciado com uma Licença Creative Commons - Atribuição - NãoComercial - SemDerivados 3.0 Não Adaptada.
Com base no trabalho disponível em http://efeitoorloff.blogspot.com.br.
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