Capitalista comum e comunista capitalizado

Por: Júlio César Anjos

Existem duas anomalias neste país deveras engraçado, o capitalista comum e o comunista capitalizado. Consumistas comunistas subjugam os capitalistas iguais, seja no pensamento ou no agir, os liberais perdem o poder no cotidiano por aceitar ganhar dinheiro pela coleira restritiva social.

Observam-lhe de longe os passos da liberdade de quintal, preso pela censura invisível da barreira não tarifária, o comunista capitalizado joga grãos de milho para os capitalistas comuns, que enchem o papo enquanto perdura a fartura. Mas chega o dia em que o carrasco faz o trabalho na granja conceitual, com um golpe só gira o pescoço do até então feliz e seguro animal, vira estatística de comércio, mercadoria de capital de giro, o capitalista chega ao fim por causa do pensamento comunista radical. Comunistas capitalizados por grãos e capitalistas comumente alimentados.

Chama-se capitalismo de estado a escravidão do ideal, desfigura a face do sistema, implantando a mentira de platina, mostra que não está bem acabado, mas está reconstruído o órgão danificado, do Ciborg alienado. Desde que ande e fique em pé não há impedimento para continuar a ousadia, já que mutação não é exaustão, até que se perca o movimento, consegue-se o que quer do Ciborg “meio vivo”. O marcador registra em escala a quantidade de Ciborg da tirania.

E no contexto que aflora, o desaforo é ver a realidade, a mão que gira o pescoço da galinha é de metal, o Ciborg, agora, trabalha para acabar com as aves, mesmo que tais galináceos rezem “Ave Maria”, o destino está traçado, o sistema capitalista de Estado matou o capitalista comum. Asfixia por assassinato, o sistema modificado acabou com o animal adaptado, que achou que estava em segurança no quintal, do homem que ainda não se tornara Ciborg, mas por algum motivo, foi modificado, mudou de nome. Agora a identificação é em série, tanto do Ciborg quanto da galinha, tornaram-se iguais pelo marcador digital, pelos números das estatísticas.

E nesse afã, há populista comunista que diz: “Democracia é comer de dia, de tarde, e de noite”. Há capitalista que acredita. 

O Capitalista é um animal selvagem? Só se for uma galinha.

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